— Que homem, minha filha? Que homem? - Ela estava tentando imaginar como era para a filha ver Milena com outra. - Por que não conversou com ela? Pergunte quem era a amiga e se ela quer ir embora.

— Eu não quero falar disso com ela, não quero... Aquele homem disse que sabia de tudo e que iria te machucar se eu não desse muito dinheiro a ele... - o corpo tremeu ao lembrar do dia anterior

— O que? - Victória estava fria. Aquela notícia era bem complexa e ela apenas foi firme com ela. - Amor, você foi ameaçada e não nos contou? - Apertou a filha contra o peito. - Precisa nos dizer como era esse homem.

— Ele dizia que se eu desse o dinheiro, ele ia tirar o processo, eu não sei que processo é eu não tenho nem dinheiro, mãe. - Falou desesperada. - Ele está nos seguindo, mãe ele mandou a foto do nosso carro. - Soltou da mãe e pegou o celular mostrando a ela a traseira do carro.

— Meu Deus, minha filhaaaaaa. - ela disse com o rosto tenso. - Você devia ter nos contado! Dionísio! - ela chamou com o corpo tremendo de medo daquelas fotos, era joão que estava fazendo aquilo? Claro que era ele. - Vamos resolver agora e você não precisa ter medo.

— Não, mamãe, ele vai machucar você e meus irmãos.

Dionísio veio até elas e se preocupou com o estado da filha estava tão feliz e de repente já estava ali daquele modo abaixou frente a elas e falou com o coração gritando.

— O que foi? O que aconteceu?

— Amor, ameaçaram nossa filha, ligue para a polícia e para nossos advogados. Eles estão nos seguindo... Ouve o que ela disse que aconteceu, conte a seu pai, filha conte a ele.

— Ele me abordou quando eu sai da aula, disse que queria dinheiro pra não machucar a mamãe e falava todo tempo de processo, eu estava com tanto medo que não me lembro bem... Ele só quer dinheiro e está nos seguindo. - mostrou a foto para o pai.

Dionísio levantou no mesmo momento com o celular na mão e bufou, será que não poderiam ter paz nunca? Pegou seu celular e saiu de perto delas, ligou para seus seguranças e pra outras pessoas também queria e iria acabar com a raça dos Iturbide não iria permitir que eles ameaçassem a sua filha e ficasse por isso mesmo. Voltou até elas e abaixou frente a elas e tocou o rosto da filha.

— Precisa ficar calma que eu vou resolver tudo.

— Eles só querem dinheiro. - falou nervosa e se tremendo era a mãe e depois da morte do pai não passava nervoso daquele tipo. - É só dinheiro... - ofegou tossindo e sentindo falta de ar como se fosse engasgar.

— Minha filha, respira, você não pode deixar o medo te controlar... respira devagar. - Ela negou com a cabeça como se aquilo não fosse possível e olhou a mãe.

Victória segurou sua menina em seus braços naquele momento, ela sabia que tinha que ser forte e por isso, ela ia ser o mais forte que podia. Estava com tudo que mais amava ali naquela casa e protegeria elas de tudo e de todos.

— Meu amor, quando alguém se aproximar de você, não importa o que seja, precisa nos contar, não tenha medo, eu e seu pai vamos proteger você, mas precisa nunca mentir e nem esconder sobre isso vai se acalmar porque precisamos que você fique bem e ele não vai nos machucar, só disse isso para te amedrontar! Confie em mim, sim?

Dionísio foi a porta e gritou para que Maria trouxesse água e voltou até as duas e Fernanda não conseguia falar só chorar estava em pânico naquele momento como só esteve quando o pai morreu. Maria chegou a e Milena segurou a mão dela correndo.

— O que houve, Fer? - disse nervosa com ela segurando em sua mão e depois abraçando Fernanda.

Maria olhou todos com a cara estranha e olhou a mãe.

— O que houve, mãe? Eu quero saber o que houve... precisa me dizer a verdade.

— Vamos resolver, filha, seu pai e eu estamos resolvendo, depois conversamos com calma.

Fernanda bebeu a água com dificuldade e deitou no peito da mãe soluçando.

— Acho melhor deitar ela, amor, o que acha?

Dionísio falou com o coração apertado por ver sua filha daquele modo mais João ia pagar iria e se fosse preciso com a própria vida. João sabia em quem mexer, a mãe já tinha dito a ele como Fernanda era frágil e que não adiantava ir atrás de Maria tinha que ir atrás de Fernanda e ele tinha feito o trabalho de casa certinho, mas tinham se esquecido de Dionísio e sua fama dentro da casa deles.

