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Creche ou estúdio?


Faziam quase 3 messes que Flavinha e Vanessa estavam juntas, e não poderiam estar mais felizes, estavam sempre juntas, idependente de tudo, obvio que ao começarem a relação o ex namorado de Flavia havia implicado muito com a relação das duas, inclusive as ameaçou, mas como Vanessa não é de ouvir calada disse que mandaria prende-lo se ele fizesse qualquer coisa com ela ou Flavinha, e ele então aproveitou para aceitar a oferta de emprego que recebera a um tempo atrás, e foi para Curitiba, desde então nunca mais se ouviu falar de Bruno.
Era uma sexta feira a noite e Vanessa estava em casa sozinha esperando Flavinha para as duas verem um filme e tomarem um vinho, quando a campainha tocou Vanessa não pensou duas vezes antes de abrir, mas levou um susto ao ver Flavia com os olhos cheios de lagrimas
–O que foi meu amor? - Vanessa a abraçava
–Você vai me matar, eu te amo tanto, não posso te perder, não posso Vanessa - Flavia chorava muito
–Como assim? O que você fez? - Vanessa estava mais preocupada que curiosa
–Eu to grávida - Flavinha dizia quase sem voz de tanto chorar
–QUE? VOCÊ ME TRAIU? - Vanessa dizia com raiva enquanto esperava alguma explicação de Flvinha
–NÃO, NÃO, EU TE AMO, eu jamais trairia você, é do Bruno, da última vez que saimos, antes de eu sair com você, eu não conseguiria, eu te amo demais Vanessa, eu não posso ter esse filho, ele vai me matar, eu não quero ele de volta na minha vida Vanessa, eu não sei eu acho que vou.. - Flavinha não conseguiu terminar pois Vanessa a interrompeu
–Não fala isso, eu jamais deixaria, vamos pensar com calma ok? primeiro se acalme - Vanessa disse sentando do lado dela no sofá - Você realmente não quer contato nenhum dele com essa criança? - Vanessa dizia segurando a mão de Flavinha enquanto ela se acalmava
–Não, jamais, ele não trará nada de bom, ele já me fez mal o suficiente, não - Flavinha dizia balançando a cabeça em sinal de negação
–Então vamos ter esse filho juntas, ninguém precisa saber que é dele - Vanessa dizia meio incerta mas sentindo que era isso que deveria fazer, algo a dizia que esse era o caminho a seguir
–Mas Vanessa você tem certeza? é um filho, não é um cachorro, não precisa fazer isso só para me agradar, eu posso criar essa criança sozinha, não espero que você seja a outra mãe assim, da noite pro dia - Flavinha dizia preocupada mas já sem chorar
–Flavinha, eu não sou uma criança incosequente que faz algo assim como ter um filho só para agradar quem ama, é um filho, exige responsabilidade, cuidados, não estou fazendo isso para te agradar e sim porque sei que é o que devo fazer, o que meu coração me diz que devo fazer, e ele me diz para ter esse filho com você, e faze-lo nosso, não do Bruno, MEU E SEU - Vanessa dizia abraçado Flavinha que agora chorava
–Então vamos ter um filho? - Flavinha ria
–É o que parece... temos que arrumar tudo, você pode se mudar para ca, a gente vê se não se mata né - Vanessa ria - usamos o outro quarto para o bebê e vamos dando nosso jeito, podemos ir treinando com a Flor... - Vanessa dizia rindo
–Ai meu deus a Marina, a gente tem que contar para ela.... - Flavinha
Nesse mesmo momento Marina e Clara estavam no quarto de Flor arrumando as últimas coisas
–Mal posso acreditar que já estou com 34 semanas, passou muito rápido - Marina dizia arrumando os vestidinhos cor de rosa que havia ganho de Giselle
–Quando a gente menos esperar ela já vai estar aqui com a gente - Clara dizia sorridente
–Pois é, mal posso esperar - Marina dizia
–Marina, posso te perguntar uma coisa? - Clara dizia séria
–Claro meu amor, o que foi, que carinha é essa? - Marina se aproximava dela e sentava em seu colo
–É que as vezes fico preocupada se você não se cansa, antes era só você, seu trabalho, seu estudio, seu horario, e agora você tem eu, Ivan, Flor, nem digo o Thor porque tadinho, ele é o que menos parece que está aqui - Clara dizia observando o cachorro que estava deitado ao lado delas - querendo ou não acaba sendo muito, não sei - Clara dizia meio séria, meu confusa
–Clara, essa é a vida que eu sempre sonhei, que eu sempre quis, obvio que terão dias que nós iremos estar cansadas, estressadas, mas quem não tem dias assim? isso não significa que estamos tristes ou que erramos, só significa que estamos cansadas, faz parte, eu te amo clarinha, amo nossos filhos e mesmo que pudesse voltar no tempo não faria nada diferente, para dizer que não faria diferente, talvez tivesse não caido no sono no sofá ontem, porque estou morrendo de dor nas costas, mas isso é só um detalhe - Marina dizia rindo enquanto Clara acariciava suas costas
