Prisioneira do Passado!

#PrisioneiraDoPassado - 11


— Em que eu posso ajudar? Não vejo que eu possa te ajudar em nada referente a esse garoto.

— A sim, Victoriano, eu preciso que me ajude a adotá-lo!

Victoriano arregalou os olhos e a encarou como assim adotá-lo? Ele a encarava como se aquilo fosse a pior loucura que pudesse sair de sua boca e ele a encarou de pé e disse...

— Você ficou louca? Eu não vou ajudar nessa loucura não! - suspirou e Inês se levantou.

— Victoriano, eu só preciso que você esteja ao meu lado... - suspirou. - Você, não vai precisar conviver com ele já que nem somos mais um casal ou algo do tipo você só precisa assinar os papeis comigo e pronto! - se aproximou um pouco mais dele. - Eu faço o que você quiser se você me ajudar!

Victoriano a olhou nos olhos e percebeu que ela estava mesmo disposta a tudo e se ele não a ajudasse outro iria fazer e ele pensou por alguns segundos naquela proposta dela sem tirar os olhos dos dela, será que ela estaria mesmo disposta a fazer qualquer coisa? A cabeça dele pensou em tantas coisas que pensando assim ele deu um meio sorriso e disse com confiança sabendo que ela iria negar porque era uma loucura pensar naquilo e naquele momento.

— Disposta a fazer qualquer coisa mesmo Inês? - ela assentiu que sim e esperou pelo que viria. - Quero que passe uma noite toda comigo e na minha cama! - falou logo e ela arregalou os olhos.

Que proposta era aquela que ele estava fazendo? Ela o olhava e não podia acreditar em semelhante barbaridade era difícil reconhecer o Victoriano que um dia ela havia amado tanto e agora somente tinha em sua frente um homem que somente pensava em si mesmo e em seus desejos. Era um pedido tão nobre que ela fazia a ele e ele estava ali querendo sexo em troca de uma ajuda? Não podia ser verdade.

— Você, não está me fazendo semelhante proposta! - negou com a cabeça e caminhou pelo escritório sentindo uma pontada no estomago com aquele pedido.

— Você disse qualquer coisa e eu quero isso! - se aproximou dela. - Eu sinto saudades de você, do seu cheiro, sinto tanta falta de você em minha cama! - alisou os braços dela confessando seus sentimentos. - Você não sente saudades de como eu te pegava no meio do mato a qualquer hora do dia? Ou quando você ia atrás de mim sem calcinha pedindo um agrado e eu te pegava com gosto e você sorria pelo resto da tarde...

Inês sentiu as bochechas corarem e ferverem no mesmo momento e ela se afastou ficando de costas somente em lembrar ela sentiu sua calcinha molhar, mas estava cheia de vergonha daquelas coisas que ele dizia. Victoriano se aproximou e colocou seu corpo no dela mostrando que apenas em lembrar-se daquelas coisas ele ficava excitado.

— Você não sente falta? - afastou o cabelo dela para o lado e beijou seu pescoço.

Inês fechou os olhos naquele momento ao sentir os lábios quentes de Victoriano em sua pele, mas logo se cresceu uma raiva dentro dela que se afastou e virou o empurrando para longe.

— Você tem uma namorada, Victoriano, não me toque assim! - saiu de perto dele sentindo a mão tremer. - Vá pedir a ela uma noite em sua cama! - falou cheia de ciúmes.

— Você precisa de mim e eu quero isso! - foi firme. - Débora, não é minha namorada!

— Pouco me importa o que ela é sua! - o olhou nos olhos. - Eu não preciso me deitar com um homem que não confia em mim só para adotar o meu menino!

Victoriano sentiu o sangue ferver e sentindo raiva ele disse, mas sem saber o peso que teria aquilo.

— Então porque você não pede ao seu amante? Porque não pede a Loreto para te ajudar?

Inês sentiu os olhos arderem, mas não chorou pelo contrario se aproximou dele e sentou a mão na cara dele.

— Sai da minha casa! Sai agora! - abriu a porta para ele. - Você é um idiota!

Victoriano a olhou com a mão no rosto e respirou fundo e caminhou até ela.

— Você precisa de mim e esse é o trato, eu não vou falar nada sobre seu amante! Tem até amanhã pra me responder!

— Você é um cego! - esbravejou.

— E você continua tirando meu juízo! - respirou mais uma vez o perfume dela e saiu indo embora.

Inês fechou a porta e respirou fundo ele conseguia ir do céu ao inferno em segundos Victoriano estava tão cego e machucado que não conseguia ver o obvio, não conseguia ver que ela tinha medo de Loreto, tinha pavor dele e dava graças a Deus por ele estar longe dela. Ficou ali no escritório pensando na proposta de Victoriano até que a presença dela foi requisitada pelos filhos e ela foi ficar com eles.

Inês brincou, deu atenção mais não conseguia tirar a proposta de Victoriano da cabeça sentia tanta coisa, tinha também muita saudade de estar com ele, mas Victoriano nunca tinha ouvido seu lado da historia apenas o de Loreto e se perguntou se teria coragem de voltar ao braços dele somente para ter sua ajuda na adoção de Alejandro e foi com seus pensamentos fervilhando que o dia se foi...

[...]

NO OUTRO DIA...

Era tarde quando ele entrou no restaurante todos já tinham saído e somente ela tinha ficado e com muitos pensamentos ela resolveu chamá-lo para conversa e ali estava ele frente a ela com o coração acelerado ela estava lindamente vestida em um sobretudo preto que ia dois dedos abaixo de seu joelho ela o olhava nos olhos com o estomago doendo seria um passo e tanto depois de cinco longos anos separados.

— Aqui estou! - respirou fundo olhando para ela.

— Sente-se eu fiz uma comida para você! - ele sentou e ela foi a cozinha e de lá trouxe dois pratos lindamente desenhados com a comida favorita dele. - Espere que esteja do seu agrado.

Victoriano olhou aquele prato e sorriu para ela que sentou depois de servi-los de vinho e o analisava enquanto ele começava a comer.

— Está pensando em me conquistar pela barriga? - sorriu lindamente e ela o acompanhou.

— Você já foi conquistado assim, Victoriano! - bebeu de seu vinho e logo deixou a taça de lado e começou a comer.

Victoriano apenas sorriu e se deliciou com seu prato e ela fez o mesmo com o dela em completo silencio e quando acabou ela levantou e levou os pratos trazendo uma sobremesa.

— Me diz Inês, você pensou em minha proposta? - falou ansioso.

Ela o olhou e respirou fundo e disse.

— Eu pensei sim e... - ela levou as mãos aos botões de seu, sobretudo e se mostrou a ele em uma linda lingerie branca. - Eu aceito seu acordo...

E Victoriano a olhou sentindo todos os sentimentos possíveis naquele momento em que a encarava...