A festa continuou por muitas horas, e Mônica sabia que tinha que voltar logo para casa. Era quase duas da manhã, mas sentia uma dor aguda nas costas, talvez por ter dançado a noite toda com suas amigas. Evitou contato visual com qualquer um dos meninos que tinha visto a cena que sua mãe tinha feito e estava se saindo bem.

— Você não está conseguindo disfarçar. – Marina comentou.

Ok, talvez não tão bem assim.

— Mô, sério. – Ela a pegou no braço. – Eu consigo sentir a tensão sexual sua e do Do Contra daqui mesmo.

— Marina! – Mônica puxou seu braço de volta, um pouco vermelha.

Ela deu uma risada alta, olhando ao seu redor. Marina parecia sóbria o bastante para poder conversar, mas antes que Mônica pudesse dizer alguma coisa, uma coisa chamou sua atenção.

Viu Denise passando quase totalmente despercebida e subindo as escadas que davam acesso aos quartos da mansão de Carmen. Mônica se virou para contar para Marina, mas ela já estava perto do bar, entretendo Chico, seu primo.

“O que ela está aprontando?” pensou, rindo por dentro.

— O que é tão engraçado? – Mônica se sobressaltou. – Sinto muito, não queria te assustar.

— Nimbus! – A surpresa no rosto de Mônica era evidente. – É...

— Eu sei quem você é. – Ele disse antes que ela pudesse se apresentar. – Vim aqui te parabenizar.

— Parabenizar? – A cabeça de Mônica dava voltar. – Pelo que?

— Você é a primeira garota que meu irmão realmente gosta e que não dá a mínima para ele. – Ele riu enquanto sorvia um gole da sua bebida.

— Eu... É... – Mônica tentava encontrar as palavras, mas nenhuma lhe vinha na mente. – Eu gosto do seu irmão.

— Gosta, é? – As sobrancelhas de Nimbus subiram um pouco. – Isso sim é surpreendente.

— Eu só não posso me envolver por agora. – Depois de falar isso, Mônica quase bateu na própria cabeça.

“Por que eu estou dando desculpas pro irmão dele?” ficou irritada quando esse pensamento cruzou sua cabeça.

— Não pode ou não quer? – Ele a encarou. – Querer e poder são duas coisas bem diferentes, Mônica. Eu não quero que meu irmão se machuque, entendeu?

— Eu não tenho intenção nenhuma de machucá-lo! – Mônica elevou sua voz em alguns tons ao dizer isso, se aproximando de Nimbus para dizer: - O DC é importante demais para eu fazer algo desse tipo.

— Então por que não conversa com ele? – Nimbus meneou a cabeça em direção à uma área da festa. – Olha como ele está.

Mônica seguiu o olhar de Nimbus só para ver Do Contra sentado em uma cadeira, brincando com o relógio em seu pulso, com a expressão completamente entediada. Ele usava um coturno preto com várias contas prateadas e uma jaqueta no mesmo estilo. Ao vê-lo, o coração de Mônica deu um salto tão grande que ela mesma se assustou.

Como se pressentisse que estava sendo observado, Do Contra olhou diretamente para Mônica, que perdeu o ar instantaneamente. Talvez ignorá-lo fosse uma boa opção no começo, mas agora toda vez que o via era pior. Não conseguia mais se controlar.

“Por que eu quero tanto abraçá-lo?” Sua voz inquiria no fundo de sua mente.

Quando viu que ele se levantava, Mônica quebrou o contato visual para olhar para Nimbus, que a encarava irritado.

— Não me diz que você vai fugir. – Mônica abriu um sorriso amarelo como desculpa. – Você vai conversar com ele, mesmo que eu tenha que te segurar.

— Eu não sei o que eu sou capaz de... – Nimbus se afastou com um aceno de cabeça, deixando Mônica acompanhada de DC.

— Mônica? – A voz rouca e grossa de Do Contra fez um arrepio subir pela sua coluna.

— DC. – Ela o cumprimento, cruzando os braços na área abaixo dos seios. – Tudo bem?

— Não. – Ele respondeu, sincero. Deu um passo em sua direção, fazendo o coração de Mônica bater mais rápido. – A gente precisa conversar.

— Eu sei. – Mônica tirou alguns cabelos que estavam atrapalhando sua visão. – Eu sinto muito por tudo que minha mãe disse naquele dia.

Do Contra pôs as mãos dentro da jaqueta, um pouco indignado. Mônica podia adivinhar que ele estava escolhendo com cuidado o que iria dizer, pois suas sobrancelhas estavam um pouco arqueadas e engolia em seco várias vezes.

— Eu não sei o que aconteceu com você e seu antigo namorado. – Ele começou. – Mônica, eu estou no escuro agora. Sua mãe não me conhece e já me odeia, mesmo que tudo que eu mais queira nesse momento é ver você bem.

— É complicado. – Desviou os olhos, fechando as mãos com força. – O que eu posso te contar é que... Ela nunca gostou dele, nunca. Mesmo antes de tudo virar uma grande bola de neve, nunca tive a aprovação da minha mãe com meu ex.

— Eu lembro você dele? – Do Contra parecia preocupado. – Por isso você fala comigo?

— Não! – Mônica disse rapidamente. – Vocês são muito diferentes, acredite. Ela surtou porque você tem essa aura de bad boy.

