Garota Rebelde

That girl thinks she's the queen of the neighborhood

(Aquela garota acha que é a rainha da vizinhança)

She's got the hottest trike in town

(Ela tem o triciclo mais legal da cidade)

That girl, she holds her head up so high

(Aquela garota, ela anda com a cabeça tão erguida)

I think I wanna be her best friend, yeah

(Eu acho que quero ser a melhor amiga dela, sim)

Rebel Girl da Bikini Kill tocava em volume máximo dentro do meu quarto idiota enquanto eu organizava minhas roupas – lê-se, jogar tudo – da mala para dentro do closet. Havia chegado ontem à noite no país depois de uma temporada de cinco meses na Coréia do Sul. O coroa tinha assuntos pendentes naquele lugar e de quebra me arrastou junto, impedindo que eu ficasse sozinha para que não fizesse alguma besteira ou fugisse.

E para ser sincera, ele tinha toda a razão.

Rebel girl, rebel girl

(Garota rebelde, garota rebelde)

Rebel girl, you are the queen of my world

(Garota rebelde, você é a rainha do meu mundo)

Rebel girl, rebel girl

(Garota rebelde, garota rebelde)

I think I wanna take you home

(Eu acho que quero te levar para casa)

I wanna try on your clothes, oh

(Eu quero experimentar suas roupas)

Mano, que lugar miserável que ele havia me enfiado, era óbvio que não consegui me adaptar. O velho havia me matriculado na Busan Foreign School, um colégio de prestígio que só tinha riquinhos idiotas preconceituosos metidos a besta. A rigidez daquele lugar me dava coceiras, uma palhaçada e muitos mimimis. Eu tive que usar uniforme. Uniforme! Nunca usei uniforme escolar em toda a minha vida. Eles proibiam de entrar com qualquer tipo de maquiagem no rosto e até o meu cabelo eu tive que mudar a cor, por que não estava nas “normas” do colégio a cor berrante – segundo eles – que eu usava.

O que tinha de mal no meu cabelo cor-de-rosa?

Era óbvio que fique fula da vida, ainda mais com os bullyingzinhos que sofri esse tempo todo.

Eu sofri bullying só por eu ser estrangeira!

Puta que pariu.

Meu pai havia me tirado de casa para me jogar num inferno e não estava nem aí quando disse o que estava acontecendo. Ele não havia acreditado em mim, levando em consideração a burrada que havia feito em Konoha, o que resultou na minha ficha na polícia.

Ele não tinha confiança e muito menos acreditava em mim.

When she talks, I hear the revolution

(Quando ela fala, eu ouço a revolução)

In her hips, there's revolution

(Nos quadris dela, há revolução)

When she walks, the revolution is coming

(Quando ela anda, a revolução está vindo)

In her kiss, I taste the revolution

(No beijo dela, eu sinto o gosto da revolução)

O que me restou a fazer foi eu mesma tomar as minhas próprias atitudes, já que eu não tinha um pai para que tomassem por mim.

Incorporei a Pink Damon e fiz justiça com minhas próprias mãos. Me vinguei de cada um que pegava no meu pé. Posso dizer que não foi uma coisa bonita de se ver, e a situação resultou com todos na delegacia, já que um dos envolvidos da minha vingança era o filho do governador

Garoto escroto.

Se vocês acham que meu pai apareceu na delegacia? Isso é obvio. Ele ficou com a cara no chão com as acusações que todos faziam sobre mim. Todo muito gritando. Todo mundo falando. Todo mundo sujo de tinta, poeira e cola. E eu? Eu apenas fiquei sentada no banquinho, limpa e calma, roendo a carninha da lateral da minha unha, enquanto o mundo se acabava.

Resultado: Fui expulsa.

Rebel girl, rebel girl

(Garota rebelde, garota rebelde)

Rebel girl, you are the queen of my world

(Garota rebelde, você é a rainha do meu mundo)

Rebel girl, rebel girl

(Garota rebelde, garota rebelde)

I think I wanna take you home

(Eu acho que quero te levar para casa)

I wanna try on your clothes, oh

(Eu quero experimentar suas roupas)

Dá para acreditar que o velho ainda teve a coragem de me dar sermões por eu não ter aprendido nada depois de todo esse tempo?

Vai tomar no...

Enfim, ele também ouviu umas boas verdades. Despejei todas as minhas frustrações, todos os seus erros comigo e que só cheguei aquela situação por culpa dele. Somente dele por não escutar quando me abri, alegando que tinha um problema.

