Hoje eu tinha que ajudar novamente na cozinha, pelo menos fora dos fogões ou algo assim.

A água que respingava dos pratos caia sobre meu macacão, o deixando mais escuro a medida que se molhava. Minhas mãos estavam geladas.

Pedi a enfermeira Mary para me deixar ficar aqui até a hora de dormir. Tinha um guarda do lado de fora da porta, atento.
O silêncio era reconfortante e me vi perdida em pensamentos. Depois de lavar boa parte das bandejas andei até o deposito para guarda-las.

Tive a ruim sensação de presença logo atrás de mim e meu corpo ficou tenso quando ouvi passos.

Dei um pulo quando lábios se aproximaram do meu ouvido e uma risada rouca soou. Me causando uma série de arrepios.
Filho da mãe.

—porra Harry!- virei pra ele, que tinha um grande sorriso no rosto. Deixando duas covinhas a mostra.

Olhei para sei rosto com a boca levemente aberta, ele era lindo.
Ele fechou o sorriso e me olhou interrogativo. Não pude controlar minha mão quando a mesma se encostou em uma de suas bochechas, afundando meu dedo em uma tentativa de reproduzir a cena anterior.
Ele sorriu e eu mordi o lábio pra controlar meu sorriso.

Olhei em seus olhos, que sempre me pareceram apagados e tristes, agora tinham um brilho diferente. Um verde mais vivo. Eu não conseguia parar de olhar.

—por que tá olhando pra mim desse jeito?

—você é lindo. - eu disse sem pensar. Corando imediatamente.

Ele deu um passo pra frente e segurou meu rosto com as dias mãos. Suas feições ficaram com um leve tom de vermelho. O que eu achei adorável. Seu rosto se aproximou do meu.

Seu nariz tocou minha bochecha e passou pelo meu, espalhando borboletas dentro de mim.

Quando seus lábios se rasparam nos meus, minha mente deu um salto e coloquei minhas mãos em seu peito.

—não... Não sei. Não sei como fazer.

Ele que antes me olhava preocupado, sorriu de leve e encostou sua testa na minha.

—vamos tentar. - Ele sussurrou.

Aproximou novamente seus lábios dos meus e beijou meu lábio inferior, o sugando logo depois. Eu suspirei e minhas pernas amoleceram. Movi minhas mãos para seu pescoço e ele repetiu o ato, ao qual eu correspondi.

—é fácil. Você abre sua boca- eh obedeci e ele lambeu meu lábio inferior.- e eu a minha. - ele então lambeu meu lábio superior. - e movemos nossas línguas. - então mordeu meu lábio e o soltou com um estalo. Meu Deus.

Uma de suas mãos massageou minha bochecha enquanto a outra desceu por minha cintura. Movi minhas mãos para seus cachos macios. E então ele selou nossos lábios.

Sua boca tinha um gosto doce. Surpreendentemente doce. Seus lábios eram macios e sua língua quente. Eu estava totalmente desnorteada.

Nosso Beijo era lento e calmo, mas passou a ser forte quando eu puxei seus cabelos levemente, o fazendo grunir. Ele separou nossos lábios e nossas respirações estavam aceleradas.

Ele lambeu os lábios e seus olhos encararam os meus. Sua mão passou por minhas costas.

—posso te beijar de novo? - ele lambeu seus lábios novamente. Puta que pariu.

Puxei seu corpo em minha direção e acenei com a cabeça ele sorriu e seus lábios se fecharam sobre os meus. Abri minha boca e nossas línguas se envolveram.

Um leve gemido saiu de meus lábios e ele sugou minha língua. Me empurrando contra a parede e pressionando seu corpo no meu.

O beijo se tornou rápido e necessitado, suas mãos em meus quadris, me fazendo perder o fôlego.
Suas mãos pegaram minha bunda e deram-me impulso para pular em seu colo, colocando minhas pernas em volta de sua cintura.

Mais um grunhido saiu de sua boca quando nossos corpos se encostaram. Sua cintura girava contra a minha em movimentos lentos. Fazendo nós crescerem em minha barriga.

Minhas mãos apertaram seus ombros e ele parou de me beijar para morder meu pescoço e dar Beijos molhados em cima. Os movimentos diminuíram e então pararam.

Minha emite girava enquanto ele selava nossos lábios uma última vez. Se afastou de mim e eu segurei a parede. O que acabara de acontecer não parecia real.

Quando imaginei que ele apenas viraria de costas e iria em bora, um sorriso escapou de seus lábios. Eu sorri e corei, olhando para o chão. Me lembrando da doçura de seus lábios.

—Harry você usa batom? - nisso ele deu uma das gargalhadas mais estranhas e incríveis que já ouvi na vida. Me fazendo rir também.

—não. -ele disse óbvio.

—os seus lábios são doces. - eu disse com vergonha. Ele se aproximou e sussurrou.

—É a loucura babe. A loucura nos torna doces.

Naquele momento, olhando para o homem a minha frente, meu coração acelerou. Sorrimos um para o outro e ficamos nos olhando nos olhos.

Até escutarmos um barulho estranho no fundo da sala.

No fim daquele cômodo, vi algo que nunca vou esquecer.