— Eu acho que ela precisa descansar... - ela disse amorosa com ela ali agarrada nela e tentando passar coisas boas.

— Vem, Fer com papai. - Ele a pegou nos braços e ela chorou mais como uma criança.

— Mãe... - estava tão assustada.

— Vai no colo de seu pai, que vamos levar você a cama. - ela disse com amor e fazendo a filha entender que iam protegê-la. - Vamos ao quarto e vamos descansar.

Dionísio caminhou com ela e subiu as escadas entrando no quarto que tinha feito especialmente para ela e que com aquela crise não iria nem aproveitar ou comemorar junto a irmã e a namorada. A colocou na cama e ela logo se agarrou a Victória. Dionísio se afastou e como tinha todos os telefones da redondeza pediu que fosse trazido um calmante para que ela se acalmasse um pouco e ele pudesse resolver as coisas com Victória do modo que tinha que ser.

Apenas cinco minutos tiveram que esperar e ele foi pegar e logo voltou dando a filha que bebeu com a ajuda de Victória e ela voltou a deitar em seu peito acariciando a barriga da mãe enquanto soluçava de leve. Victória não conseguia nem imaginar que alguém fizesse mal a sua menina. Ela podia perdoar qualquer coisa, mas nada com sua filha, com nenhum de deus filhos. Ela apenas ficou olhando sua menina e alisando ela.

— Vamos ficar bem, filha, ninguém vai nos fazer mal você e eu vamos ser felizes!!! - Dizia o que acreditava de verdade que fosse acontecer e beijou mas sua menina.

Milena entrou no quarto e foi a elas, estava com tanto medo e os olhos estavam cheios de lágrimas e ela apenas disse com todo amor.

— Meu amor, eu quero ficar aqui com você ficar aqui com você, meu amor. Me fala se eu posso.

Fernanda apenas piscou por várias vezes tentando se manter acordada mais nada disse apenas foi vencida pelo remédio que tinha tomado. Milena deitou junto a seu amor e agarrou ela bem forte, não ia deixar que ela ficasse sozinha Victória deixou as duas e disse séria com o marido.

— Como assim nossa filha foi ameaçada? Eu vou acabar com a raça de Bernarda.

— Uma maldita! Eu vou matar ele! - Falou furioso.

— Ele devia ter vergonha na cara animal! - Estava furiosa e sentia o corpo tremer. - Nossa filha sofrendo...

— Ela não deveria ter escondido isso. Olha como ela ficou, Victória. - Estava revoltado.

— Você sabe como é a nossa filha! Eu também acho que ela não teria que esconder nada foi um perigo. - Estava desesperada tentando imaginar o pior.

— Maldito! - Passou as mãos no cabelo. - Eu vou acabar com a raça dele!

— Temos que chamar a polícia, temos que destruir o futuro dele esses malditos acham que podem fazer alguma coisa contra nós? Ninguém vai tocar nas minhas filhas!

— Victória, ela fez isso por medo a você, a você!

— Não me interessa qual o motivo, mas ninguém toca nos meus filhos! Você sabe muito bem que eu não posso deixar passar uma coisa assim esse maldito vai pagar caro!

— Ele já está sendo caçado!

— Eu não posso pensar que ele poderia ter feito mal a ela! - colocou a mão na barriga e suspirou nervosa estava sem chão...

— Victória... - Será que ele tocou nossa filha?

Victória sentiu o coração na boca, um ódio intenso se apoderou dela, não ia de jeito nenhum permitir algo assim, ela o mataria com suas mãos.

— Eu o mato se ele tocar em minha filha, mato!!!!

Dionísio tentou controlar seu corpo que tremia e foi até ela.

— Cuidado com nossos filhos!

Ela estava em choque...

— Vou descobrir assim que ela acordar porque eu mato ele com minhas mãos!!! Mato, mato esse animal!!! - Ela o agarrou e começou a chorar desesperada.

Ele foi a força naquele momento mesmo destruído por dentro e a amparou com todo seu amor.

— Precisamos de calma pra resolver essa situação!

— Eu não posso pensar que ele fez isso com uma menina, eles são animais! Imagina o que não fizeram com Maria. - Ela pensou coisas ruins na mesma hora. - Meu Deus, eles fizeram mal a ela? Por isso querem ela de volta porque não querem que ela conte.

