Quando descobri que te amo

Quando descobri que te amo


— Não é que eu não queira ir, George... só não vejo motivos pra que seja eu a pessoa a acompanhar Roxton numa viagem de caça. Malone ou Veronica podem ir com ele, enquanto eu fico na casa da árvore e posso lhe auxiliar no laboratório— Marguerite argumentava com o cientista, tentando mais uma vez se esquivar de uma expedição solitária com o caçador. Desde o episódio com a sacerdotisa voodoo a herdeira havia se mantido afastada de John e não só ele, como todo o grupo tinha notado tal fato. Eles sabiam que dentre todos, a morena foi a mais afetada pelo deslize Lorde Roxton. Ela se esforçava de todo modo disfarçar seu incômodo e agir de forma natural, mas, evitava todo e qualquer contato fora do trivial com ele.

— Marguerite, minha cara, você sabe que todos temos tarefas e estas são distribuídas de maneira que nenhum do grupo fique sobrecarregado — Challenger explicou.

— Além disso, há semanas que você não sai pra caçar... revezamos nossas tarefas e essa é a sua vez... nossos suprimentos estão baixos eRoxton não pode ir sozinho. Você sabe que não é seguro... essa é a regra número um — Maloneinterrompeu.

— Vocês explorarão uma área desconhecida do planalto. Talvez possam encontrar alguma passagem de saída... isso não a incentiva? — Veronica a provocou.

— Mas, a há algumas semanas eu fui com vocês coletar aquelas malditas plantas fedorentas e quase quebrei meu braço enquanto Veronica recolhia trufas selvagens... não podíamos fazer uma permuta? — Ela ignorou a provocação da jovem loira e tentou se livrar mais uma vez.

— Algum motivo pessoal a impede de fazer uma expedição de um ou dois dias em minha companhia, Srta. Krux? — John perguntou com um sorriso de satisfação pelo desconforto da mulher. Ele sabia que Marguerite não dispensava um desafio, ainda mais proposto por ele. A verdade é que esta era uma tentativa desesperada de passar um momento em sua companhia, esclarecer algumas coisas e voltar a ter com ela o mesmo relacionamento que tinham antes de Danielle. Ele sabia que não ia ser fácil reconquistar a confiança da herdeira, mas, precisava de arriscar.

Ela deu um pequeno sorriso cínico e estreitou os olhos para seu desafiante.

— Problema nenhum, Lorde Roxton. Como poderia reclamar de tão adorável companhia — disse com sarcasmo — há que horas sairemosamanhã? — Completou derrotada.

— Na primeira hora da manhã — ele deu um sorriso vencedor. Fazia tanto tempo que não viajavam sozinhos, e, ele pensou se conseguiria dormir aquela noite ou ficaria criando expectativas, repassando os assuntos e ensaiando a forma coma qual iria abordá-los com Marguerite.

Ela revirou os olhos. Odiava acordar cedo, mas este era o menor de seus problemas. Ela precisaria de todo o seu autocontrole para lidar com John durante as próximas quarenta e oito horas sem demonstrar nenhuma fraqueza. Ele a perturbava mais do que ela estava disposta a suportar. Não estava acostumada a provar dos sentimentos que experimentou quando o viu nos braços de outra mulher e isso a estava desagradando. Entretanto, não estava disposta a dar o braço a torcer, não se permitiria sentir tais sensações por alguém, ainda mais por um conquistador como John Roxton. Marguerite sabia que a única coisa a fazer era manter uma distância segura quando possível, o que não era o caso agora. Estavam todos presos naquele maldito platôe quanto antes achassem a saída mais cedo ela podia desaparecer como sempre fez e esquecer que um dia conheceu aquelas pessoas, em especial aquele homem... John. Mas será que era isso mesmo que ela queria? Cada dia tinha menos certeza disso. Interrompendo os devaneios queclassificava como bobos ela apenas disse.

— Suponho que eu tenha que descansar para amanhã, com licença —

— Mas... Marguerite... você nem jantou — Veronica a alertou, mas a herdeira já estava longe.

Ela precisava de tempo e espaço para organizar as ideias e sentimentos. Mais que isso, Marguerite deveria se concentrar da melhor forma que pudesse para enfrentar com naturalidade o dia que viria.