— Bad boy? – Do Contra riu, mas sem nenhuma expressão. – O que ele te fez?

— Dc... – Mônica hesitou. – Eu era impulsiva, fazia qualquer coisa. Tudo bem que ele era uma péssima influência, mas eu não estou isenta de culpa.

— Sei. – Ele tinha uma expressão dura. – Eu fiquei me sentindo muito mal, ainda mais depois que você começou a me ignorar.

Mônica baixou o olhar para os coturnos de Dc, um pouco manchados de lama. Era difícil para ela discutir daquele jeito, pois não tinha ideia do que falar. Antes mesmo de voltar a encarar Do Contra, sentiu seus braços envolvendo-a fortemente.

— Entendo que você não quer namorar. – Ele disse perto do ouvido de Mônica, que sentiu arrepios subindo pelo seu corpo. – Só não deixa de falar comigo por semanas. Não consigo dormir direito se não sei se você está bem, se está vendo outra pessoa. Você tinha me prometido.

— Eu quero me desculpar. – Ela disse um pouco sem ar. – Fiquei assustada com a minha mãe, não consegui falar com você.

— Ainda mais que o Cebola estava lá, viu quase tudo. – Dc soltou o ar depois de soltá-la. – Não sabe o quanto eu ouvi nesses últimos dias.

— Eu realmente sinto muito.

Do Contra esticou o braço e segurou o queixo de Mônica, fazendo-a olhar para ele.

— Você já pediu desculpas.

O sorriso que ele lhe deu foi tão inesperado, que Mônica entreabriu os lábios, surpresa. Tirou a mão de Do Contra de seu rosto, sorrindo também.

— Desculpa, DC. – Ela riu quando ele levantou a sobrancelha, questionando. – Eu tenho que ir agora.

— Quer uma carona? – Ele perguntou.

— Você está com Nimbus, né? – Ele acenou para ela em resposta. – Não quero que você o deixe aqui.

— E você vai como, então? – Do Contra perguntou, um pouco contrariado.

— Mais cedo eu pedi pra Marina chamar um Uber quando fosse a hora. – Apontou para Marina, que os encarava, apontando para o relógio. – Tenho que ir.

— Então tudo bem. – Ele relaxou os ombros, ficando um pouco mais curvado que o normal. – Se acontecer qualquer coisa, me liga.

— Okay.

— Ou se não acontecer, me liga também. – Dc abriu um sorriso de lado.

Mônica balançou a cabeça rindo enquanto ia em direção à saída, acenando para os amigos que ficavam. Sentia-se leve como uma pluma, e não se abalou quando o frio da madrugada agrediu seu rosto, sorrindo enquanto entrava no carro.

.

Subiu as escadas em um pulo, desejando por Deus que ninguém a tivesse visto subi-las. Pegou seu celular para confirmar qual era a porta do quarto que ele estava, mas, com seu nervosismo, acabou por não reconhecer a digital duas vezes seguidas.

Ouviu um barulho baixo de fechadura e sentiu grandes mãos a puxarem para dentro de um quarto. Denise sufocou um grito baixo, mas ele também tapou sua boca.

— Vai gritar comigo, amor? – Ouvir a voz que desejou tanto escutar naquele dia fez seu peito esquentar.

Ele ainda tapava sua boca, então Denise abriu seus lábios, chupando seu dedo indicador.

— Eu nunca gritaria com você. – Ele a virou enquanto Denise falava.

— Você gritou da última vez. – Distribuía beijos no pescoço dela, fazendo-a rir.

— Mas aquele foi outro tipo de grito. – Ela puxou a camiseta dele, revelando o peitoral firme que a estivera segurando nas últimas semanas. – Um grito que eu quero repetir hoje.

— Pode deixar comigo. – Ele puxou seu sutiã sem muita delicadeza, revelando seus seios grandes e redondos, antes de começar a chupá-los sem nenhum convite.

Denise soltava gemidos altos, apertando seu sexo contra o dele, sentindo o volume pela calça. Ansiava tanto aquilo, como se não tivesse transado com ele todos os dias no último mês. Já estava totalmente entregue antes mesmo dele tirar seu short e findar seu desejo.

— Eu.. Nossa...! – Denise tentava dizer entre as estocadas, mas perdia a linha de raciocínio.

— Eu o que? – Ele continuou, gemendo em seu ouvido.

— Tá tão gostoso. – Denise sentiu o sorriso que ele deu contra sua pele. – Não para!

Os gemidos que eles davam se misturavam com a batida da música, que estava muito alta. Ele a segurou pela cintura e a fez sentar-se sobre seu membro deixando Denise fazer todo o trabalho.

— Eu não vou aguentar... – Ele disse depois de algum tempo, num sussurro.

— Vai, amor! – Ela rebolou mais e mais, até sentir o corpo dele estremecer.

Parou por um minuto, depositando um beijo em sua boca para depois sorrir. Denise se jogou ao se lado, sentindo-se muito satisfeita. Viu-o tirar a camisinha e levantar em direção ao banheiro.

- O que você queria me dizer naquela hora mesmo? – ele perguntou, coçando a cabeça e os cachos loiros.

— Só que eu te amo muito, Xaveco.

O loiro abriu um sorriso que iluminou seu rosto e correu de volta para a cama, com uma animação renovada. Denise logo se deixou levar de novo, sentindo a necessidade crua quando suas peles se tocaram.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.