Dionísio fechou os olhos no mesmo momento e respirou pesado parecia que um bicho queria sair de dentro dele e ele se afastou dela.

— Você tem que falar com ela agora, Victória, agora!

Victória segurou a mão dele e os dois foram até a filha, Maria estava sentada na cama do outro quarto e chorava baixinho. Quando Vick entrou ela disse com medo.

— O que fizeram a minha irmã?

Victória se sentou com a filha.

— Meu amor, você precisa nos dizer uma coisa. - Tocou o rosto dela e disse amorosa. - O que faziam com você naquela casa? Maltratavam você?

Maria suspirou... e olhou a mãe, depois Dionísio.

— Não...

— Diga a verdade Maria! - Dionísio não queria ser ríspido mais a voz saiu estava puto de ódio.

— Mas eu estou dizendo, papai... A única que me fazia mal, era Isadora. - aí os olhos dela lacrimejaram. - Ela me batia e me deixava sem comer as vezes, mas meu pai e minha vó não! - ela disse agarrando a mãe que beijava ela com todo amor.

Dionísio suspirou e saiu dali precisava de ar e ligar para seus seguranças Victória ficou ali com sua menina alisando e beijando ela. Victoria tinha decidido que isso era uma coisa tão complexa que ela tinha que ficar calma, sentir o ar entrar em seus pulmões. Segurou a filha e tentou pensar como tornar aquele momento menos dolorosa.

Estava com medo e se sentia frágil, mas ao mesmo tempo forte para destruir todos eles com suas próprias mãos. Pegou a filha e foi com ela ao quarto de Fernanda e as quatro ficaram deitadas juntas na cama. Victória puxou Fernanda para junto dela aconchegando como dava com aquela barriga e Maria agarrou suas costas, assim como Milena agarrou as costas de Fer, elas iam sobreviver e serem felizes.

ALGUM TEMPO DEPOIS...

Victória estava sentada diante de seu marido pensando em tudo que tinham vivido e disse com calma.

— Meu amor, me diz o que fez? Você mandou alguém atrás daquele homem? - estava nervosa com toda aquela situação e só os dois estavam acordados...

— Não o encontraram ainda, mas vão! - estava com os olhos frios.

— Me diz como você está? Não foi sua culpa! - Victória sabia bem que ele estava com tudo na cabeça naquele momento. Estava triste e cheio de medo.

— Eu tinha que perceber a minha filha! - tinha tanto ódio dentro de si. - Aquele maldito ousou tocar na minha filha.

— Ele não a tocou, meu amor, não mesmo! - ela disse nervosa. - Ela está assim porque ele disse que ia nos machucar! Ele não a tocou ou ela falaria conosco.- Victória nem queria pensar naquela possibilidade.

— Ela não estava nem conseguindo falar, Victória!

— Amor, vamos ser honestos, o que você como homem acha que ele fez? E saiba que eu o mato!!! Sem pena se ele tocou nela, já quero matar ele por ameaçar...

— Não gosto nem de pensar! - ficou de pé não podia beber mais naquele momento foi ao bar se servindo as mãos tremia e ele queria apenas relaxar, mas parecia que não era possível.

— Amor, vem, vamos deitar um pouco, as meninas vão dormir juntas as três... - ela disse indo até ele e segurando o copo. - Precisamos de um pouco de paz até termos notícia, quero que você descanse comigo.

— Como quer que eu descanse? A minha filha está sedada por conta de um maldito! - queria beber pelo menos para esquecer por um momento.

— Meu amor, estou sem chão, se não pode ir, eu vou, estou com medo por nossos filhos. - Disse lacrimejando... - Não quero esquecer e nem vou, só quero descansar um pouco. - suspirou arrasada.

Ele a olhou e largou o copo a pegando no colo para que fosse para a cama iria ficar junto a ela não precisavam de mais problemas e muito menos que os filhos na barriga sofressem e ele a colocou sentada na cama e começou a tirar a roupa para deitar.

— Tira essa roupa e vamos deitar confortáveis, amor!

— Eu preciso de um cobertor, está frio aqui, amor... - ela pediu bem baixinho, estava sem chão, não tinha protegido sua filha. Ela começou a se despir. - Pega meu pijama na minha mala, Dio...

Ele fez tudo que ela pediu e pegou um pijama para ele também e logo a coberta.

— Quer que eu ligue o aquecedor?

— Não, amor, só vem... - ele se vestiu, se deitou e se cobriu a espera dele a cabeça estava a mil.

Ele deitou junto a ela se agarrando a seu amor dando a ela o seu apoio e se apoiando também.