Na sala os exploradores se olharam confusos, mas, deram pouca importância a atitude da morena. Reações como essas eram comuns em seu temperamento, e, por isso, já estavam acostumados. Ela não havia sido completamente desvendada por nenhum deles, embora, Lorde Roxton se atrevesse a imaginar o que ela sentia.Na verdade, ele estava dedicando uma boa parte do seu tempo a observá-la e cada vez estava mais certo de que a Strª. Krux escondia um coração afetuoso e altruísta por trás de suas camadas de autopreservação. E ele queria ter o privilégio de um dia alcançar a forma mais genuína de Marguerite e desfrutar da mulher extraordinária a qual aprendeu a admirar.

— Também vou me deitar... conhecendo Marguerite, ela irá reclamar durante todo o trajeto. Preciso estar relaxado — essa foi a desculpa que John usou para poder conquistar sua privacidade. Ele também tinha necessidade de organizar sua mente e principalmente seu coração.

Em passos largos ele rapidamente chegou a seu quarto e se jogou na pequena cama sem nem tirar as botas. Sua cabeça estava na linda morena que habitava a sala ao lado. Há semanas seus pensamentos tinham sido só esses: Marguerite. A distância que ela impôs entre os dois o estava consumindo, ao passo que este mesmo distanciamento o fez enxergar fatos que o convívio continuo não o deixava perceber. A herdeira não era uma mulher de temperamento fácil, ele já havia notado desde o dia em que ela atirou entre suas pernas, em sinal de alerta. Mas de certo modo isso atiçou seus instintos de caçador. Ela se transformou em uma presa interessante. Seria um belo troféu a adicionar em sua coleção de conquistas. Ou pelo menos ele acreditou que fosse isso, pensou que ele estava no controle da situação e que sua racionalidade estava guiando suas atitudes precisas. Só não havia previsto que o jogo podia se inverter, que a convivência com aquela misteriosa mulher se tornou demasiadamente agradável, por mais que muitas vezes ele dissesse o contrário apenas para provocá-la. Ela não era fria, como um dia o haviadespejado tão desprezível característica, ao contrário, ela era vulcão vibrante e incandescente, no qual ele tinha uma vontade absurda de mergulhar. John esforçava a memória para tentar se recorda-se de quando isso mudou, quando passou a achar indispensável a presença de Marguerite, mas, tudo que conseguia concluir é que sempre foi assim. Ela sempre foi fundamental,entretanto, só agora que estava a ponto de perder sua companhia ele se deu conta do quão importante a herdeira havia se tornado para ele. Tinha certeza de que havia tentado lutar com coragem contra seus sentimentos, chegando as últimas estâncias, estava determinado a provar para o mundo que ele era imune as armadilhas do coração, contudo, só estava se enganando. O que aconteceu com Danielle foi um terrível erro em muitos aspectos. John foi guiado por seus instintos masculinos e pela raiva que sentia por não saber nada sobre o passado de Marguerite. O episódio com Randolph Applegate ainda estava vivo em sua memória quando ele se deixou levar pelos encantos da sacerdotisa. Que tipo de relação aherdeira e o tal caçador de tesouros mantiveram no Cairo, e porque ela insistia em esconder isso do grupo? Será que foram amantes? E porque ele se importava se foram amantes? Que demônios de sentimentos eram esses que e estava sentido, tão desconhecidos e ao mesmo tempo tão desagradáveis? Além disso, a forma como a misteriosa mulher jogava com ele o atraia pelosimples fato de lembrá-lo da maneira que Marguerite o conduzia em suas disputas de sedução. E quanto aos sentimentos da herdeira? Ela visivelmente demonstrou desconforto, mas isso era sinal de ciúmes? A forma como se referiu a Danielle o surpreendeu. Nunca tinha ouvido Marguerite tratar outra mulher daquela forma e ele almejava que toda sua raiva tivesse sido motivada por algo que a bela morena nutria por ele. Sorriu ao imaginar a poderosa Srtª. Krux apaixonada, entretanto, seu sorriso logo se desfez ao lembrar de como ela havia se comportado nas últimas semanas. Não que ela estivesse o tratando mal, apenas evitava contatos desnecessário, ou melhor, parecia estar fugindo de sua presença. E isso o estava afetando, sentia falta da sua sagacidade, da sua ironia, do jeito como sorria pra ele, do seu perfume quando estava perto, dos flertes, das provocações e até mesmo do mau humor e das reclamações. Isso tudo se potencializou depois do aparecimento de Alex Linde, odiou imaginar que Marguerite poderia se interessar por outra pessoa, os risinhos e frases com duplo significado que ela oferecia somente a ele, agora, compartilhados com outro homem acendeu no caçador uma luz de alerta, e, ele não estava acostumado com isso, talvez este tenha sido o motivo de ser tão rude quando disse na caverna que ela tinha um preço. Ele foi cruel, se arrependeu de ter dito, mas, não teve oportunidade de se desculpar. A morena foi rápida em mostrar a todos que ninguém estava livre de julgamentos. Aliás, dentre os amigos, ela havia sido a mais enfática em se preocupar com o que Challenger supostamente estava a ponto de fazer, e isso não passou despercebido pelo olhar atento de John. Naquele dia ela conquistou mais ainda sua admiração.

