Quirofilia

Renascimento


Os olhos brilhavam ao focarem na garrafa de vinho á sua frente, meio vazia, solitária sobre o piano. Com um último gole, deitou as mãos no marfim e começou a tocar.

Seus dedos se moviam naturalmente, correndo numa dança frenética onde era dono dos sons, das teclas dobradas ao seu toque.

A nova música era agitada e viciante, a ponto de levar lágrimas ao rosto e ritmo ao seu corpo inebriado. Precisava expurgar de si todos os pecados, exorcizar seus demônios, afogar todos eles e a si próprio naquela anátema.

Beberia sangue engarrafado, seria pão em autofagia até tornar-se puro.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.