Capítulo XXXIV

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Sawyer observava Ana e Kate no banco do parque - as duas riam enquanto trocavam experiências - quando seu celular tocou.

Número desconhecido.

O segurança atendeu a ligação, mas não parecia ter ninguém do outro lado da linha. O mesmo se levantou, imaginando que fosse interferência pelas árvores do parque, e tentou chamar a pessoa do outro lado.

Nada.

Sawyer balançou a cabeça e colocou o celular no bolso, mirando Ana e Kate novamente.

— Droga! - um grito o chamou atenção. - Ai, ai!

Ele olhou para onde vinha a voz e se aproximou, entre as árvore, um pouco afastadas, estava uma mulher caída, uma das mãos no tornozelo, provavelmente havia torcido.

— Precisa de ajuda? - o segurança se abaixou ao seu lado.

— Acho que quebrou, 'ta doendo muito - reclamou ela.

O segurança abriu a boca para dizer que a ajudaria a chegar a um dos bancos do parque quando uma coisa forte bateu em sua cabeça, fazendo-o cair em cima da mulher, desacordado.

Sawyer acordou bons minutos depois, assustado e com a cabeça doendo como o inferno.

Ele levantou rápido, fechando os olhos com força em seguida, tocando a parte detrás da cabeça e seus dedos vieram manchados de sangue constatando o ferimento. O mesmo correu até o gramado do parque, onde Ana deveria estar, mas era claro que ela não estava. Na verdade, não havia mais ninguém no parque. O lugar estava vazio e o céu nublado fazia o dia parecer quase noite. Seu relógio de pulso constava 16h43min.

Sawyer se desesperou, procurou o celular no bolso mas não o sentiu em lugar algum, as chaves do carro haviam sumido.

•••

Christian havia acabado de fazer uma videoconferência, e estava contando as horas para dar 17h e poder ir para casa. Ele estava em sua cadeira, olhando através da janela Nova York já fria, quando Taylor entrou em sua sala.

— Senhor, tem alguma coisa errada - o segurança disse.

Christian se levantou.

— A Ana? - questionou.

— Reynolds disse que a Sra. Grey saiu com Sawyer, eles foram ao parque e agora Sawyer não responde e o celular da sra. Grey se encontra fora de área.

Christian sentiu o sangue ferver e bateu com força na mesa.

Havia dito para Ana que não era para ela sair!

— Reynolds já rodou o parque e não encontrou nada, senhor.

Christian o encarou seriamente.

Conhecia Taylor há seis anos, o homem estava em seu encalço durante tempo demais para que ele não o conhecesse bem.

— O que você não está me contando, Taylor? - questionou Christian.

Taylor engoliu em seco e inspirou o ar antes de falar.

— Jack Hyde foi visto rondando o parque no horário em que Ana estava lá - respondeu Taylor.

Foi como se o cérebro de Christian começasse a trabalhar com adrenalina dali em diante, já no elevador ele tinha Barney ao celular procurando todas as câmeras de segurança do parque, rastreando o celular de Ana e de Sawyer e Taylor tinha o detetive Scandall na linha, tendo a polícia no caso automaticamente.

Não havia lugar exato para ir se não a própria casa, onde ele podia controlar tudo.

Ao chegar ao Escala, Christian e Taylor saíram do carro rapidamente quando viram Sawyer vir correndo em direção ao prédio.

Não era instinto, não era sexto sentido, era a realidade: Ana estava em perigo.

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