— Eu te amo!

— Eu te amo! Eu te amo sempre! Quero que fique comigo e bem perto até resolvermos tudo... Vamos apagar essa mancha de nossa vida.

— Meu amor, podemos nos mudar se quiser ir para longe por um tempo! - sugeriu.

— Eu quero sim, quero afastar minhas filhas de todo mal e quero que meus filhos sejam felizes.

— Podemos ir para onde quiser contanto que nossas filhas fiquem bem! Maria falou mais alguma coisa para você? Você acreditou nela?

— Ela está mentindo, eles fizeram algo a ela, disse que apenas Isadora vagabunda tratava ela mal, mas não confio naquela gente!

— Eu quero que eles sumam de nossa vida vamos a policia, fale com aquele imbecil do seu advogado pra que cuide do processo. - falou com ciumes.

— Eu falo com ele, amor, amanhã eu falo. Vamos banir essa raça de perto de nos banir para sempre esses animais!

— Sim... Agora descansa. - alisou os braços dela.

Ela o beijou várias vezes e adormeceu nos braços de seu amor estava em choque, mas descansou quase cinco horas depois, ela se levantou da cama, foi ao banheiro e depois foi ao quarto de suas meninas e cobriu com amor as três e tocou o rosto de Nanda.

— Dorme bem, meu amor...

Fernanda abriu os olhos e piscou algumas vezes segurando a mão da mãe.

— Mãe... - falou sonolenta. - Me deixa dormir com a senhora e meu pai?

— Vem, meu amor... - ela disse amorosa fazendo ela sair da cama. - Vem com mamãe... - beijou sua menina.

Fernanda foi junto a ela e quando entraram no quarto ela foi para o meio da cama e esperou a mãe enquanto olhava o pai adormecido. Victória encostou a porta estava sorrindo por ter a filha ali junto com ela. Ela se deitou puxando a filha para junto dela e depois cobriu.

— Os bebês estão bem? - falou com medo de ter alterado demais a mãe e acariciou a barriga enorme dela.

— Eles estão bem, meu amor e querem você assim agarrada neles... Eles te amam. - Alisou o rosto da filha e depois beijou ela com amor. - Filha, eu preciso que me diga a verdade... - olhava nos olhos de sua menina...

— João tocou em você? Ele fez algo? Você pode me contar, meu amor, exatamente o que ele fez. - Demonstrava calma para que a filha tivesse confiança.

Fernanda encolheu os ombros e suspirou pesado, mas deixou seus olhos presos no da mãe

— Ele disse que não ia fazer naquele momento, mas que iria fazer se eu não desse o dinheiro que iria arrancar de mim a minha pureza... eu fiquei com tanto medo mão que eu não consegui falar e também tem Milena... - falou com tristeza.

Victória sorriu e a olhou nos olhos ainda mais...

— Minha filha, ele nunca vai se aproximar de você! Nunca mais vai nem te olhar, eu prometo. - Ela a beijou... - E o que tem Milena?

— Eu não quero que ele me toque! - falou cheia de medo. - Milena estava com aquela menina, mãe...

— Meu amor, ele nunca vai te tocar e nem homem nenhum...só se você quiser. Meu amor, Milena te ama... porque não fala com ela?

— Porque eu tenho medo de ouvir a verdade e que ela me diga que vai embora e me deixar...

Victória sorriu com amor.

— Ela te ama, devem ser amigas, apenas isso, apenas isso!

Ela negou.

— Ela só sorri daquele modo pra mim ou pelo menos era assim antes!

— Ela está apenas sendo gentil, amor e você está com ciumes... - ela disse amorosa com a filha. - Quando amamos alguém... sentimos ciúmes.

— Eu não quero isso! Eu estou com medo... - se agarrou a mãe suspirando

— Meu amor, amanhã, mamãe conversa com ela e com você juntas... Vamos ser sinceras e ela vai dizer a verdade e se ela quiser ir vamos deixar ir...

Fernanda suspirou pesado estava tão triste.

— Amanhã, então... - e agarrou mais a mãe. - Vamos descansar!

— Vamos, meu amor, dormir... mamãe, papai e irmãos te amam. - ela agarrou sua menina e beijou com todo amor estava sentindo seu coração em paz.

— Eu te amo mãe e não posso viver sem você!

— E nunca vai, assim como eu não vou viver sem você, amor.

Ela suspirou mais tranquila e deixou que o resto do calmante tomasse conta de seu ser.