Alguns messes passaram e hoje Flor completa cinco meses, cinco meses de puro amor, carinho, amor, exaustão, mas principalmente felicidade a todos, para começar o dia a pequena grande família foi ter um dia no parque junto a Vanessa e Flavinha que já estavam com 6 quase 7 meses de grávidez, ambas estavam muito felizes e realizadas, já haviam escolhido o nome do menino mas não contavam para ninguém, deixaram como surpresa para o momento do nascimento, não poderiam estar mais felizes.. Marcaram de se encontrar no Parque Guinle, um parque calmo que ficava no "meio" entre Santa Tereza e Laranjeiras onde Vanessa e Flavinha agora moravam. Clara e Marina chegaram primeiro, Ivan foi direto jogar bola com uns meninos que alí estavam enquando ambas arrumavam a canga para por Flor e seus brinquedos..
– Aqui é lindo, nossa, quanto tempo não venho aqui - Marina
– Verdade, eu sou apaixonada por esse lugar e adoro poder trazer a Flor e o Ivan aqui, é tão aberto, arborizado, diversificado, me sinto bem - Clara segurando a mão de Marina e lhe dando um leve beijo nos labios, mas logo se separaram ao ouvir uma gargalhada alta da filha, a menina havia começado a fazer isso há uma semana, e ambas ficavam loucas quando acontecia, era uma risada gostosa
– Ai meu deus que risada gostosa dessa gordinha - Clara pegava a filha no colo e a deitava na canga beijando sua barriga fazendo-a rir mais ainda
– Nossa que risada gostosa, da para ouvir lá da entrada - Flavinha chegou rindo sentando ao lado de Marina
– Olá vocês, como estão? - Clara
– Bem, hoje.. - Flavinha estava falando mas foi interrompida por Vanessa
–Bem nada, eu só vim porque ela insistiu que estava bem, desde ontem ela ta meio caidinha - Vanessa dizia olhando para Flavinha que estava realmente com um olhar profundo
– Flavinha, você ta bem mesmo? porque não ficaram em casa?? - Clara perguntava preocupada
– Eu to bem, melhorei, estava cansada mas dormi bem essa noite, hoje o bebê ta calmo, ele chutou demais ontem mas hoje deu uma tregua para deixar a mãe relaxar - Flavinha dizia rindo acariciando a barriga - mas mudando de assunto, olha que delícia essa bochecha, como ela cresceu
– Verdade, cresceu muito rápido, lembro dela pequenininha, não fazia nada o dia todo, só dormia, e agora, só fica acordada, gritando, rindo - Vanessa ria brincando com a menina que soltava risos
Ivan chegou correndo e pegou o suco de laranja que a mãe segurava e sentou ao lado de sua irmã que ao lhe ver ficou o encarando
– Essa paixão que ela tem pelo irmão é surreal, fica namorando ele o dia inteiro - Marina observava a filha que tinha os olhões observando Ivan e a boca banguela que não parava de rir
– Mãe vamos levar a Flor no balanço? - Ivan
– Vamos, acho que ela vai gostar, já voltamos gente, vão comendo - Clara foi com os filhos para o balanço deixando as três mulheres conversando
– Quem te viu quem te vê ein Marina, toda mãezona, estou chocada, mas eu também não poss falar nada, até porque né - Vanessa dizia rindo
–É verdade, quem diria que um dia o nosso estúdio teriam só mamães corujas, se falassem, eu não acreditaria - Marina ria e observava Flavinha que estava com uma cara sério e apreensiva
– Flavinha eu estou sériamente preocupada com você, ta tudo bem mesmo? - Marina se aproximava dela enquanto Vanessa se virava
– eu... eu... eu acho que minha bolsa estourou - Flavinha ficou séria olhando para Marina
– Calma, como assim? vamos pro hospital, fica calma, só se preocupa em respirar - Vanessa ajudou a namorada a se levantar e observou o liquido que fora absorvido pela canga..