Os raios de sol do fim da tarde começaram a iluminar o rosto de Roxton, e ele se deu conta que em poucos minutos iria anoitecer. Decidiu ir até até a cozinha procurar algo para comer, pensou em preparar algo para Marguerite também já que ela havia se recolhido antes do jantar. Caminhou até sala e encontrou Ned debruçado sobre algumas de suas anotações.

— Ned—boy, onde estão os outros? — Perguntou por curiosidade, mas, sem muita atenção a resposta.

— Veronica foi até horta...Challenger está no laboratório e Marguerite saiu a poucos minutos, disse que iria se banhar no lago — disse o repórtersem desviar os olhos dos cadernos.

— O que? — Roxton deixou a maçã que havia acabado de morder sobre a mesa e se aproximou do jornalista — Ela enlouqueceu? Em pouco tempo irá anoitecer — disse irritado.

— Calma, Roxton! — Ned mediu o amigo — já faz alguns minutos, o lago é próximo, ela já deve estar voltando — disse com tranquilidade

— Eu vou buscá-la — o caçador girou os calcanhares e seguiu rumo ao elevador. Recolheu o chapéu e as armas no caminho. Malone suspirou e revirou os olhos. Quando aqueles dois assumiriam que estavam completamente apaixonados?

No lago, Marguerite retirou toda sua roupa e a deixou cuidadosamente dobrada sobre uma pedra. De uma só vez mergulhou de cabeça na água cristalina e fria deixando que a baixa temperatura abrandasse a inquietude de sua mente e de seu coração. Não sabe por quanto tempo nadou, mas, quando se sentiu cansada decidiu apenas flutuar com os olhos fechados não se importando com nada além da plenitude que a envolvia.

Roxton cruzava a selva em passos rápidos. Um aperto sufocava seu peito ao imaginar que ela poderia estar em perigo. Marguerite conhecia aprimeira regra e mesmo assim insistia em desobedecê-la. Isto era tão típico dela. Estava bem próximo do lago quando parou abruptamente diante da imagem que viu. Ela nua flutuava sobre as águas cristalinas enquanto o arrebol a iluminava de forma esplendorosa. O caçador sabia que era indecoroso observá-la sem sua permissão, mas era incapaz de mover qualquer um de seus músculos. Estava hipnotizado por aquela mulher. Ela parecia tão tranquila enquanto as correntezas a conduziasuavemente. Ela estava perfeita e sua vontade era entrar imediatamente naquele lago e fazê-la sua. Nunca sentiu tanto desejo. Seu corpo respondia involuntariamente. Agora a excitação era evidente e sua pulsação estava acelerada, mas, ele não queria fazer nenhum movimento que pudesse assustá-la. Infelizmente sua intenção não foi concluída, com um passo em falso ele pisou em um graveto seco quebrando-o ruidosamente.

O barulho despertou Marguerite do seu transe. Ela se colocou rapidamente na vertical procurando freneticamente o responsável por tal perturbação. Não demorou muito para avistar Lorde Roxton saindo envergonhado de dentro da selva. Ela estava visivelmente irritada, quase ao ponto de estar indignada.

— Ora, Lorde Roxton! Por que não me surpreendo? — Disse nadando em braçadas fortes até a margem.

— Marguerite... Eu sinto muito. Eu não queria... — tentava se desculpar ao passo que também se aproximava do local onde as roupas estavam.

— Vire-se — ela ordenou e ele obedeceu, mas, não entendeu a raiva que sentia em sua voz.

— Marguerite... não seria a primeira vez que eu a veria nua — .

— Roxton! Não me compare ao tipo de mulheres com as quais está acostumado a tratar — ela rapidamente se ergueu do lago e vestiu o robede seda lilás. Ela não estava disposta a flertar com ele. Há tempos percebeu que era arriscado. A brincadeira havia perdido a graça e ela se sentia mais envolvida do que pretendia. Sua estratégia seria a mesma de sempre: fugir. Mas ela não contava com a insistência do nobre.

