Era curioso ver como Ray tinha se tornado seu porto seguro no meio de tanta violência, loucura e confusão que tinha se tornado a sua vida no último ano.

Talvez fosse por isso que a opinião dele importasse tanto para ela.

E talvez fosse por isso que ela decidiu se abrir quando Ray perguntou o que achava do plano de Norman.

Decidiu falar somente para ele sobre as indecisões que brotaram em seu coração depois que Norman ressurgiu com a ideia de eliminar todos os demônios.

No fundo, Emma se sentia péssima por não gostar do plano do amigo. Norman era uma das pessoas que ela mais confiava antigamente, talvez por isso que não conseguiu dizer para ele o que estava em seu pensamento.

Mas com Ray era diferente.

Ray sempre esteve ali por ela, antes e depois de Norman partir. Se não fosse por ele, ela provavelmente já teria se desesperado ou até mesmo morrido há muito tempo.

Por isso ele era seu porto seguro.

Por isso Emma precisava saber o que ele pensava sobre ela ser contra o plano de Norman.

Precisava que ele surgisse com uma solução — como sempre fazia — ou então apenas se mostrar ali por ela, a apoiando e entendendo seu pensamento, por mais errada que pudesse estar.

E quando ele disse aquelas palavras, que sempre estaria do lado dela, independente do caminho que Emma escolhesse, a garota sentiu como se um peso fosse tirado de seus ombros.

Uma coisa era ter pensamentos contraditórios a Norman e a todos os outros humanos ali presentes, outra coisa era ter Ray ao seu lado.

Ele sempre foi racional e não deixou de ser nem ali, naquela conversa entre os dois, deixando claro que o plano de Norman era o mais certo a se seguir, mas que, independente disso, ele escolheria Emma.

Porque confiava nela. Porque acreditava que ela sempre daria um jeito de conseguir o que queria. E principalmente, porque entendia a posição dela e pelo que ela estava lutando.

E enquanto caminhavam para o escritório de Norman, para esclarecer tudo aquilo para ele (por mais difícil que fosse), Emma não pode conter um pequeno sorriso que brotou em seus lábios.

Provavelmente seria difícil convencer Norman e todos os outros amigos, toda a sua família, de sua ideia. Mas Ray estava ao seu lado e aquilo bastava no momento.

Ele era e sempre seria o seu porto seguro.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.