Pretending

Capítulo 5 -Festa.


Festa!

Guilherme:

–Olha, cara eu acho melhor você tirar o olho da Lexa, ela é minha!

–Cala boca Daniel, ela te odeia num percebeu? E eu num vi seu nome escrito nela pra ela ser sua.

–Tá escrito com caneta invisível. –Falou se achando o Gostosão.

–Você tem quantos anos? 11?

–Agente namora a nossa vida toda!

–Namoravam! E o fato de você ter traído ela prova, que você merece ser ignorado mesmo. Além do mais eu num tenho nenhum interesse amoroso nela. –Falei sincero, ela era linda e legal, mas apenas a via como amiga. Ela me fazia me lembrar de uma pessoa que eu queria de todos os jeitos esquecer.

– Ela é a garota mais gostosa desse colégio, e você fica todo bobão perto dela, sem falar que já chama ela de ‘sorriso’. Por que você não gostaria dela?

–Por que ela me faz lembrar a Katty. –Ele parou me olhou e disse:

–Desculpa cara. Vamos pra casa temos que ver as coisas pra festa.

–Você quis dizer você tem que ver né? Por que eu vou ficar no meu quarto, to sem clima pra festa.

Por que a Axel, tinha que estudar aqui e ser amiga do Daniel? Caramba parecia que alguém queria me torturar botando essa menina no meu caminho.

–Olha Daniel, agente tem que ver um dia pra estudar, você ouviu o que o professor falou, e nada de acordos pra agente não estudar por que ele pode descobrir e eu não quero reprovar. –Falou uma garota tão delicada, eu a achei linda com um tipo de jeito que você tem que cuidar sabe?

–Aff, que chato! Ta bom, lá em casa 15:00 quarta e sexta dá pra mim, tudo bem pra você ?

–Sim. Mas eu nem sei onde você... –Daniel nem deixou ela terminar de falar, apenas passou esbarrando nela propositalmente. E ela apenas ficou parada olhando agente ir embora, aquilo não era certo então voltei.

–Oi, sou Guilherme primo do idiota do Daniel, acho que você quer saber onde ele mora né?

–Sim.. –Ela falou se encolhendo. Escrevi o endereço numa folha de papel e entreguei pra ela.

–Vai ter uma festa hoje. Passa por lá de noite e agente se fala melhor. -A garota sorri se vira e quando eu já estava no fim do corredor deserto ela gritou um nome. Nina, eu acho.

Axel:

Eram 10:99 em ponto e eu já estava pronta. Como sempre estava perfeita, o Guilherme ia ficar babando por mim e então ele seria meu.

–Papai, como estou? –Disse dando uma voltinha, meu pai me olhou e chamou a mamãe.

–Está linda minha princesa. –Disse enquanto dava um beijo na minha testa.

–Meu bebê tá crescendo. –Mamãe disse com uma lágrima no olho. Meu pai trabalhava muito e vivia viajando, mas nunca foi um pai ausente. Ele e minha mãe vinham de famílias tradicionais, por isso o casamento deles foi arranjado, mas com o tempo eles esqueceram as paixonites de adolescência deles e construíram um amor verdadeiro. Eu tinha orgulho dos dois e se alguém me perguntasse qual era minha história de amor favorita, eu tinha a resposta na ponta da língua, a dos meus pais.

–Olha filha, você num vai ficar de namorico não né? Olha que eu meto bala! -Ri, tínhamos essas brincadeiras desde que eu era bem pequeninha e eu amava isso no meu pai. Minha mãe era bem patricinha e era bem nova, pois se casou cedo, por isso às vezes ela meio que competia comigo. Mas eu a entendo, tinha medo de envelhecer.

Fui dirigindo pra festa, e botei Smile, pra tocar. Aquele garoto realmente mexeu comigo.

Cheguei a festa, que diga-se de passagem estava bombando, e saí procurando algum conhecido. Lideres de torcida, Jogadores de futebol, jogadores de basquete, Nina e Guilherme, Daniel e prostituta, Peraí!! Nina e Guilherme? WTF?!

–Gui, você veio.. – Falei sorrindo.

–Claro ele mora aqui! –Disse Nina, como se tivesse descoberto o mundo.

–Olha aqui sua sem sal ninguém falou contigo! –Como Blair, tenho 90% de realeza e 10% baixeza.

–Eu estava falando com ela primeiro Axel. Você que se meteu na conversa.. –Sério que o Guilherme ia ficar do lado dela? Ele quer jogar então vamos jogar. Nem tentei fazer cara de santa, bufei, rolei os olhos e saí pisando forte. Fui até Daniel que se atracava com a prostituta.

–Preciso falar com você ! –Disse séria.

–Tudo por você minha rainha –Ele falou jogando a oferecida de lado e vindo me abraçar.

–Precisamos acabar com a Nina. –Falei séria. Sei que parecia precipitado, mas essa pirralha já vinha batendo de frente comigo há muito tempo e isso não iria ficar assim, ela acha que poderia se jogar pro cara que eu tava interessada sem mais nem menos, ela se enganou. Agora ela ia ver o que é ter a vida transformada em um inferno.

–Por que meu amor? –Perguntou com cara de bêbado.

–Por que ela me irrita sempre me irritou, nunca fiz nada por que sei que ela é a preferida dos professores, mas agora essa putinha passou dos limites.

–Tuuudo beem, eu te ajudo.. Mas eu quero um beijo, quero que você volte a namorar comigo. –Ele tava pedindo de mais né?

–Um beijo tudo bem, mais namorar nunca! – Quando disse isso, ele me puxou e me olhou por muito tempo e sussurrou:

–Sabe, a coisa que eu mais me arrependo no mundo foi ter deixado você ir. –Ele tava me olhando diferente, não era mais o Daniel cachorro que tinha lá dentro, era o Daniel por qual eu me apaixonei.

–Você não me deixou ir, você me traiu, esqueceu? E isso eu nunca vou perdoar. –Falei ainda bem próxima, podia sentir o hálito dele. Podia ver a respiração dele ficando irregular. Enquanto a mão dele acariciava minha costa, nua pelo vestido.

–Quer saber o valor de uma pessoa? Pense em perdê-la. –Falou rindo. –O pior é que eu não pensei em te perder, eu te perdi. Agora, não tinha como voltar atrás. Nossos corpos estavam completamente colados, ele ia conseguir o que queria.. Um beijo. O pior era que eu de alguma forma ansiava por aquilo.

–Dan.. Não! –Falei ainda sussurrando, olhando pra boca dele. A mão dele na minha costa agora me puxava pra mais perto com se fosse possível, e a outra mão tava na minha nuca, nossos lábios primeiro se tocaram e quando percebi já estávamos nos beijando. Caramba! Esqueci o quanto o beijo dele é bom.