Pé na Cova, Lanterna na Mão
Que Susto Do Cacete, Menino!
Como no outro dia, às cinco da manhã, o cemitério abriu as portas para o público. O enterro começou a acontecer e Viviane continuava sua ronda.
— Você é nova aqui? — Um menininho perguntou, sentado na ponta de um túmulo retangular de concreto.
— Sim. E você?
— Eu não.
— Por que você tá aqui sozinho? — Olhou ao redor, à procura de um adulto.
— Não tô sozinho. Meu irmão tá ali. — Apontou.
Viviane virou, avistando um rapaz imberbe na frente de um túmulo simples, agachado. Sua boca mexia, como se conversasse com alguém.
— Ele devia parar com isso. Não faz bem pra ele.
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