‘’Eu sempre estarei esperando você, eu só quero que coloque uma coleira em mim’'

- Menina Loba

O Natal está chegando, e a Honey e Violetas estão bem animadas com seus namorados. Estou com inveja, elas não param de falar de presentes! E eu não vou fazer nada, além de escutar piadinhas e enfiaram sobremesa na minha goela para eu provar. Que Inveja!

— Que foi Rapunzel? Você anda irritada, está tudo bem entre você e Jack? – Ela acordou de seus devaneios quando Violeta perguntou. – Vocês tem planos pro natal?

— T-temos sim! – Um sorriso se formou em seu rosto, mas forçado. Não tinham nenhum plano.

— Hei vamos trocar fotos de nossos encontros de natal? – Honey ficou animada.

— Boa Ideia, me manda também Punzie! – Violeta disse muito animada e voltou à conversa com Honey sobre o dia de natal.

No intervalo do primeiro tempo Rapunzel foi ao encontro de Merida, só que no banheiro. Queria falar sobre o natal e como queria passar com Jack, mas ele não a convidou, depois da cena do ultimo capitulo Rapunzel descobriu que aquilo era plano de Merida para vê se Jack realmente se importava com o amor da morena. Merida não estava com a cara boa, tinha passado a noite acorda arrumando a casa com a mãe com a decoração de natal.

— Rapunzel, antes de terminar só me diz por que o banheiro? – Merida estava encostada na parede quase dormindo.

— Não sei me acostumei a te encontrar aqui – Com uma cara pensativa, ela voltou ao assunto. – Sabe eu só queria comer bolo e trocar presentes com ele, nada de mais... – Estava um pouco tímida, na verdade só de pensar nela e no Jack juntos ela fica tímida por sentir o famoso frio na barriga, bolas de sabão na barriga ou borboletas na barriga, seja qual for a definição que dão.

— Então porque não diz isso a ele? – Ela se assustou. – Você se confessou para ele, porque não chama-lo pra sair como uma pessoa normal faria? É bom que as coisas andem mais depressa. – Merida mesmo bocejando estava sorrindo feliz por estar passando isso tudo com a amiga.

— Quer ir lá pra casa hoje? Meus pais vão trabalhar até tarde e minha tia só chega de madrugada. – Rapunzel estava vendo como a amiga estava cansada. – Você pode dormir o dia inteiro que eu não vou ligar, afinal você tem me ajudado tanto – Merida abraçou a amiga e agradeceu , falando que iria avisar a mãe.

Os dois estavam nos corredores aquecidos com os próprios casacos e cachecóis, Ela estava tão nervosa só de pergunta isso para ele, quando perguntou para ele oque ele achava do natal. Uma merda. Essa foi sua resposta, e ela ficou espantada! Como pode achar o natal uma coisa linda uma merda. Para ele, tinha sempre as mesmas pessoas, as mesmas musicas chatas.

— Então, oque você quer com o natal? – Ele sorriu de um jeito magico com uma voz doce.

— Porque entrou em modo Príncipe agora? – Rapunzel perguntou desconfiada.

— Nada. – Ele voltou.

— Sabe, eu prometi uma foto de natal pras meninas, podemos ir à cidade naquela arvore tirar? Já que não vamos fazer nada juntos. – Até o caminho da cidade, Jack não parava de dizer como aquela foto era inútil, como só servia para se exibir. – Eu prometi. E não gosto de quebrar minhas promessas. – Ele resmungou mais um pouco e então chegaram a arvore.

— Sabe eu não entendam porque esse negoso de presente de natal! Não é aniversario nem nada. – Eles estavam observando o casal que estava na joalheria, por isso o assunto.

— Eu gosto. Afinal, é sem motivo.

— Ah é? Então talvez eu compre algo pra você – Ela se animou, parecia uma lobinha querendo passear. – Que tal uma coleira?

— Tipo de cachorro?

— Sim, e uma guia também, para te levar para passear toda manhã. Que tal? – Ele sorriu.

— Eu quero! – O sorriso se desmanchou com a animação da garota loba. – E passear com você toda manhã seria ótimo.

— Aff – ele saiu mais pra perto da arvore – Não me leve a serio, estava brincando não vou te dar nada.

— Olha qualquer coisa que você me dar eu vou gostar desde que venha de você. – Ele resmungou mais um pouco e chegou a arvore enorme que ficava no centro. Eles estavam tento arrumar uma posição onde os uniformes não apareçam e a arvore apareça, depois de 5 minutos tentando eles tiraram e foram pra casa, com Rapunzel admirando a foto. Quando então ela sentiu algo forte no estomago, sua barriga começou a dor e muito.

— Aqui... – ele depositou uma bolsa na mesa. – Remédio de dor de barriga. – Eles estavam numa lanchonete. – Vamos ficar até que você se sinta melhor.

— Você foi à farmácia só me comprar remédio?

— Fique grata por isso.

— Obrigada. Quanto foi? – Ela foi pegar a mochila onde tinha dinheiro.

— Não quero seu dinheiro.

— Mas eu vou me senti mal.

— Quando eu fiquei doente você cuidou de mim, comprou remédio e frutas pra mim, então entenda isso como estamos quites.

