Capítulo 17

R: - O que você quer dizer?

M: - Nada, eu deveria ir.

R: - Fique. - Ela vai embora.

(Apartamento da Maya)

K: - Está tudo bem?

M: - Sim, só estou cansada. Vou tomar um banho. - Ela entra na banheira e pega uma lâmina. - Ela está certa, eu não estou pronta. - Dá o primeiro corte e começa a sangrar muito, ao ponto que desmaia. Katy percebe a demora e vai checar Maya.

K: - Maya, por favor, acorde. Eu te amo. Tem pessoas que te amam e precisam de você, não vá. - Ela chama a ambulância.

(No hospital)

T: - Uau.

R: - O que foi, mãe?

T: - Eu tenho estado aqui muito recentemente. Sabe, eu vou te contar um segredo, eu tenho medos, não sou o tubarão que todos pensam que eu sou.

K: - Você é, mas para ser forte, nós precisamos ser fracos.

R: - Você acha que ela vai ficar bem?

K: - Não posso achar nada. A única coisa que podemos fazer é esperar, eu sei que vão ser justos com ela, assim espero.

T: - Ela vai, ela é uma guerreira amazônia. Mas o que exatamente aconteceu?

R: - Estou com medo que eu seja a causa disso.

K: - Não diga isso, ela te adora, nunca faria um negócio desses sabendo que iria te machucar.

R: - Antes de ela ir embora de casa, nós estávamos conversando. - Algumas lágrimas caem sobre seu rosto. - E ela disse que talvez não devesse viver, é tudo minha culpa. Eu deveria ter a seguido, eu sabia que tinha alguma coisa errada.

T: - Não é sua culpa. Nem sempre você vai poder estar lá com ela.

R: - Mas naquele momento, eu poderia estar e ter evitado tudo isso.

K: - Amor, não se culpa pelo que aconteceu. Isso é maior que você.

Atendente: - Desculpa, Katy Hart, já pode vê-la.

R: - Eu preciso a ver.

Atendente: - Apenas família.

R: - Eu sou irmã dela.

K: - Riley, eu entendo que você a queira ver, mas acho melhor só eu ir, por enquanto.

R: - Isso não é justo.

T: - Calma, vai ficar tudo bem.

R: - Só garanta para mim que ela esteja bem.

K: - Vou tentar.

(No quarto do hospital)

K: - Maya? - Diz delicadamente. Está acordada?

Enfermeira: - Droga, os batimentos cardíacos dela estão começando a desacelerar.

K: - Por favor, façam minha filha viver.

Enfermeira: - Estamos tentando, mas o corte foi muito profundo.

K: - Então acho que vou te que dizer umas coisas antes dela ir. Poderia me dar um momento? - A enfermeira sai do quarto. - Maya, eu te amo, você ilumina meus dias, me dá uma razão para viver e não desistir de tudo, então fique aqui, em um lugar cheio de amor e pessoas que te amam, não deixe que uma estrague sua vida. Só você pode decidir quem vai estragar sua vida. Por favor, me diga que não a estraguei, porque eu só tentei te dar todo o amor que tinha quando você estava aqui. - Riley entra. - Riley, o que você está fazendo aqui?

R: - Eu estava escutando atrás da porta. Não queria que ela fosse embora sem me despedir.

K: - Eu sei.

R: - Querida Maya Hart, tínhamos sete, você entrou pela minha janela e meu mundo mudou para sempre. Desde de então, sempre estivemos juntas, você é mais do que uma amiga para mim, você é minha melhor amiga e irmã. 1, ,7, 10 anos podem se passar e nada vai mudar. Eu te amo. Como seria mais fácil me despedir se nunca tivesse entrado pela minha janela. Porém fico feliz que tenha entrado, pois ganhei uma pessoa com quem posso contar, confiar, ser eu mesma, e que me ama tanto quanto a amo. Então, por favor não vá. Por todas as nossas brigas, fofocas, conversas e travessuras fique. - Une sua mãe que está com o anel junto com a de Maya que também tem o anel.

M: - Não estou indo a lugar nenhum sem você. Obrigada, por tudo. Eu também... - Fecha os olhos.