E voltamos para casa.

Meu pai ainda tinha assuntos na Coréia, mas eu não ficaria naquele lugar nem mais um minuto. Eu bati o pé mesmo. Fiz o que fazia de melhor. Fui rebelde e ele também comeu o pão que o diabo amassou.

Não tive pena.

Então o que restou foi ele me mandar de volta. E cá estou eu, nesse quarto ridiculamente rosa, esperando o que fazer da minha vida daqui para frente.

That girl thinks she's the queen of the neighborhood

(Aquela garota pensa que é a rainha da vizinhança)

I got news for you: she is!

(Eu tenho uma notícia para você: ela é!)

They say she's a dyke, but I know

(Todo mundo diz que ela é sapata, mas eu sei)

She is my best friend, yeah

(Ela é minha melhor amiga, sim)

Cansei de jogar minhas roupas no closet e voltei para o quarto e me joguei na cama, deitando-se por cima do convite cor creme com estampa de algumas flores em decoração. Era o convite do casamento de mamãe. Havia chegado hoje de manhã, e era nítida a surpresa que fiquei quando vi aquele convite. Ela iria se casar com aquele cara, Kakashi.

Na boa, nem sei o que pensar sobre isso. Tudo parece fora do lugar. Mas o que eu realmente queria era dar o fora daqui e ficar perto da minha mãe. Como eu sentia saudades dela. Não só dela como de Naruto, Sasuke e de todo mundo. Quase não tinha notícias deles, apenas o Naruto que conversava comigo pelo Snapchat. Já o Sasuke, sem sinal se está vivo ou morto. Lembrava o quanto ele morria de medo de ir para uma escola militar, o que resultou no seu fim.

Suspirei pesadamente e fechei meus olhos, apreciando a voz da Kathleen Hanna cantando aquele hino do empoderamento feminino. Eu gostava daquela música por ela transmitir uma mensagem de solidariedade entre mulheres e a importância de alianças femininas contra as normas opressivas.

Rebel girl, rebel girl

(Garota rebelde, garota rebelde)

Rebel girl, you are the queen of my world

(Garota rebelde, você é a rainha do meu mundo)

Rebel girl, rebel girl

(Garota rebelde, garota rebelde)

I think I wanna take you home

(Eu acho que quero te levar para casa)

I wanna try on your clothes

(Eu quero experimentar suas roupas)

Posso dizer que relaxei meu corpo e quando esperava a voz da Joan Jett para finalizar àquela estrofe, a música parou. Abri meus olhos e vi o homem que se diz meu pai parado ao lado da cômoda com o dedo no botão de desligar na minha caixinha de bluetooth.

Me sentei enquanto franzia o cenho.

— O que é agora?

— Quantas vezes tenho que dizer para não escutar o som nessas alturas? – Ele já foi logo começando com a ladainha. - A Tsunade está lá embaixo morrendo de enxaqueca. Respeite a sua madrasta.

Soltei um sorriso incrédulo, me jogando de costas no colchão.

— Tudo é proibido nessa droga de casa. Essa droga de vida!

— Você não está no direito de exigir nada depois do que você aprontou na Coréia. – Seu tom não era nenhum pouco gentil. - Você passa de todo os limites, não sei mais o que fazer com você.

— Me mata então, assim você fica livre desse problema.

E sua voz soou a seguir aumentada em muitos graus:

— Olha como você fala comigo. Eu sou seu pai.

Uma onda de raiva tomou conta de mim e num impulso pulei da cama e o fitei vermelho.

— A última coisa que você está sendo para mim é um pai – minha voz era alta, quase gritando. – Olha o que você fez? Me tirou da minha casa, da minha mãe, e me levou para aqueles confins da Coréia, a droga de um país que eu mal consigo entender o que diabos eles estão falando!

Seu rosto estava vermelho, o cenho franzido. Sabia que ele estava irritado, mas eu também estava irritada. Aquele velho não compreendia nada. Ele não me compreendia.

— Eu contratei um professor de línguas para você.

— Eu não queria a porra de um professor de línguas! – Gritei, percebendo que aquela conversa não estava levando a lugar nenhum, porque havíamos discutido aquele assunto a dois dias, antes de ele comprar passagens de volta em cima da hora.

— Olha essa boca...

