Pé na Cova, Lanterna na Mão

Tá Tudo Bem, Tudo Normal


Apesar do medo, Viviane voltou, indo pelo mesmo caminho alcantil. Viu o mesmo homem do outro dia, carregando suas coisas, e o cumprimentou. Viu algumas crianças no velório da vez e respirava fundo, tentando se convencer que estava tudo bem, que nada ali a assustaria. Não de propósito.

De manhã, avistou Hugo e seu irmão e, seguindo seu instinto, se aproximou, vendo pela primeira vez o nome na lápide.

Hugo – 2008/2018

— Você não precisa vir sempre. O Hugo tá sempre com você, sabia?

O homem a encarou. — Que brincadeira é essa?

— Ele tá do seu lado...

Irritado, ele se afastou.