Prisioneira do Passado!

#PrisioneiraDoPassado - 1


México 2002 - Fazenda Santos

Inês estava sentada num banquinho de madeira tinha um sorriso no rosto enquanto olhava para Cassandra e Constância brincando com suas bonecas embaixo de uma arvore, ela comia torrões de açúcar e admirava o quanto elas eram loiras e lindas.

— Vem Inês brincar com a gente! - Connie correu até ela e segurou em sua mão.

— Eu já vou meu amor só deixe que Ana mame e já vamos com vocês! - sorriu tocando o rosto dela que tinha apenas cinco anos.

— Ela é tão linda, Inês. - tocou o rostinho da bebê que soltou o seio e olhou para ela sorrindo. - Vamos Aninha largue esse peito ai. - brincou e Inês sorriu quando a pequena agarrou seu seio mamando novamente.

— Acho que ela esta mesmo com fome, meu amor! - Connie sentou ao lado dela.

— Quando ela vai andar? - os olhos verdes de um vivo tão intenso e cheio de curiosidade tocavam o pezinho de Ana Carolina.

— Ainda falta muito para ela andar! - beijou os cabelos de Connie que correu de volta para o chamado de Cassandra.

Inês sorriu e olhou seu maior tesouro ali em seus braços e beijou sua mãozinha tinha apenas cinco meses cinco mais era a razão de sua vida a junção de um amor que parecia impossível para ela mais agora estava ali rendendo frutos e ela sorriu emocionada olhando para suas meninas que já eram como suas filhas.

— Cadê as garotinhas de papai? - a voz de Victoriano soou e as duas olharam para ele e saíram correndo para seus braços.

— Papai... - elas gritaram juntas agarradas nele.

— Ai que saudades de vocês! - caiu sentado na grama com elas em cima dele. - Ai que vão me matar de tanto amor!

Inês se levantou com Ana que já havia largado o seio dela e olhava o pai querendo fazer parte daquele chamego todo e gritou chamando atenção.

— Acho que temos uma ciumenta na família, minhas filhas.

Elas se levantaram rindo junto a ele e ele foi até as duas e beijou o rosto de sua filha que agarrou em sua roupa pedindo colo e ele a pegou e logo beijou os lábios de Inês.

— Acordou melhor hoje? - ela assentiu. - Temos visitas!

— Quem?

— Loreto e sua esposa Débora! - Inês sentiu seu corpo tremer por completo e seus olhos se encheram de lágrimas. - O que foi? - perguntou sem entender.

— Nada! Olha as meninas que eu vou trocar essa blusa e já desço para recepcionar suas visitas! - ele assentiu e Inês saiu quase que correndo para dentro de casa.

Victoriano chamou as meninas para entrar e elas correram na frente com suas bonecas nas mãos e Inês entrou no quarto e se escorou na porta precisava ficar tranquila ou todos descobririam seu passado tinha tanto mesmo que agora vivia assim Prisioneira de um passado mais que cruel e ter aquele homem ali a deixava sem chão.

Inês limpou o rosto e vestiu uma blusa de manga longa azul mais soltinha, mas que a cobria por completo olhou-se no espelho e tirou todo e qualquer vestígio de lágrimas e desceu os encontrando na sala, Débora estava grudada no braço de seu marido enquanto ele sorria falando de sua filha.

Loreto se encontrava no pé da escada propositalmente para que quando ela descesse tivesse o privilegio de cumprimentá-la primeiro e ela engoliu o ódio que sentia dele e desceu o encarando.

— Ora, ora se não é a doce e invejável Inês! - sorriu a comendo com os olhos. - Esta ainda mais viçosa depois que teve essa mucosa. - Inês olhou para o lado o marido estava mesmo concentrado na conversa e ela voltou seus olhos para ele.

— Fale mais uma vez de minha filha que eu vou mostrar a todo mundo quem você é! - ele riu e sorveu de sua bebida.

— Vai expor seu passado? Olha que também tenho coisas a dizer ao meu amigo!

— Um dia você vai comer todas essas palavras! - ela saiu de perto dele e chegou até o marido. - Como vai, Débora? - pegou a filha nos braços.

— Muito bem! - sorriu. - Estava aqui dizendo a Victoriano o quanto a filha de vocês é linda!

— E eu disse a ela, meu amor, que Ana puxou toda sua beleza! - ele a segurou pela cintura e lhe deu um selinho.

— Olha meu amigo se me permite dizer... - Loreto se aproximou. - Você só tem mulheres lindas nessa casa, era com Diana e agora com a bela Inês! - levantou seu copo em brinde e ela sentiu o estomago revirar.

Victoriano sorriu era um homem vitorioso mesmo por ter tão belas mulheres aos seu lado.

— Eu sou um homem de sorte! - beijou a filha e o rosto de seu amor.

— Vocês vão ficar para o almoço?

— Sim, temos umas coisas para conversar! - Loreto respondeu e sorveu seu ultimo gole. - Vamos conversar enquanto deixamos essas mulheres tricotando um pouco antes do almoço! - Victoriano soltou uma gargalhada.

— Vamos!

Ambos beijaram suas mulheres e Inês sentou com Débora no sofá da sala aquela mulher de roupas tão curtas e um sorriso provocante a incomodava e muito, mas Inês era muito educada e sabia levar uma conversa amena.

— Homens quando não estão falando de mulheres estão falando de negócios! - Débora alfinetou. - Você tem muita sorte de ter um homem como Victoriano em sua cama... - era desejo em sua voz e ela passou a mão no pescoço como se sentisse prazer. - O toque das mãos dele suaves mais ao mesmo tempo com força deve enlouquecer a qualquer mulher!

— Victoriano sempre foi assim homem de verdade, mas de uma mulher só! - se levantou. - Eu vou ver como está os preparativos para o almoço. - ela se foi enquanto Débora sorriu aquele homem seria dela.

Já no escritório Victoriano e Loreto estavam sentados conversando quando Loreto diz:

— Você sabe onde Inês esteve durante aquele ano todo em que ela te largou? - Victoriano o olhou não gostando daquele assunto.

— Ela precisou ir! - foi tudo que ele respondeu.

— Victoriano, se me permite dizer com toda confiança que temos um no outro! - ele se arrumou na cadeira. - Você nunca ficou curioso por saber com quem ela foi? Pois todos diziam naquela época que ela te trocou por outro e mesmo assim você anos depois casou-se com ela.

— Eu a amo e Inês nasceu para ser minha e se não for não vai ser de mais ninguém! - foi rude e Loreto percebeu ali que seus planos seriam um pouco mais complicados de se realizar.