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Nem tudo são rosas


Alguns messes se passaram e Marina agora já estava com 30 semanas, a barriga já estva bem grande, inclusive bem maior que do que o esperado, Dra. Alexia nem precisou afirmar para elas que Flor era realmente uma criança grande e gordinha. Marina continuou com os ensaior mas agora se limitava a fazer um ensaio por dia, não conseguia mais a energia para fazer dois ensaios seguidos, era demais para seus pés e coluna que doiam após certo tempo fotografando, Vanessa e Clara haviam virado amigas desde que a bebê entrara em suas vidas, o que deixava Marina muito contente, adorava ver sua melhor amiga e sua mulher se entrosando tão bem.. Desde o dia do tapa cadu havia aquietado os nervos, via Ivan sempre, mas obvio que acompanhados de Clara, Cadu ainda não conseguira conviver com Marina, mas passou a respeita-la e se controlar quando ouvia o filho chama-la de mãe.
Era de madrugada quando Marina acordou apreesniva, com um aperto no peito e não sabia o que poderia ser
–Clara, meu amor, acorda - Marina a chamava rapidamente
–Que foi? oi? aconteceu algo? você ta bem? as crianças? - Clara ainda sonolenta
–Eu to com um mal pressentimento - Marina dizia com a mão no coração como se tentasse aliviar a dor
–Você teve pesadelo? - Clara
–Não, só, não sei, eu vou lá ver o Ivan - Marina dizia pegando seu robe e indo para o quarto do filho
Ao chegar no quarto do filho o encontrou chorando encolhido na cama
–Mãe?? - Ivan dizia entre lagrimas, um choro sentido, baixo e profundo
–Oh meu amor, o que foi?? - Marina disse indo ao encontro do filho e o abraçando - Você ta bem? ta sentindo alguma coisa??
–Não, eu.. sonhei.. que.. você.. morria.. e eu.. nunca mais te via... nem você nem minha irmãzinha - Ivan dizia pausamente de tanto chorar
–Porque você não veio até a mim?? você geralmente quando tem pesadelo vai para nossa cama - Marina perguntava alisando os cabelos loiros do filho
–Porque eu fiquei com medo de chegar lá e você não estar, não queria chegar lá e ver que era verdade - Ivan chorava ainda mais
–eu to aqui meu filho, não chora, não fica assim, eu e a sua irmã estamos aqui, bem pertinho de você, fica calmo a gente não vai a lugar nenhum, calma meu bichinho - Marina o puxava em seu colo a medida do possível visto que sua barriga estava do tamanho do mundo - Vem, vamos deitar os 4 lá na cama - Marina o guiou bem perto de seu corpo até a cama
–Que foi? você ta bem meu amor? que carinha é essa? - Clara perguntava calma percebendo que Marina já havia controlado a situação
–Pesadelo, mas ele vai dormir com as super mães e a super irmã que vão fazer tudo ficar melhor, não é mesmo? - Marina dizia abraçando o menino
Ivan deitou entre as duas e deu a mão para Marina e pos a outra sobre sua barriga, Marina gesticulou um "depois te explico" para sua noiva que assentiu e abraçou-os
No dia seguinte Clara acordou e foi preparar um café da manhã na cama para seus maiores amores, ao chegar no quarto se surpreendeu ao encontrar os dois acordados e rindo alegremente
–Posso saber o que ta acontecendo aqui? - Clara dizia adentrando o quarto
–Minha irmãzinha não para de chutar, ela acordou a mamãe - Ivan disse em meio de risos
–Que sapeca né Ivan, parece até um filho que eu tenho... - Clara dizia rindo - que adora acordar as mães
–Quem é? - Marina se fazia de desentendida
–Um sapeca, loirinho que ta sempre correndo por essa casa, parece um peixinho quando ta na piscina, que vai ser irmão mais velho, que adora dormir no meio das mães - Clara ria da cara de desentendida de Marina
–SOU EU MÃE! - Ivan disse resolvendo o tal mistério
–aaaaaaaaaaahhhhhhh e não é que tudo se encaixa! - Marina dizia rindo
–Mãe você tem alguma foto pra hoje? ou aula com aquela médica? - Ivan
–O nome é ensaio meu filho e tenho sim, no galpão, hoje não tenho aula, só semana que vem agora - Marina
–eu posso faltar aula e ir com vocês, não quero deixar você sozinha hoje - Ivan dizia muito apegado a Marina, o sonho havia realmente mexido com o pequeno
–Acho que um diazinho não faz mal né amor - Marina dizia olhando para clara e arregalando os olhos a influenciando a dizer sim
–Claro que não, é até bom que você me ajuda a cuidar da sua mãe, já viu o tamanhão da barriga dela? - Clara dizia rindo com Ivan e desfazendo o clima de preocupação que havia tomado conta do ambiente
Após o café todos se arrumaram e foram em direção ao galpão e a parte boa era que Cadu não estaria lá naquele dia, para evitar qualquer problema a data do ensaio fora escolhida a dedo, Ivan não saiu do lado da mãe por nada naquele dia, a ajudava em tudo, se preocupava com tudo que a fotografa sentia. Ao chegarem no galpão Ivan foi direto pedir um suco para si e suas mães, então Clara pode finalmente saber o que havia se passado
–Amor aproveita que ele foi lá buscar o suco e me conta, o que houve? - Clara dizia baixinho - Ivan esta tão protetor com você, mais que o normal, não quis nem ir a aula para não sair do seu lado
–Quando eu cheguei em seu quarto essa noite ele estava chorando e me disse que tinha sonhado que eu e a Flor morrimos e ficou com tanto medo de ser verdade que ficou com medo de ir para nosso quarto e eu não estar lá, por isso não nos acordou - Marina dizia com os olhos sentidos, imaginando a dor que o filho sentiu
–Que horror amor, ainda bem que você foi lá, proque se não, imagina, nosso bichinho ia ficar todo encolhidinho chorando sozinho, esse sonho realmente mexeu com ele, não para de te mimar, vou até ficar com ciumes... - Clara disse num tom de brincadeira
–O suco esta quase pronto, a renatinha disse que vai trazer - Ivan disse encarando suas mães
O ensaio logo começou e estava tudo perfeito, a iluminação, o ambiente, o clima, Ivan alí perdinho, um dia para não se botar defeito..