–Ta doendo muito amor? deita lá um pouquinho eu já vou, só estou terminando de dar um jeitinho aqui - Clara dizia rindo e observando o quarto que ambas haviam montado para a Pequena Flor, as paredes pintadas como um imenso jardim florido.. todo em cores bem claras
–Sim, já to indo, amor pega pra mim meu telefone que esta tocando por favor - Marina dizia apontando para seu celular que estava do lado de Clara
–Alo, Oi vanessinha... Que?... Ela ta o que?... de quem? - Marina
–Pois é marina, eu liguei pra você porque ela caiu no sono, estava tão nervosa tadinha, fiquei até preocupada, aparentemente ela engravidou do Bruno, mas ele fez tão mal a ela, você sabe, ela pensou em abortar Marina, olha isso que absurdo! - Vanessa
–COMO ASSIM? NÃO! VOCÊ DISSE QUE NÃO DEIXARIA NÉ?? - Marina disse meio exaltada
–Obvio que eu disse que não, eu segui meu coração e agora vou ser mãe também - Vanessa ria baixinho
–Não acredito, quem te viu quem te vê ein vanessinha, não consigo nem acreditar - Marina olhava para Clara com um olhar de "MEU DEUS" e Clara mal se continha de tão curiosa
–Bom, pode acreditar, parece que Clara e Flavinha vieram para nós fazer mudar de vida - Vanessa ria meio sem graça - não conta pra ninguém, só para Clara, não sei se ela quer que alguém saiba, amanhã passamos aí bem cedinho para te ajudar a separar as fotos daquela campanha - Vanessa dizia observando Flavinha dormir profundamente
–Ta bom, até amanhã, cuida bem dela, qualquer coisa me liga, parabéns! - Marina desligou o telefone rindo
– Se eu te contar você nem acredita - Marina dizia rindo
–Então me conta, to curiosa - Clara dizia olhando para sua noiva que estava sentada com a mão sobre a barriga
–Lembra que Flavinha namorava aquele bruno? - Marina
–Sim, claro, que ameaçou ela e a Vanessa - Clara
–Então, aparentemente ela esta grávida dele - Marina
–Meu deus que horror, e ela vai contar para ele? ele se mudou para Curitiba não? - Clara
–Sim, ela pensou em abortar, entrou em desespero - Marina
–Mas ela não pode fazer isso, temos que conversar com ela - Clara
–Pode deixar, Vanessa para surpresa de todos, falou com ela para não abortar e disse que vai assumir a criança, ou seja, esse estudio agora não terá um bebê, mas sim dois... - Marina dizia rindo
–Meu deus, é sério isso? - Clara dizia rindo
–Sérissimo, jájá vou abrir uma creche aqui dentro, inclusive essa grávidez da Flavinha me deu a confirmação que eu precisava - Marina dizia com sua cara de pensativa, como quando está com a cabeça cheia de idéias mirabolantes para seus ensaios
–O que essa cabecinha linda esta tramando? - Clara dizia enquanto arrumava o shampoo, sabonetes, cremes e loções que a bebê precisaria
–Estou pensando que assim que a Flor nascer, obvio que vou esperar ela estar grandinha até voltar a trabalhar, mas enfim, quero fazer um ensaio com bebês, vários bebês, de diferentes etnias.. - Marina dizia com os olhos brilhando só de pensar em seu futuro projeto
–Hum, acho uma ótima ideia, vamos pensar nela, mas enquanto isso, CAMA, vamos, te conheço e você esta cheia de dor na coluna - Clara dizia dando leves tapas na bunda de Marina que andava em sua frente rindo com a ação da morena
Horas depois Flavia e Vanessa adentravam o consultório da Dra. Alexia, Flavinha estava nervosa, mal conseguia falar
–Bom dia meninas, a que devo a honra? - Dra.
–Trabalhamos com a Marina Meirelles, e ela nos indicou você - Vanessa dizia sorridente
–Ah sim, sim, então deixa eu tentar adivinhar, vocês querem fazer uma inceminação? - Dra.
–Na verdade, ela já esta grávida, só queriamos saber como esta, fazer um acompanhamento pre natal, para que tudo dê certo - Vanessa dizia apertando a mão de Flavinha - e como a Marina disse que você é ótima viemos na correria mesmo, inclusive obrigada por nos atender
–Vamos então fazer uma ultra para ter certeza de que esta tudo bem - Dra. Alexia disse guiando-as até a mesa
Flavinha deitou e logo o barulho do coraçãozinho do bebê encheu a sala
–É o coraçãozinho? - Flavinha dizia sorrindo enquanto uma lagrima descia
–Sim, parece estar tudo bem, você não está com mais de 4 messes, umas 17 semanas, vocês querem saber o sexo? - Dra.
–E já da para ver? queremos sim - Vanessa
–Sim, é um menininho! - Dra. Alexia dizia sorridente
–Um menininho Vanessa, igual ao Ivan - Flavinha disse enquanto Vanessa a beijava
–É sim meu amor, nosso menininho! - Vanessa ria e surpreendia Flavinha com seu amor, um amor que ela sempre teve mas pouco mostrava e hoje sentia que poderia deixa-lo correr solto, não sentia como se precisasse oculta-lo para ninguém