– Vão indo eu vou deixar as crianças na Chica e encontro vocês - Marina dizia levantando e indo até Clara enquanto Vanessa levava Flavinha
Marina foi procurando Clara com o olhar até que por um momento esquecer o porque de estar preocupada, se perdeu observando Clara sentada no balanço com Flor em seus braços e Ivan ao lado, indo tão alto parecendo que voaria.. mas ela voltou ao seus pensamentos com um grito de Flor que a avistou
– É a mamãe filha - Clara ria com a menina mas logo observou a feição de Marina e foi em direção a ela calada mas o silencio não se deixara fazer pesado pelas risadas de Flor e seus bracinhos estendidos para que Marina a pegasse
– Oi meu amor, você quer a mamãe? - Marina pegou a menina e a segurou enquanto falava - Amor a Flavinha entrou em trabalho de parto, a Vanessa foi com ela e eu falei que as encontrava lá - Marina já indo em direção ao filho para chama-lo
– Mas pera ai, ela não ta com 6 meses? - Clara dizia preocupada com sua amiga
– Pois é, eu não sei, mas a Dra. Alexia disse que ele era bem saudavel, então o melhor a fazer é pensar positivo - Marina
Enquanto as duas recolhiam as coisas, os filhos e seguiam para deixar as crianças na casa da avó Vanessa e Flavinha chegavam na maternidade
– Vanessa tem algo errado eu posso sentir, não da, eu to sentindo, eu to com 6 meses, não ta certo - Flavinha chorava demais, mal conseguia falar
–Calma meu amor, vai dar tudo certo - Vanessa estava na porta da maternidade e falou com um enfermeiro - oi, me ajuda, minha mulher ta em trabalho de parto, mas ela só ta com 6 messes
O enfermeiro logo levou Flavinha para dentro e Vanessa foi atrás, mas ao entrarem o enfermeiro a informou
–Senhora enquanto o médico a examina você precisa dar entrada nos papeis - Enfermeiro
–Ta, mas cuida dela porfavor - Vanessa se abaixou ao lado de Flavinha que chorava com as mãos sobre a barriga - Eu te amo, vai dar tudo certo, eu já vou estar ao seu lado
Flavinha não conseguiu dizer nada, sou fechou os olhos enquanto Vanessa beijava sua cabeça e logo após o médico a levou para um quarto
Ao chegarem na casa de Chica as mulheres subiram com os filhos e avisaram a chica que precisava ir para a maternidade, mas quando iam sair Flor começou a chorar e puxar a blusa de Marina, e aquilo significava uma coisa, ela estava com fome.
–Ela ta com fome amor, e nós não trouxemos o leite dela - Clara observava a filha choramingar
–Poxa minha filha - Marina observava a filha olhando dentro dos olhos dela com uma cara de manhosa - Tudo bem meu amor, deu fominha né, vem cá - Marina sentou no sofá ao lado de Chica e abaixou a blusa que por sorte era soltinha o que facilitava tudo
–Chica pode porfavor pegar o paninho dela, vai que alguém chega ai e me vê aqui, semi-nua - Marina ria e observava a filha mamar tranquila
–Claro, mas não se preocupe só temos nós em casa - Chica pós o pano cobrindo o peito de Marina e voltou a se sentar
–Mas será que esta tudo bem lá na maternidade? Vanessa ligou? eu to preocupada com elas - Marina tinha um olhar de preocupação
Vanessa acabou de entrar no quarto e encontrou a médica preparando Flavinha para uma cesarea de emergencia e a mulher já estava apagada na cama, efeito da anestesia
–O que aconteceu? - Vanessa entrou em pânico ao ver sua mulher apagada naquela cama
–Nós vamos precisar fazer uma cesarea de emergência. - a Dra. dizia enquanto um enfermeiro levava Vanessa para se preparar
Vanessa entrou na sala e viu que flavinha estava dormindo
–Dra. porque ela esta apagada? - Vanessa sentia o clima na sala tão tenso que poderia segura-lo com as mãos
–Tivemos que faze-la dormir, Vanessa, seu filho nasceu, mas ele não sobreviveu, sinto muito - Dra. dizia sem tirar os olhos e as mãos de dentro de Flavinha
–Que? - Vanessa sentiu seus pés perderem o chão
–Sinto muito - Dra.
