Capítulo 4 - A procura

Quando amanheceu, Inuyasha despertou devido à forte luz do sol. Aquele seria um belo dia. Ele virou o rosto e percebeu que Kagome não estava ao seu lado. Ele pulou rapidamente da cama, ainda com a visão um pouco embaçada, e foi até a sala. Lá, se surpreendeu ao ver a mesa posta, com vários biscoitos (com a aparência deliciosa, pensou o hanyou) e Kagome, usando um lindo vestido azul claro. A garotinha sorriu ao notar a presença do amigo e caminhou até ele.

– Inu-kun! Pensei que você não ia acordar hoje! Dorminhoco! – Kagome riu de leve, enquanto acariciava as orelhas de Inuyasha. Ele fez uma expressão emburrada, e respondeu à altura.

– Também... como poderia dormir? Você ronca tanto... – O hanyou mostrou a língua para Kagome, para provocá-la. O que, de fato, funcionou.

– KYA! EU NÃO RONCO NÃO! – Kagome se envergonhou, e fez a expressão mais irritada que o seu rosto angelical conseguia formar.

– Ronca sim! – Inuyasha estava se divertindo com a expressão de Kagome, mas segurava seu riso. Kagome resolveu jogar com as mesmas cartas.

– E você baba o travesseiro! – Ela sorriu de canto.

– EU NÃO! – Dessa vez foi Inuyasha quem ficou corado. Já bastava ser metade cão, agora ele iria babar como um?

– Você sim! – Os dois viraram as costas um para o outro, emburrados. Após alguns segundos de puro silêncio, os dois perceberam a cena que haviam feito, e começaram a rir alto no mesmo instante.

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Depois de tomarem café da manhã, Inuyasha foi até o banheiro tomar banho, enquanto Kagome rabiscava algo em uma folha de papel com muita atenção. Quando ele voltou, ela mostrou pra ele o que havia feito: Era um mapa do que ela conhecia (ou achava que conhecia) das redondezas.

– Hmm... como é mais ou menos o lugar onde você mora? – Kagome fechou os olhos, tentando imaginar o que Inuyasha iria dizer.
– É em um prédio bem grande... acho que não era muito longe do parque... – Inuyasha coçou a cabeça, um tanto confuso.
– Bem, perto do parque tem uma rua onde tem vários prédios bem grandes... quem sabe um deles seja o seu? – A garotinha apontou pra uma linha no mapa, indicando onde era a rua. Inuyasha sorriu, mais animado.
– Então, vamos lá! – Ele puxou Kagome pela mão.

Os dois procuraram a manhã inteira, mas Inuyasha não reconhecia nenhum dos prédios. Ele já estava desistindo de encontrar o lugar, mas era motivado por Kagome, que dizia que logo, logo, ele estaria em casa. Ele sorria enquanto fitava a amiga. Apesar de estar longe de casa, ele estava feliz por ter encontrado uma pessoa como ela. Até que algo passou pela sua mente, deixando o hanyou preocupado.

– Kagome... - Ele encostou levemente na mão da garotinha.

– Sim? – Kagome parou de caminhar e fitou o amigo.

– Mesmo se eu voltar pra casa, nós vamos continuar sendo amigos... né? - Inuyasha estava realmente preocupado, ele não entendia direito como era \'\'amizade\'\'. Seria algo duradouro? Kagome riu e segurou a mão dele com carinho.

– Claro, Inuyasha! Vamos ser amigos pra sempre! – Kagome dizia com sinceridade e certeza.

– Pra sempre? – Aquela era a melhor resposta que ele poderia ouvir.

– Sim! Pra sempre! – Kagome abraçou Inuyasha e este retribuiu. O coração do hanyou pulava de alegria com as palavras de Kagome. Nunca alguém tinha conseguido se aproximar dele daquela forma. Kagome, em sua inocência, já tinha estabelecidos laços fortes com o jovem \'\'meio demônio\'\', laços que nem o tempo seria capaz de quebrar.