— Não vai lá não...

— O que foi? Hum?

Maria o olhou estranhada. Victória o olhou com medo. Ele olhou a filha e depois a esposa.

— Eu...- Passou a mão no rosto.

— Fala logo, amor o que foi que viu? Esteve no quarto dela?

— Eu esqueci que ela estava aqui...- Falou assustado.

Victória olhou para ele com o rosto tenso.

— E o que houve?

— Eu não queria, eu só ia acordar minha filha e elas estão peladas...- Falou horrorizado.

Victória sorriu e o olhou.

— Vem cá, amor, deixa elas lá! Estão namorando agora sabemos que estão mesmo juntas. - sorriu pensando na cena e na cara dele.

— Deus me livre, Victória!

— O que é isso, amor?

Maria por fim riu e saiu deixando os dois.

— Vem me dar um beijo, hum?- Ele tomou uma xícara de café puro, ela esperou por ele com amor.

— Sem açúcar! - Se aproximou e a beijou na boca.

— Eu te amo!

— Eu não tô com coração bom pra isso não!

Ela disse amorosa e depois riu.

— Sua filha é mulher... está realmente entregue e ainda dormiu pelada.

Ele a puxou para sentar em seu colo.

— Eu, não fiz por mal!

Ela se sentou, ele a beijou.

— Amor, preciso conversar com você! - disse firme com ele ali junto a ela.- Eu preciso falar com João Paulo!

Ele a olhou.

— O que quer com esse homem?- Falou firme e cheirou o pescoço dela.

— Eu quero resolver tudo de minha filha! - ela disse sentindo o beijo dele. - Eu quero ela em paz aqui comigo.

— Eu vou com você...- Alisou as pernas dela por baixo da camisola.

— Eu quero ela bem e não quero brigas!

— Quero estar lá com você!- ele disse amoroso.

— Eu quero evitar, quero evitar brigas. Não quero ninguém sofrendo mais, eu quero algo que resolva isso.

— A morte dele...- Falou direto.

— Amor... - ela se sentiu arrepiar com ele ali junto a ela.- Eu quero resolver isso e não tenho medo dele, nem de ninguém não mesmo!

— Não é pra ter mesmo medo, eu sou seu homem e estou aqui pra te proteger!- apalpou mais ela.

Victória o beijou na boca e sorriu.

— Meu amor, sempre meu. Você pode ir comigo!

Dionísio sorriu e a beijou mais.

— Eu ia mesmo você não querendo.

— Toma seu café que vou chamar meu advogado para ir conosco.Quero levar o exame de DNA e dizer que nossa filha já tem uma família.

Ele subiu a mão e apertou o seio dela.

— Nosso bebê tá bem?

— Está, amor, está ótimo! Oi, papai, está aqui, olha seu papai, amor, olha ele como é bobo.

— É ela!- ele riu, beijou mais ela na boca.

— Você acha que é uma menina? Chega de mulher nessa casa! Já tem mulher demais aqui.

— Eu acho que você só faz mulher!- riu mais alisando ela.

— Mas agora eu não fiz sozinha! Porque das outras vezes era como se eu tivesse sozinha, meu amor. Mas eu fiz com você e você não conseguiu fazer um menino!- Ficou brincando com ele rindo.

Ele a beijou.

— Eu não sei o que é, estou chutando.

— Toma seu café, amor, você não está tomando seu café.- Falou toda feliz.

— Eu quero tomar nos seus peitos!- falou cheio de malicia com ela.

— Eu não quero nada quente no meu corpo. Eu não quero nada!

Dionísio riu.

— Amor, pode ser só a geleia!- estava de provocação queria mesmo era a atenção dela.- Amor, falando sério agora...- Ele soltou os seios dela.

Ela alisava o cabelo dele com a mão. Era tudo tão perfeito. Quando estavam juntos tudo parecia muito melhor e agora ela seria a mãe e ele era o pai do seu filho e tudo que tinha para dar certo estava dando.

— Nossa filha vai ficar dormindo assim pelada? Eu preciso saber pra nunca mais entrar lá sem bater.- estava preocupado.

— Eu não posso te responder isso, amor, mas acredito que...- Ela pensou com calma no que ele queria ouvir e no que ela ia dizer.- Ela vai estar assim toda vez que estiver namorando, amor, é normal. Se fosse um rapaz ela também estaria assim!

— Deus me livre, mulher! Melhor uma mulher assim não tem nada entrando na minha filha!- ele soltou uma gargalhada.

— Mas você bem que gosta! - Ela sorriu olhando bem no rosto. - Está dizendo isso, mas adora estar em mim. Deixe de besteira!

Ele riu.

— É diferente, amor, ela é minha filha... Filhos não transam...- gargalhou. - Só os pais, só esse.

Victória beijo ele com amor e sorriu mais estavam juntos de novo.

— Amor, será como tem sido elas juntas?

— Ela me contou, mas sei lá...

— Converse com ela de novo precisamos saber o que ela precisa!