–Eu posso segura-lo pelo menos? - Vanessa dizia tirando o olhar do enfermeiro no canto do sala com o bebe tampado em uma mini maca e olhando para a dra. que agora a encarava
–Sim, claro - Dra. fez um sinal para que o enfermeiro a entregasse o bebê
Vanessa pegou o filho em seus braços e viu aquele corpinho pequeno e sem vida, ela chorava e o apertava contra seu peito, mesmo que não fora religiosa, naquele momento rezou para todos os santos, espiritos, orixás, budas, não importava, ela só queria seu filho de volta... Vanessa foi tirada da sala quando um bipe muito alto ecoou em seus ouvidos
–RÁPIDO, SUGADOR, ENFERMEIRO TIRE-A DAQUI - Dra. gritava enquanto o enfermeiro levava vanessa ainda com o filho nos braços para uma área a parte da sala de cirugia
–O que ta acontecendo?? alguem me diz, o que houve com a minha mulher? - Vanessa estava desesperava, não sabia o que fazeer, se rezava pelo filho já morto ou pela esposa que no momento não sabia se sobreviveria ou não.
Clara e Marina chegaram na maternidade e correram para a recepção e perguntaram sobre suas amigas, e a recepcionista as informara que não tinha muitas informações, apenas que Flavinha estava no quarto ainda sem poder receber a visita de ninguém. As duas agradeceram e foram para a recepção atrás de vanessa, e quando chegaram viram-na sentada sozinha olhando para frente, completamente petrificada
–Vanessa, o que você ta fazendo aqui? - Clara perguntava sentando ao lado da ruiva
–Eu... é.. - Vanessa não parecia conseguir expressar o que queria dizer
–Vanessa, olha pra mim - Marina segurava sua mão, agora completamente preocupada com a situação
–Não, eu não... que? - Vanessa ainda não conseguia sair de seu transe
–Vanessa, me responde, cade a flavinha? o que aconteceu? o bebê nasceu? - Clara se ajoelhou agora na frente de vanessa e a encarou nos olhos
–bebê? meu filho? - Vanessa deixou lagrimas cairem, mas ela contiava encarando o nada - meu... me... nosso fi.. é... ele morreu - Vanessa caiu abraçava com clara que estava a sua frente e agora as tres choravam juntas
–Calma, calma, vai ficar tudo bem - Marina tentava a acalmar
–não vai, eu sei que não vai, ele se foi, e parece que a qualquer momento o médico vai chegar e dizer que ele ta bem, que eles estão bem e me esperando, mas isso não vai acontecer, porque ele não esta mais aqui, ele morreu marina, meu filho, meu bebê, ele morreu, e eu o segurei, eu chorei, eu tentei faze-lo voltar e eu não consegui, eu simplesmente não pude - Vanessa agora chorava de soluçar junto com as duas
–Vanessa, a flavinha? ela ta bem? - Clara se atreveu a perguntar
–Ela ta se recuperando e já vai acordar, tenho que ir ve-la ela, é, ela sofreu sangramento severo e teve que sofrer uma esterificação, ela ainda não sabe e eu acho que seria melhor ela ouvir por mim, então - Vanessa olhava para as duas
–Van, quer que a gente vá com você? - Marina
–Não sei, acho melhor ficarmos só nós duas, eu aviso que vocês passaram e qualquer coisa ligo, obrigada - Vanessa saiu andando com as feições semi mortas, não tinha expressão, só se via dor em seus olhos que há algumas horas atrás eram só felicidade