Dia seguinte

(Escola)

C: - Smackle, bom ter você de volta.

S: - Digo o mesmo, senhor Matthews.

C: - Vai nos contar o que aconteceu?

R: - Acho melhor não. - Todos começam a fofocar.

S: - Também acho. Algumas coisas são melhores quando ninguém sabe.

C: - Tudo bem. Precisam de ajuda?

M: - Não, ela tem tudo que precisa.

A aula acaba e cada um vai para sua casa.

(Casa da Smackle)

Pai Júlio: - Como você deixou isso acontecer? - Diz com fúria no olhar. - Achei que você fosse responsável!

S: - Desculpa, aconteceu.

J: - Aconteceu? É assim que você vai reagir toda vez que algo "acontecer"?

S: - O que você queria que eu fizesse?

J: - Eu não sei. Talvez não tivesse feito isso. O que estava pensando, você só tem 15 anos. Continua um bebê sem a mínima ideia do mundo lá fora. É uma irresponsável que nem sua mãe!

S: - Se é assim que você se sente, talvez eu devesse ir morar com ela.

J: - Como se ela fosse te aceitar!

S: - Bom, vamos ver.

(Casa da mãe da Smackle)

Mãe Lúcia: - Oi, amor. O que está fazendo aqui? Já é sábado?

S: - Não, mas eu estorei o limite com o papai.

LC: - Relaxa, não deve ter sido tão grave.

S: - Acredite, foi. Acho que ele nunca vai me perdoar.

Lc: - Por favor, ele te ama. Nada poderia mudar isso. Ele só reage assim porque te ama.

S: - Eu não quero esse tipo de amor que machuca. Eu sei que errei, mas eu ainda tenho meus direitos de ser tratada bem, ser dada um abrigo.

Lc: - Eu sei. Agora me conte o que você fez de tão grave.

S: - Você sabe que eu tenho um namorado, né?

Lc: - Sim, ele é um amor.

S: - Papai queria que eu terminasse com ele, porque ele me....

Lc: - Ele o que?

S: - Você sabe....

Lc: - Não acredito que você deixou isso acontecer. Isadora Smackle!

S: - Por favor não fala isso. Já tenho gente me julgando em todo lugar, não preciso de mais uma.

Lc: - Tudo bem. O que você fez com o bebê?

S: - Eu abortei.

Lc: - Como?

S: - Desculpa, mas não tinha como eu cuidar de uma criança agora.

Lc: - Smackle, você sabia que eu quase abortei você? Porém eu não fiz.

S: - E o que isso tem a ver?

Lc: - Nada. Eu só achei que você seria mais inteligente do que isso para não entrar nessa situação.

S: - Você não me ama mais?

Lc: Nunca. Eu vou para sempre te amar. Mas você me decepcionou.

S: - Como eu posso consertar as coisas?

Lc: - Não pode. O que você pode fazer é se tornar uma pessoa mais responsável.

S: - Tipo, arrumar um emprego?

Lc: - Sim, acho que traria mais responsabilidade para você, agora que está fazendo coisas de adulto.

S: - Eu entendo. Entendo também se não quiser mais me abrigar.

Lc: - Isso é com você. Mas minha porta sempre estará aberta.