— Bem... era sobre isso mesmo que gostaria de conversar com você — ele a conteve segurando seu braço — percebi que você se incomodou com o que aconteceu com Danielle... queria esclarecer que... —

Ela não o deixou terminar. Era muita arrogância ele pensar que ela pudesse estar comciúmes. Embora esta fosse a mais genuína verdade.

— Não seja ridículo Roxton, eu pouco me importo com quem você se envolve ou deixa de se envolver. Sua vaidade é algo sufocante — ela se sentia a cada segundo mais revoltada. Ele estava extrapolando seu limite de civilidade. Quem ele pensa que é para sugerir que despertava seuciúme? — O que me deixa chocada é facilidade com a qual você abandona o grupo por conta de um rabo de saias. Você não me deve fidelidade, se bem me lembro não temos nenhum tipo de relação. Mas me refiro a lealdade. Essa não é a primeira nem a segunda vez que arrisca a todos por conta de sua falta de controle físico —.

— Bem... eu não pedi que vocês fossem a meu socorro. Essa se não me engano foi uma ideia sua — ele sabia que linda morena tinha razão. Ele que sempre era tão cauteloso tinha colocado a todos em risco, mas, ao mesmo tempo precisava ter certeza da motivação que impulsionou Marguerite a procurá-lo.

— Você não passa de um grande mal agradecido — ela estava vermelha, dominada pela raiva — Deveríamos ter deixado você se tornar uma marionete daquela princesa nefasta da selva— ela estava tentando se afastar quando ele segurou seu braço.

— Então, diga olhando em meus olhos que não lhe importou... que tudo que aconteceu não a afetou, e, que se tivesse me perdido para sempre isso não lhe faria diferença — ele encarava seus olhos acizentados que agora estavam rasos d’água.

Ela não podia negar a verdade a ele. Por mais que suas palavras pudessem ser falsas, seu olhar a denunciava. Ela não poderia viver em um mundo onde Lorde Roxton não estivesse presente.

— Eu me importo — ela confidenciou — eu me importei e me importo mais do que deveria.Agora... Me deixe ir! — Ela tentou se soltar das mãos dele, mas seus dedos apertaram seu braço com mais forca do que deveria.

— Não! — Embora a confissão fosse tudo que ele desejasse ouvir, não a deixaria fugir tão fácil. Eles estavam agora muito próximoscompartilhando o mesmo ar quente de seus hálitos. Ele não podia perder a oportunidade de beijar seus doces e macios lábios. Não se perdoaria se a deixasse escapar. Em um impulso ele sedento tomou sua boca ainda fria pelo efeito da água. Ela tentou recusar, mas a carícia era por demasiado deliciosa. Ela o queria tanto como ele a ela. Em seus braços ela sentia segurança e conforto. O beijo de Lorde Roxton era sensual, ardente, possessivo. O delicioso choque de línguas se tocando era um ponto de ruptura, nenhum deles percebeu o desejo que exalava de seus corpos enquanto suas bocas devoravam um ao outro naquele beijo, os dentes dela seguravam o lábio inferior dele enquanto deixava um breve suspiro abandonar seu pequeno corpo. Ele tinha um gosto almiscarado de terra, couro e suor, o que o descreveria muito bem e o qual Marguerite descobriu que adorava. Surpresa com os próprios pensamentos, mas ainda muito enervada pelo beijo, apenas conseguia procurar mais da boca de John, queria o provar o quanto pudesse. Seus lábios passavam possessivamente pelos lábios dele e sua língua procurava se aprofundar cada vez mais em busca de sentir o gosto dele.Enquanto desfrutavam da volúpia que as sensações prazeirosas lhes causavam não se deram conta de tão próximo a borda do lago estavam. John tentou aprofundar o abraço, mas acabou se desequilibrando e os dois caíram na água.

O impacto não afetou o desejo que emanava de ambos. O caçador rapidamente encontrou o abraço da herdeira e continuo a beija-la, sua proporia boca se viu viciada naquela pequena tentação, seu gosto era doce e amargo ao mesmo tempo. O que Roxton nomeou de “Marguerite”, pois nunca havia provado nada igual aos lábios da herdeira, ele sabia... Era um caso perdido toda vez que sua boca era contemplada com os lábios dela.Não havia tempo de voltar à margem, tudo era muito intenso e quase pecaminoso. Ele podia sentir o anseio dela quando envolveu suas pernas em volta de sua cintura. O tecido fino do robe flutuava e ele queria rapidamente se livrar das calças e ceroulas. Se atreveu a afastar parte da gola da peça de seda deixando seus pálidos ombros eseios à mostra. Ele queria sugá-lo como a mais doce fruta. Afastou os lábios da boca da herdeira lambendo seu pescoço e se aproximando de seu objeto de desejo. Ele a emergiu um pouco mais acima para que pudesse apreciar com maior conforto aquelas preciosas joias. Seus seios eram perfeitos e na medida certa de suas mãos. Seus mamilos estavam enrijecidos diante da excitação que a mulher se encontrava.