— Eu estava sofrendo bullying com aqueles metidos a besta e você estava pouco se fodendo para mim. – O interrompi, não deixaria ele tomar a minha voz. - Eu cheguei para você e disse o que estava acontecendo e você achou que era apenas caprichos meu.

— Como você quer que eu acredite em você quando tudo que sai da sua boca são só mentiras? Esqueceu o que fez na primeira semana? Tive que colocar toda a polícia de Busan atrás de você por que estava sumida a cinco dias. Como quer que eu dê um voto de confiança quando você não faz por merecer!?

— EU SOFRI BULLING! – Gritei com todas as minhas forças, sentindo a minha garganta queimar.

Meus olhos ardiam com lágrimas, mas as segurei firme por que não iria derramá-las na frente daquele homem. Não queria que ele me visse desmoronando. Por que só eu sabia o quanto aquelas brincadeirinhas de mau gosto haviam mexido comigo. Eu reagi por que não queria ser mais um que ficava parado só deixando todos fazerem de idiota.

Eu não era uma idiota e muito menos seria uma filha submissa.

O silêncio se formou entre a gente. Eu fitava os olhos dele e ele fitava os meus naquela batalha de quem venceria e quem desviaria primeiro. O coroa desviou, suspirando profundamente enquanto massageava suas têmporas.

— Me desculpe – sua voz saiu baixa. – Só te levei comigo por que não queria deixá-la sozinha aqui.

— Eu fiquei mais sozinha lá do que eu ficaria aqui.

Meu pai ergueu seus olhos e me fitou, parecia procurar as próximas palavras, por que sabia que eu estava com muitas munições para atacá-lo.

— Eu juro que só quero o seu bem, minha filha. Não foi minha intenção de fazer você sofrer quando te levei embora. Você precisava... precisa de limites. Eu não sei mais o que fazer com você. Juro que não sei.

— Então me manda de volta para casa.

— Não. – Sua resposta era curta e grossa, o rosto sério. – Se você ao meus olhos aprontou tudo isso, imagine com a irresponsável da sua mãe.

Uma fúria subiu dentro de mim com aquele insulto. Como ele ousa falar assim dela? A minha mãe não merecia aquilo, ela era a melhor mãe do mundo. Eu que era uma péssima filha.

— A minha mãe não é nenhuma irresponsável! – Minha voz soava com toda a minha fúria, com toda a minha ira. – Ela sempre se dedicou para cuidar de mim, e fez de tudo para me dar uma boa educação. Ela fez tudo sozinha por que você nos abandonou por aquela mulher. A minha mãe é maravilhosa, é eu – bati no meu peito – que fui uma péssima filha. A culpa é minha, totalmente minha.

Silêncio.

Eu respirava pesado, tentava controlar os meus nervos, joguei tudo que estava entalado na minha garganta para fora. Kizashi não tinha o direito de ofender a minha mãe desse jeito sabendo o quanto ele estava errado naquela história.

— Uma chance.

Pisquei, confusa.

— O quê?

— A última chance. Quero ver seu boletim impecável. Não quero receber ligações de delegacias e muito menos da diretoria da escola. Se eu souber que você aprontou, que saiu da linha, não vou pensar duas vezes de trazer você de volta. E desta vez sem chances de acordo.

Eu precisei de alguns segundos para assimilar o que aquele coroa estava tentando dizer. Era aquilo mesmo que eu estava entendendo?

— Você está me falando que eu posso voltar a morar com a minha mãe?

— Se você seguir as regras e se comportar como gente descente.

Podia sentir o peso da ira cair e os músculos da minha face se retorcer nos cantos de minha boca, conforme eu assimilava tudo que escutava. Eu podia mesmo voltar para casa?

— Vou tentar seguir conforme manda a lei.

Meu pai franziu o cenho e apertou os olhos.

— Vou ligar para sua mãe e amanhã farei a sua transferência escolar.

Agora era nítido a felicidade estampada na minha cara, era a melhor notícia que eu poderia ter.

— Valeu, pai.

O coroa me fitou pela última vez, antes de dar as costas e sair do meu quarto.

* * *

O carro luxuoso do meu pai parou em frente aquela casa verde de dois andares que eu conhecia desde que me entendia por gente. A vizinhança continuava a mesma e os raios alaranjados do fim da tarde dava um ar nostálgico.