–Isso, olha pro lado, lá para o piano, isso, perfeito, agora pra mim, não pro meu rostou um pouco mais em baixo, não tão em baixo, foca na minha barriga, agora na lente da camera, isso, perfeito, as fotos estão ficando ótimas - Marina dizia rindo - Vamos tirar 5 minutinhos? tomar uma água
–Ué, não falta pouco? - Vanessa questionativa como sempre - porque não fez até o final?
–Não sei, a Flor ta chutando muito, desde madrugada que to com esse sentimento ruim sabe, Ivan teve pesadelo, fiquei feliz que ele veio com a gente hoje, me sinto um tanto mais segura, não sei, Clarinha já voltou do banco?? - Foi só Marina terminar de falar que dois homens encapuzados chegaram no bistro atirando para cima e mandando todos deitarem no chão, Ivan que estava do outro lado do galpão ao ouvir o barulho fez o que qualquer criança faria e correu para sua mãe, mas não foi tão rápido quanto deveria e foi pego como refém, Marina quando viu seu filho nos braços daqueles homens armandos entrou em pânico
–Não, meu filho não, solta meu filho, porfavor, aqui, pode levar o que quiser mas solta ele - Marina dizia em pé se mantendo o mais calma possível
–JÁ MANDEI TODOS DEITAREM NO CHÃO - o homem repetia enquando segurava Ivan que não parava de chorar
–Por favor me da meu filho, você pode levar o que qui.. - Marina não conseguiu terminar foi interrompida por um tiro e mais choro de Ivan
–JÁ MANDEI DEITAR NO CHÃO, SE TODO MUNDO COLABORAR NÃO VAI ACONTECER NADA COM O MENINO, ENTÃO ACHO BOM VOCÊ DEITAR PORQUE SE NÃO DAQUI A POUCO O TIRO NÃO VAI SER PRO ALTO E AI NÃO TEM MAIS FILHO NEM VOCÊ NEM ESSE BEBÊ AI - Ele dizia apontando a arma para barriga de Marina que instintuitivamente pos a mão sobre a barriga em uma maneira de proteger a filha
–Marina vem, deita, cuidado, se acalma, vai dar tudo certo - Vanessa dizia tentando acalma-la
–JÁ MANDEI CALAR A BOCA Ô DO CABELO VERMELHO - Gritava o homem em meio a choros de Ivan, eram intermináveis e faziam Marina perder a cabeça de medo, nervoso, preocupação, uma mistura de sentimentos - EU QUERO TODO O DINHEIRO DO CAIXA, E ASSIM QUE CONSEGUIR O MENINO TA LIVRE ENQUANTO ISSO, ACHO BOM ME OBEDECEREM OU SE NÃO, ADEUS LOIRINHO
–NÃO PORFAVOR! FILHO CALMA... RENATINHA PEGA ESSE DINHEIRO LOGO PORFAVOR - Marina gritava do chão aonde estava
–até que você tem moral por aqui - disso o homem enquanto pegava o dinheiro que queria e fingia libertar Ivan, Marina num impulso foi em direção ao filho sem raciocinar e acabou assustando o assaltante que deu uma coronhada em sua cabeça fazendo-a desmaiar na hora, com o susto o ladrão saiu correndo pelas ruas do Leblon deixando para trás todo caos que havia causado
–MÃE, MÃE, NÃO MORRE MÃE, PORFAVOR - Ivan dizia segurando a mão de Marina
–Flavinha liga pra ambulancia, Gisele cuida do Ivan por favor - Marina dava sinais de querer se mexer, tentava abria os olhos com dificuldade, pos uma mão sobre a barriga e murmurrava algumas palavras - Marina não se mexe a ambulancia já esta chegando, vai dar tudo certo - Vanessa dizia meio pausadamente ao notar o sangue que corria sobre as coxas de Marina se sobressaindo sobre o vestido - Vai ficar tudo bem, não se esforça
–Ivan, dói, Salva, Flor - Marina soltava algumas palavras aleatórias - Salva meus filhos
–Calma Marina, o Ivan ta bem, não aconteceu nada com ele, vai dar tudo certo, calma, se preocupa em respirar fundo e me olhar, não para de me olhar, não fecha o olho seja forte
–Dói muito, salva a Flor - Foi a última frase que Marina conseguiu formar antes de desmaiar