Ele não podia se controlar. Seus lábios procuraram um dos seios e começou a plantar leves beijos de borboleta em sua pele, fazendo a mulher em seus braços suspirar e levar as próprias mãos em seu rosto e o segurando onde ela queria. Ele entendeu, mas não aceitou o pedido silencioso dela de a levar em sua boca e mamar em seu seio. Inez disso, Roxton continuou distribuindo pequenos beijos em um seio e depois no outro, seus lábios mal tocavam a pele sensível da aréola em sua pequena tortura. Quando ele ouviu seu nome sair dos lábios dela em um suspiro de abandono, seus dentes tocaram levemente o bico de um dos seios, ele deixou que seis dentes e lábios raspassem levemente naquele local tão íntimo. A provocação foi imediatamente imitada pelos dedos de sua mão direita no mamilo esquerdo, gentilmente apertando e puxando o botão endurecido enquanto ele ainda embalava amorosamente o resto de seu seio.

Seus olhos se abriram e ela tentou olhar para si mesma até que seu olhar encontrou o dele, brilhando maliciosamente enquanto seus lábios pairavam em uma fração de centímetros acima de seu peito. Então ele se concentrou de volta em seu corpo, curvando-se mais e fechando completamente seu bico com a boca, dando-lhe uma sucção úmida antes de novamente raspar sua carne. Marguerite perdeu o interesse em observa-lo, sua mente totalmente ocupada em controlar a respiração ofegante. Deus! Ele era realmente bom com a boca! E o mais importante... ele iria exigir mais desse doce tortura entre suas pernas? Ela quase não tinha certeza se gostaria que ele fizesse, sabia que no momento que sentisse esses lábios entre suas dobras lisas, perderia qualquer juízo e pudor que ainda poderia reatar.

Outra maravilhosa sucção foi ministrada por sua boca e lábios e Marguerite se ouviu gemer nos braços fortes daquele homem, e ela se perguntou se ele seria capaz de a levar a ter um orgasmo sem estimular seu centro. Provavelmente sim, se Roxton continuasse a torturando desta maneira, ela com certeza estaria perdida em um frenesi de prazer.

Sua língua experiente provocava em Marguerite arrepios de prazer. Ela chegou a lamentar o tempo que perdeu antes de experimentar aquelas sensações. Ela o queria, precisava senti-lo dentro de si. Não sabia por quanto tempo aguentaria recusar isso. Entretanto, como em um choque de realidade, ela se deu conta que não poderia ceder. Que se acaso o fizesse seria um caminho sem retorno. Ela não poderia negar que estava apaixonada por ele, mas esse era um amor possível? Talvez ali no platô, mas, em Londres, onde seu passado sempre a iria perseguir? Não. Ela não podia entregar seu corpo e sua alma assim. Não conseguiria conviver com a decepção de não o ter novamente. Em um gesto de racionalidade ela o afastou.

— Não John. Não assim... eu não posso —

Ele demorou alguns segundos para voltar a realidade. Estava envolto no frenesi do momento.Não entendeu de princípio o que ela lhe queria dizer, mas, olhando seus olhos assustados se conteve e aceitou que ela não estava preparada. Mesmo com pesar deixou que ela saísse de seus braços. Marguerite nadou até a margem e saiu rapidamente. Já era noite, mas a lua cheia os iluminava. Ela se vestiu e sem olhar para trás e seguiu sozinha para a casa da árvore. O caçador permaneceu alguns minutos ainda dentro da água esperando que o frio dissipasse sua excitação. Aproveitou esse tempo para refletir sobre o que acabara de acontecer. Não havia mais dúvidas, ele a amava mais que sua própria vida e agora estava determinado a provar a ela que era digno do seu amor e de sua confiança.

— Marguerite Krux, você será a minha Lady Roxton... eu juro — disse a si mesmo, sorrindo faceiramente enquanto nadava de costas.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.