Abri a porta do carro ao mesmo tempo que a porta da frente se abria e minha mãe passava por ela, com aquele vestido amarelo com estampas floridas, seu cabelo estava mais longo desde a última vez que a vi.

— Sakura.

Sorri abertamente, quando a via vindo em minha direção.

— Mãe!

Corri até ela e abracei com força, sentindo meus olhos lacrimejarem, a saudade tomando conta de mim. Como eu estava com saudades dela e de seu colo. Cinco meses era muito tempo que ficamos longe uma da outra para quem nunca ficou nem dois dias separadas.

— Minha filha – e separou de mim, segurando meu rosto com suas duas mãos e me enchendo de beijos por todos os lados. – Estava morrendo de saudades de você.

— Mãe... qual é, estamos na rua e isso é vergonhoso. Como fica a minha reputação?

Mamãe me abraçou novamente.

— Ah, minha filha, senti falta até do seu sarcasmo irritante.

Desta vez eu tive que ri, por que eu sentia falta de falar sarcasticamente com ela. E das suas ameaças com chineladas.

— Também estava morrendo de saudades da senhora.

E nos separamos e logo uma cabeleira prateada apareceu no meu campo de visão, um sorriso de quem estava mandando no pedaço.

— Seja bem-vinda ao lar, Sakura – ele disse, esticando sua mão para mim.

Eu fiquei um segundo observando aquela mão gigante estendida. A minha primeira reação era mandar ele enfiar aquela mão naquele lugar – força do hábito -, mas logo caí na real. Aquele cara iria casar com a minha mãe, e eu amava ela com todas as minhas forças para vê-la triste. Eu já passei por uns bocados nesses cinco meses para entrar em um confronto e voltar para a casa do meu pai. O que me resta era pedir paciência e aceitar aquele comedor de mães como futuro membro da família.

Fazer o quê?

— Valeu – e apertei a sua mão rapidamente.

* * *

Depois de nosso momento mãe e filha e narrar todo o acontecido na Coréia e ela ter narrado o quanto ficou com saudades e que Kakashi morava com a gente – quase morri quando soube -, eu subi para o meu quarto para organizar as minhas coisas novamente. Aff.

Tudo estava do jeito que havia deixado, só que mais arrumado e sem poeiras. Kakashi terminou de subir todas as minhas malas e me deixou sozinha sem fazer muitas perguntas. Ele pensa que eu não notei ele tentando fazer terreno comigo.

Me joguei na minha deliciosa caminha e agarrei meu travesseiro, sentindo falta daquele lugar, o meu moquifo. Eu finalmente havia voltado e não via a hora de encontrar com os meus amigos...

Dei um pulo da cama e fui até a janela, o sol já havia ido embora e a noite estava bonita. A casa de Naruto ficava de frente para a minha, do outro lado da rua e o dito cujo estava sentada no degrau da porta da frente, a cabeça baixa enquanto mexia em algo, acho que era o celular.

Reprimi um sorriso, abrindo mais a minha janela e passando a perna por ela. Certos costumes eram difíceis de esquecer. Usei das minhas artimanhas e logo já estava no chão gramado e caminhei para a frente, a atenção sempre do outro lado.

— Ei, Harry Potter, isso é horas de ficar na rua?

Eu vi quando ele ergueu a cabeça para cima e me olhou, a princípio franziu as sobrancelhas - acho que não estava me reconhecendo - para depois o susto o fazendo ser por de pé.

— Sakura!

Abri um sorriso parando na calçada do outro lado e abri os braços para aceitar o choque do seu corpo contra o meu. Só não fui ao chão por que ele me apertou naquele abraço apertado de urso, me girando enquanto minhas pernas dobravam para cima.

— Sentiu a minha falta? – E gargalhei histericamente, anestesiada com toda aquela alegria.

— Porra, nunca mais faça isso de novo. – Ele disse, se separando para poder olhar o meu rosto. - Não pode me abandonar assim.

Sorri novamente e dei um soquinho em seu braço.

— Deixa de ser molenga, parece um bebezão.

E como consequência me apertou mais contra si, sorrindo contra o meu pescoço.

— Não posso acreditar que está aqui.

— Voltei para ficar.

— Sério?

Assenti com a cabeça e nos separamos, dei um passo para trás, observando o seu perfil. A sua juba loira estava maior que antes e parece que seu físico ficou um pouco mais forte. Ele estava bem gato.

— Konoha não pode ficar sem a Pink Damon, né Raposa Louca?