Dionísio mesmo com sua dupla personalidade parecia estar adaptando seu corpo com aqueles dois homens dentro de si.

— Às vezes, tem até preocupação de perguntar a ela o que precisa porque não sei porque.

— Acho que ela sempre vai dizer alguma coisa absurda desde que o pai morreu está estranha.

— Por falar nisso a audiência já foi marcada certo?

— Audiência será daqui a dois dias, meu amor, é quando vão decidir o que vai ser.Estamos esperando por essa decisão tanto tempo. Cada dia parece uma eternidade.- Ela suspirou e agarrou ele porque estava com medo do que iam dizer.- Ainda me faz mal pensar em Osvaldo morto caído.

Para Victória aquela cena ainda era bastante chocante e tinha mudado toda a sua vida de modo negativo. Queria pensar em qualquer coisa menos naquela tristeza toda mas o julgamento traria tudo à tona. Ela é melhor que ninguém sabia que não ia poder esconder nada quando fosse interrogada. Esse era o seu maior medo tem que dizer toda a verdade que estava guardada até aquele momento.

Maria seria com toda certeza a comprovação de que ela tinha direito a recomeçar a vida depois de toda aquela desgraceira.Dionísio a agarrou contra ele sem saber o que dizer era algo que precisava de calma e entendimento porque qualquer passo em falso ela ficaria presa por um bom tempo.

— Vamos resolver tudo junto ao advogado, meu amor.

— Sim, vamos, eu quero que as coisas fiquem bem...- Victória o beijou e disse com amor.- Depois precisamos ver nosso bebê... Eu quero saber se está tudo bem, foram emoções fortes...- ela alisou a mão dele pousada em sua barriga.

— Eu quero ver a minha continuação aí dentro dessa barriga!- Ele começou a rir.

Ela sorriu segurando ele no rosto e disse com amor...

— Eu sei, Dio, eu sei... Agora me conta uma coisa...

A olhou.

— O que?

— Nossa filha....- ela gargalhou provocando ele. - Amor, se acostume, a coisa parece séria...Mas vou dizer a ela para fechar a porta.

Ele mudou o rosto no mesmo momento.

— Meu Deus, Victória não me fala disso não eu não quero ser um pai mal não e nem sei como era o outro...

Sabia de sua condição de dupla personalidade e sabia que aquela família não era dele e sim do seu outro eu e que a sua mulher era... Isadora Iturbide e iriam enfrenta-lá mais uma vez.Não queria Victória nervosa era uma mulher maravilhosa e tinha o melhor sexo de sua vida e ele não iria perder isso novamente.

— Eu não sei como as coisas vão ser! - ela suspirou com ele ali estava tensa e só de pensar nas coisas, tudo ficava ruim de novo.- Não quero você perto daquela mulher!!!

— Eu não quero estar perto dela.Só de você!- Alisou ela com desejo.

— E nem vai, ou as coisas vão ficar bem sérias, bem ruins, pode apostar!!!!- ela disse ficando séria naquele momento.

Ele sorriu provocando.

— Então, vamos fazer um prazerzinho antes de qualquer coisa.

Ela riu dele, era sempre engraçado...

— Só pensa em safadeza, por Deus, meu amor...- ela o beijou na boca e disse com calma.- Vamos resolver nossa vida, temos um dia longo...- estava chamando a realidade, mesmo que ela quisesse apenas ficar com ele e ser feliz.

— Eu posso colocar no banho não vai nem sentir.- Ele levantou com ela no colo.- Só a ponta pro dia ser bom.- Falou rindo

Ela riu dele e sentiu um calafrio no corpo todo, não era mulher de negar nada.

— Só a ponta? Você? Desde quando?

— Desde agora!- Beijou ela na boca.

Ela devorou os lábios dele e puxou a língua com a fome de uma vida, a fome de uma vida inteira. Era tão bom quando Dionísio a envolvia em seus braços e sentia calor.

— Se você estivesse com o homem errado, Victória como seria se o outro voltasse?

— O que?- ela disse sussurrando ao sentir aos mãos dele.

— E se eu não for o homem que sempre esteve com você?

Ela olhou nos olhos e ficou tensa...

— Como assim, o homem que nunca foi? Dionísio, você é mesmo homem, apenas está confuso...- disse se lembrando da conversa deles.- Você é meu marido...- ela disse com calma.- Eu sei que é você.

Ele a beijou não iria dizer mais nada.

— Você é meu amor...Não é isso?Eu serei para sempre o seu amor!O único em sua vida.

— Isso é tudo que importa, Dio... O único amor de minha vida, da vida vida de meus filhos e mais um beijo foi trocado.

Victória e Dionísio estavam no banho e ela ria com ele e suas gracinhas.Tinham que sair, mas ele não parava de beijá-la.

— Meu amor, vamos nos atrasar... - Estava com a felicidade na alma, ter Maria de volta tinha mudado tudo.

— Eu sou o patrão, posso nem ir!- Beijou mais ela.