— Oque eu sou para você? Um tipo de brinquedo? – Ela ficava fofa brava, mas odiaria ouvir isso de alguém. – Um cachorro útil pra satisfazer seus desejos? Não sente nada de especial?- Agora calma. Ele sorriu e disse ‘’quem sabe?’’ – Repete que eu jogo agua na sua cara! Anda, diz logo – O copo de agua estava mirando no rosto de Jack, mas então ele então pegou o copo de sua mão delicadamente.

— Eu gosto de você, Rapunzel. – O olhar do garoto se desviou. – Não percebeu ainda? Não importa o quão útil à menina seja eu não conseguira deixa-la muito tempo perto de mim. Um brinquedo seria o mesmo, se você não gosta você joga fora. – Ele tirou o copo da morena, que estava parada em choque. – Eu gosto de você há um tempo, estava com medo de dizer.

— Serio?

— Não chore – Um sorriso se formou em seus lábios.

— Me desculpe, eu nunca pensei que você diria isso então estou feliz... – Ela se sentou com lagrimas nos olhos – Eu quero passar o dia 24 com você.

— Passarmos o natal juntos? Fazendo oque?

— As coisas de sempre, trocar presentes, comer peru assado, pavê – ela riu um pouco. – é meu primeiro natal com um namorado, então quero fazer esses clichês.

— Vai ser divertido fazer essas coisas com você.

— Awwwn Jack... – Ela abriu um lindo sorriso, iria dar um abraço nele, mas desistiu com as palavras que saíram dos lábios dele.

- Eae por quanto tempo eu tenho que continuar esse fingimento?

— Oque?

— Você é muito ingênua, confia muito facilmente nos outros, sabe que nunca faria algo tão gentil. Você precisa aprender um pouco, como vai viver a vida assim? Você vai ser enganada por um tarado golpista algum dia. – Antes paralisada agora num rápido movimento Rapunzel joga água na cara de Jack. Todo mundo da lanchonete parou na mesma hora e olhou pros dois.

- Você é um lixo! – Correu para fora e o deixou lá. Chegou a casa direto pro seu quarto, fechou a porta e se arrastou até o chão, com lagrimas agora de raiva. ‘’Cansei de ficar apaixonada’’ – ela disse baixinho. Quando alguém a chama, na cama.

— Me desculpa Meri, tinha esquecido que você estava aqui em casa. – Ela não se mexeu. Merida estava dormindo e acordou com a presença inesperada da amiga.

— Oque aconteceu Punzel? – Merida levantou e foi até a amiga e abraçou. Ficaram quase a noite inteira conversando, até a tia Gothel de Rapunzel chegar e começar a reclamar da Merida na casa e Rapunzel chorando por causa de um garoto.

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Dia 24 já. Todos na sala estavam se divertindo rindo e contando historias. Rapunzel estava sentada no sofá com um vestido simples, com seu celular e um copo de coca na mão, sua mãe perdeu a conta de quantas vezes foi pergunta se ela já tinha comido. Então em meio a isso tudo ela recebeu mensagens (as fotos) de Honey e Violeta, estão tão bonitas com seus namorados. Mas, ela não mandou a foto, não importava mais, não queria aquele idiota mais, só que gostava dele ainda, não acredita nisso. Como gostava de um cara tão horrível, mas ao mesmo tempo gentil.

— Rapunzel querida. – Era sua tia Gothel, sua avó tinha adotado ela quando criança, e quando Rapunzel nasceu a amou muito e a protege até hoje, não gosta das amizades nem de meninos perto dela, se fosse pela sua tia a menina estudava numa escola só de meninas ou em casa bem longe. – Tem um garoto insuportável na porta dizendo que é seu namorado. – Ela foi até a porta e queria bater nele, mas era gentil demais e sua mãe apareceu o convidando para entrar. Ele entrou e os dois foram pro quarto conversar.

Ela sentou na cama e ele encostou-se à parede.

— Por quê? - Ele a encarou. – Porque você está aqui?

— Eu vim-te disciplinar. – Ela se espantou. – Esperei um tempão e você não se desculpou, está se achando demais já. –Sentou-se na cama junto com ela, para conversarem melhor. – Você esqueceu que jogou agua no seu mestre e ainda o chamou de lixo? Vou te mostrar como você ainda é minha cadela. - Ele pegou no pescoço dela e quando ela abriu os olhos, viu um lindo cordão dourado com o sol de pingente. – Está é sua coleira.

Rapunzel sorriu aos poucos.

— Só para avisar que coleira de verdade faria as pessoas suspeitarem dos meus gostos, então eu comprei um substituto. – Desviando o olhar, desprezadamente como ele faz ele completou mais uma vez. – Isto é a prova de que você é minha, não se esqueça. – Ela chorou.

—Não é justo! Assim é impossível te largar! – Pedindo mais uma vez para ela não chorar, Jack puxou-a pra perto e Rapunzel tirou fotos diferentes pra mandar pra Honey e Violeta.

‘’Mais uma vez, mais uma vez, desta vez eu vou rolar mais uma vez. ’’

- Rolling Girls

- Menina Loba