Naruto gargalhou jogando a cabeça para trás com os nossos nomes de guerra. Em seguida me olhou com mais atenção.

— E qual é desse cabelo? Quase nem te reconheci.

— Longa história, mas essa semana ainda ele terá a cloração certa.

Ele riu mais, balançando a cabeça para os lados.

— Mano, como senti a sua falta,

— Eu também...

— Sakura?

Aquela voz conhecida me fez virar minha cabeça para trás e ver Itachi. Parecia estar chegando em casa, já que estava com a mochila nas costas.

Abri um sorriso e virei todo o meu corpo em sua direção.

— Fala aí, Itachi, quanto tempo.

Ele sorriu, aumentando os passos e logo eu era envolvida por seus braços, num abraço forte.

— Sua meliante, o que fez dessa vez para estar aqui?

— Apenas o necessário – e gargalhei quando ele me soltou.

Sua mão foi até os meus cabelos que estavam bem curtos e pegou uma mecha.

— Castanhos? Decidiu virar humana dessa vez?

— Isso é apenas temporário.

— Imaginei.

— E o Sasuke? – Perguntei, olhando aqueles dois. - Alguma notícia dele?

— Está na escola militar – Itachi respondeu. - E nem tente entrar em contato, pois ainda está ressentido com meu pai e não quer falar com mais ninguém.

Imagino.

— Que judieza. O coitado morria de medo daquele lugar.

Eu me lembrava o quanto ficava pálido toda vez que mencionava essa bendita escola. Que saudades estava sentindo dele.

— Pois é, mas o que vocês aprontaram nas férias foi sério. – E lá vinha a lição de moral do irmão mais velho. - O que têm na cabeça de vocês invadir uma propriedade e dar uma festa?

— Shikamaru, aquele desgraçado – respondi, franzindo o cenho. – Alias, o que aconteceu com o resto da galera? – Meus olhos abriram mais. - Gente, e o Gaara? Eu prometi para o coitado que tiraria da cadeia, mas meu pai não me deu chances para nada antes de me tirar do país.

— O Kankuro detectou o pai e ele o tirou da cadeia, mas Gaara ficou em maus lençóis com o velho dele. - Naruto respondeu, me pondo a par das notícias. - Já o Shikamaru, ele sumiu do mapa e a Tamari está grávida.

O choque caiu com tudo sobre mim, a boca aberta.

— A Temari está gravida?!

— Seis meses e meio, e o infeliz nem para dar uma explicação para ela deu – disse Itachi, o cenho franzido. – O que eu disse para vocês que esse cara não prestava? O Shikamaru está metido com coisas ilegais, gente da pesada. Vocês levaram uma rasteira dele, mas poderia ter sido pior, se caso um dos caras que ele estava envolvido tivesse associado um de vocês as merdas que ele anda fazendo. Vocês todos estariam fritos.

— Nem posso acreditar. – Estava chocada. - Então ele vazou levando toda a grana e o futuro contrato da banda?

Naruto franziu o cenho.

— Nunca existiu contrato de banda Sakura. Era tudo armação do Shikamaru para vender drogas. Todo esse tempo ele usava a gente para vender suas porcarias.

— Mas que filho da puta – franzi as sobrancelhas, indignada com o descaramento daquele vacilão.

Todo aquele show havia sido por nada? Eu fui presa, tirada do pais por nada? Era isso mesmo? Eu fui passada para trás?

Que.

Ódio.

— Eu avisei.

— Já sabemos disso, Itachi – franzi a boca para ele. – E o Neji?

— Neji está em outra agora – respondeu Naruto. - Nem parece o de antes. Se juntou com uns caras aí e está estagiando com o pai.

Franzi novamente o cenho.

— Então, e a banda?

— Com você fora do país, o Sasuke preso na escola militar, o Neji em outra, e o Gaara puto com a gente. A banda acabou.

— O quê? – Minha voz saiu dois graus acima do normal. - A banda não pode acabar. É o nosso sonho.

Naruto apenas deu de ombros.

— Lamento, Sakura, não pude fazer nada.

Aquilo não podia estar acontecendo. A nossa banda não poderia acabar assim. Eu tinha que fazer alguma coisa. Mas agora eu tinha que agir conforme as regras do coroa, e não dar motivos para ele me tirar de aonde eu pertenço.

Mas eu juro que farei de tudo para a banda voltar o que era.

E isso era uma promessa.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.