— Olha que sexy....- ela implicou com ele rindo.- Você é o patrão, hummmm! Um homem com poder e com dinheiro!- ela alisou o peito dele com sabão.

— Sou o homem que te quer aqui em casa me dando prazer! Me dando do pecado mais delicioso de nossas vida.

Ela o enlaçou no pescoço e sorriu com ele o beijando e colando o corpo no dele.

— Eu sou sua, Ferrer... Sua...- mordeu os lábios dele.- Para sempre!

Beijo a boca dela com gosto não ia fazer amor porque sabia que as filhas os esperavam, mas não deixou que ela saísse dali sem gozar e quando ela tremeu toda em seus dedos ele a soltou e terminaram o banho. Ela fez uma cara feia e suspirou saindo para se arrumar e foi o que fez.Estava linda...

— Meu amor, vamos primeiro na casa de Bernarda ou sair com as meninas?- Falou enquanto se arrumava.

— Eu quero sair com nossas filhas e minha nora. - ela riu.- Porque depois ficaremos azedos, eu sei.

— Eu não quero nem olhar para elas!Meu Deus!- Arrancou até a gravata que colocava.- Minha filha gosta do mesmo que eu...

Victória sorriu, estava linda toda de azul e o ajeitou na roupa dando um beijo nele.

— Você vai ser o pai de sempre e vai sorrir.

— Estou com vergonha nunca tinha visto...Mas vamos logo.

— Visto duas meninas nuas, amor? Ou duas bundinhas jovens? Não seja safado já me deixou sem gozar. Não pode ficar pensando na bundinha de nossa nora!

Ele a olhou e a puxou para ele.

— Amor, eu não olhei! Nunca tinha visto isso assim de perto não.Minha filha! Não que eu não tenha feito com duas, mas é minha filha!- Se complicava a cada fala nervoso.

— Ela está se descobrindo, amor... Eu também tô assustada, mas ela vai nos ajudar e precisamos ser naturais.- Ela riu.

— Eu tô natural ou tô nervoso?- Falou rindo.

— Tá nervoso, amor, muito nervoso.

Ela pegou sua pasta e deu a mão a ele.

— Onde vai com essa pasta? Vamos trabalhar?- Implicou com ela.

— Depois do passeio vamos sim!- ela disse com calma, ele estava certo, ela não desligava.- Ou você não vai a sua empresa hoje?- Ela viu as filhas e a nora na sala assim que desceram. - Vamos...

— Eu não vou.

Victória sorriu para ele.

— Meninas... Vamos?

— Se você quiser depois te deixo na empresa e volto pra casa com minhas filhas.

Fernanda levantou-se e correu para o pai e o abraçou.

— Pai, vamos fazer de tudo hoje, eu e você!- Excluiu Maria cheia de ciúmes.

Maria veio até a mãe e segurou em sua mão toda tímida. Victória beijou a filha e sorriu, sabia que Fer ia fazer cenas e ela estava preparada.

— Não vai me beijar, filha? Em Fer?

Ela olhou a mãe.

— Está ocupada, mamãe!

— Nunca para você, meu amor! - ela sorriu e abriu o braço para a filha vir até ela. - Vem, minha florzinha!

Fernanda fez cara feia, mas soltou o pai e foi a mãe a abraçando e puxando a mão que segurava Maria. Victória beijou ela, apertou e agarrou e Maria saiu e abraçou Dionísio toda dengosa.E olhou Fernanda e sorriu, ela sabia que a irmã ia ser complicada com ela.

— Pode vir aqui, Milena. - Victória olhou a nora distante.- Você vai passear com a gente?

Fernanda olhou Maria sorrindo e respirou fundo cheia de ciúmes era a única e agora tinha um bebê e uma irmã que ela não gostava nada por roubar tudo que era seu. Milena foi a Vick e sorriu toda carinhosa.

— Acho que não devo ir, vocês precisam de um momento família.

— Mi, você pode ir conosco... - Fer disse amorosa com ela ali, tendo a filha nos braços.

— Tem que ser assim...todos juntos e você é nossa agora! - Vick beijou Fer.- Não é Fer?

— Você vai sim que não quero ficar excluída.- Segurou a mão da namorada.

— Fer, você não é excluída... Eu que sou a intrusa!- Maria disse triste.

Victória olhou a filha e respondeu.

— Filha, não diga isso, você não é!

Fernanda olhou a irmã..

— Não se faz de vítima porque nos Sandoval nunca somos!-Ela suspirou agarrada na mãe.

Dionísio riu alto.

— Eu tô ferrado com tudo isso de mulher. Meu filho, tem que vir homem! -Ele riu e foi a elas beijando as três e quando olhou Milena ficou constrangido e saiu dali indo para fora da casa.

Eles saíram e foram para junto dele entrando no carro as meninas atrás e Vick e Donísio na frente. Maria se sentia intimidada e Milena riu para ela educada. Maria riu de volta assim que o carro saiu.

— Você gosta de mulher também?- Milena falou brincando e Fernanda a encarou morrendo de ciúmes.