Problems

Capitulo 5


– Onde você estava garota!! – grita minha mãe

– Boa noite pra você também – falo e vou subindo a escada, ela me puxa de volta pelo cabelo

– Olha aqui garota você está na minha casa, eu exijo respeito – ela grita

– Em que momento eu desrespeitei sua casa hein – grito de volta

– Agindo como uma puta chegando a essa hora – grita – onde você estava?

– Com o Marcus, você sabe muito bem disso! – falo e não vejo quando ela me dá um tapa apenas sinto arder – Porra pra que isso! – grito

– Não quero uma vadia na minha casa, portanto ou você toma jeito ou cai fora! – ela grita

Não falo nada apenas subo para meu quarto e começo a arrumar minha mochila, pego algumas roupas e produtos de higiene pessoal, quando estou descendo minha mãe fala:

– Onde você pensa que vai

– Embora ué, eu não sou uma vadia, então – falo e abro a porta

– Se você sair não volta mais – ela fala

Não respondo apenas saiu e bato a porta. Vou caminhando para casa de Abby, quando chego encontro ela sentada na porta de casa.

– O que você está fazendo ai? – pergunto mas ela não responde – Abby? O que houve? – falo de novo e ela desperta

– Ah? Ah! Oi Angela, o que você está fazendo aqui? – ela pergunta e eu percebo na mesma hora que ela não está normal

– O que você tem Abby? – e me sento ao lado dela

– Não tenho nada, porque está falando isso? – ela fala e começar a rir

– Quem estava aqui com você? – pergunto

– O Patrick, porque? – ela fala

– O que? O Patrick da Margo? Aquele cara e um drogado!! – grito com ela

– Ei não fala assim! Ele não é drogado! – ela grita de volta

– A não? Pra mim quem usa maconha e cheira tanto pó que não sabe quando está sóbrio ou quando está lombrado é drogado sim! – grito – e outra o que você quer com o namorado da Margo? – pergunto

Abby fica tão vermelha que nem preciso da resposta dela pra saber o que está acontecendo, mas não posso acreditar que logo ela esteja se envolvendo com um tipinho como o Patrick, e pior que ela possa ter aceitado usar algum tipo de droga com ele... Que porra está acontecendo hoje primeiro o Marcus agora a Abby.

– Ele te deu alguma coisa Abby? – pergunto com medo da resposta

– O que importa, eu tô bem não tô? – ela foge da pergunta

– Não Abby, você não está bem, o que ele te deu? – insisto

– Maconha – ela diz com a cabeça baixa

– Porra Abby o que deu em você hein, e com o namorado da Margo ainda! – digo irritada

– Ei ele não está mais com ela – ela fala animada – ele terminou pra ficar comigo

– Abby o que está acontecendo com você? Esse cara não presta – falo e ela me olha com raiva

– Pra você e fácil falar é Angela, você namora o cara mais gato do colégio não tem porque reclamar, mas e eu sempre sozinha, quero alguém pra mim também? – Ela grita

– Abby você não está sempre sozinha, eu não significo nada? E esse cara não e o cara certo pra você Abby – grito

– O que você sabe sobre certo ou errado Angela? Você por acaso já contou ao Marcus sobre o aborto que você fez? Você não tem moral nenhuma pra falar de mim! – ela grita

Aquelas palavras me atingem como uma facada, Abby sabe o quanto esse assunto é delicado pra mim e sabe também que se eu pudesse jamais teria tirado meu filho, mas ela usa essa informação como uma faca contra mim e sinto cada parte do meu corpo se desfazendo, não consigo respirar, porque todo mundo hoje tirou o dia pra me machucar? Antes que eu perceba lagrimas molham meu rosto. Abby me olha desesperada e quando abre a boca pra falar eu sou mais rápida.

– Cala a boca! Não tenho mais nada pra falar com você – viro as costas e vou caminhando para longe dela.

Caminho por cerca de 40 minutos, meu celular não para de tocar e nem preciso olhar pra saber que é a Abby, não quero falar com ela. Chego até uma praia que é bem conhecida por seus luais hippies regados a muita droga. Mas hora está tudo quieto, o dia começou bem quente mas naquele momento a brisa e bem agradável me sento na areia e começo a chorar desesperadamente, choro por uns 20 minutos até meu celular tocar novamente, olho no visor e vejo que não conheço o número então atendo.

– Alô ?? – digo com uma voz de choro

– Angel onde você está? – Travis fala preocupado e eu me assusto ao ouvir sua voz

– Como você conseguiu meu número? – ignoro a pergunta dele

– a Abby, ela me ligou pra saber se você estava com o Marcus, sua mãe também ligou e ameaçou chamar a polícia se ele não dissesse onde você estava, q que aconteceu? Pra onde você foi? – ele fala

Eu começo a chora novamente, não sei por quanto tempo até ouvir voz de Travis

– Angel, por favor onde você está? – ele implora – Juro que não conto pra ninguém, só quero ir te acalmar de deixa bem

– você promete não contar pra ninguém? – pergunto

– Prometo sim – ele diz

– tudo bem então – digo onde estou e ele fala

– Em 10 minutos tô ai, me espera – e desliga

Fico lá sentada olhando o mar, o modo como a água bate nas pedras, ou as ondulações das ondas e o modo como se jogam contra a areia, de forma violenta, mas estão sempre ali indo e vindo. Então percebo que não quero ser assim, tenho minha liberdade mas tô sempre ali indo e vindo pros problemas, não quero isso, quero ser livro de verdade. Se passam apenas 5 minutos até eu ouvir aquela voz doce atrás de mim.

– Angel??