— Meu amor...

— Amor, eu sinto que meu pai vai fazer algo de muito ruim e antes que isso aconteça quero denunciá-lo! - estava certa do que iria fazer. - Meu pai não pode ficar por ai ameaçando as pessoas e principalmente não quero que nada aconteça a você e nem a seus pais!

— Então vamos porque eu também não quero que nada aconteça conosco e muito menos com você! - acariciou seu rosto. - O modo como seu pai nos ameaçou hoje foi serio e ele tem que aprender a respeitar as decisões das pessoas!

— Por isso que temos que ir!

Ele estava completamente de acordo com ela e segurando a mão dela eles foram para a delegacia. Amaro iria aprender a lição por bem ou por mal... Foi difícil para Inês denunciar o próprio pai, mas ele precisava aprender que aquela guerra não poderia existir mais e também tinha muito medo por seus filhos e pela família de Victoriano que era o maior alvo naquele momento. Foram algumas horas ali até que foram liberados para irem para casa e o delegado garantiu que Amaro seria chamado no dia seguinte.

Eles foram para casa em completo silencio, mas Inês foi grudada em seu amor mesmo que ficar tão próximo o atrapalhasse a dirigir. Victoriano tinha um leve sorriso e não teve pressa para chegar, amava ficar grudado nela e sentir seu perfume, ela estava silenciosa e ele sabia perfeitamente que ela precisava colocar seus sentimentos em ordem. Ela estava denunciando seu pai e mesmo que ele não fosse uma boa pessoa ainda assim era o seu pai.

Quando chegaram, desceram e foram direto para o quarto e ao olhar a cama ali estava Emiliano adormecido, sorriram e em completo silencio Victoriano a puxou para o banheiro e a beijou com todo seu amor e foi completamente correspondido por ela e as roupas foram sumindo de seus corpos e ele se afastou somente para dizer;

— É só um banho, Inês!

— Eu sei que é! - sorriu o puxando novamente para o beijo e a mão dele foi a maçaneta e a girou.

Victoriano a levou para o box e ligou a água que a fez suspirar pelo gelo e ele a afastou até que a temperatura estivesse boa, mas não soltou seus lábios em momento algum. Era tão bom estar ali nos braços dela que não demorou nada para suspendê-la do chão e seu membro deslizar para dentro dela, ele sabia bem que se o filho os ouvisse iria querer atenção e ele precisava dela, queria ela como loucura para comemorar aquele dia mesmo que tivesse sido tempo em algumas horas.

Inês gemeu mordendo os lábios dele e suas mãos arranharam sua pele o sentindo tão duro em seu interior, ele não ficou atrás em seu urro de prazer e começou a se moveu num vai e vem tão prazeroso que Inês largou os lábios dele e jogou a cabeça para trás. Ele encontrou seus seios e os acarinhou com sua língua a fazendo gemer mais ainda e o prender com as pernas para que ele fosse ainda mais intenso e ele foi em busca daquele prazer que somente tinham um com outro e ela se tremeu toda apertando seu membro com sua intimidade e ele prendeu seu urro em seu pescoço com o orgasmo que tomou seu corpo a inundando.

— Esse é o tipo de banho que sempre sonhei... - ela falou rindo enquanto ofegava.

— Aaaahhh Inês... - apertou o corpo dela deixando seu membro todo dentro dela. - Vou levar nosso filho pro quarto dele porque eu não vou te deixar dormir essa noite! - a olhou.

— Eu acho perfeito! - sorriu e o beijou na boca.

Inês achou que ele iria solta-la, mas não foi assim e mais uma vez eles se encontraram no prazer e um banho rápido tomaram, ele levou o filho pra cama que reclamou não querendo ir e ele contornou a situação e logo voltou para os braços de seu amor. Fizeram amor com calma durante boa parte da noite e quando por fim saciados, os dois pegaram no sono um agarrado ao outro.

(...)

Quando o novo dia chegou, Amaro foi acordado com a notificação para que comparecesse a delegacia e furioso foi se arrumar. Ele não demorou muito a estar na delegacia e ali negou todas as acusações da filha, em seu rosto mostrava a serenidade que ele não tinha por dentro, todos seus demônios digladiavam e ele aguentava firme ao ouvir tudo que o delegado dizia. Inês pagaria caro pelo que tinha feito, ela o havia traído e não ficaria barato sua conta.

— Minha filha deve estar sendo manipulada por aquela família e por isso me fez isso! - falou assim que o delegado terminou.

— O senhor precisa saber que vamos averiguar tudo que está escrito aqui! - apontava os papeis.

— Eu não tenho nada a esconder e faço questão de ajudar nas investigações! - falou com toda a disposição possível.

— Eu peço que o senhor fique o mais longe possível das duas famílias para não se comprometer e muito menos comprometer a investigação!

— Eu tenho netos e não acho que vou conseguir ficar tanto tempo longe deles assim. - falou como se sofresse. - Mas farei o possível para não atrapalhar! - ficou de pé.

— Eu agradeço! - pegou na mão dele e Amaro se foi dali.

Quando ele chegou a seu carro de imediato ele pegou o telefone e discou um numero antigo e assim que atendeu disse:

— Tenho um trabalho pra você! - sorriu com maldade. - Não se preocupe que ao final terá uma bela recompensa! - ouviu o que o homem tinha a dizer e sorriu. - Nos encontramos então no lugar de sempre! - sorriu e desligou.

Amaro ligou seu carro e saiu dali indo direto para sua casa, quando chegou não pode acreditar em quem estava ali na porta de sua casa, desceu do carro e caminhou até ela.

— O que faz aqui?

— Precisamos conversar! - falou firme.

— Lupita, eu não estou com saco para suas coisas! - bufou não querendo falar com ela, ou melhor, não queria brigar com ela naquele momento.

— Eu serei breve com você! - tinha os olhos nos dele quase que sem piscar.

Ele respirou fundo e abriu a porta para que ela entrasse, o perfume era o mesmo e ele naquele momento se lembrou de como eram na cama, os olhos passaram pelo corpo dela e um meio sorriso surgiu em seus lábios. Lupita sabia que era um erro estar ali já que ele não mudaria sua forma de ser, mas precisava tentar pelo bem estar de sua família, sentou no sofá e ele sentou próximo a ela.

— Diga logo o que quer!

Ela respirou fundo por duas vezes.

— Eu quero saber o que aconteceu com o homem que eu amei! - abriu seus sentimentos.

— Morreu há muito tempo! - foi direto.

Ela sentiu os olhos se encherem de lágrimas, mas se controlou para não chorar ali na frente dele.

— Olha, Lupita, se você veio pela denuncia que nossa filha fez...

— Que denuncia? - o cortou assustada e ele sorriu debochado.

— A que ela fez ontem influenciada por aquela família, mas eles vão pagar por isso!

— Você não entende que com essas atitudes você vai morrer sozinho? - o tentava fazer entrar em razão.

— Eu não tenho mais nada a perder e não vou desonrar a memória do meu pai!

— Pelo amor de Deus, Amaro, você está se ouvindo? Você quer passar por cima da sua família por uma guerra de família que já terminou quando os sangues se juntaram!

Ele ficou de pé e andou pela sala.

— Você vai ser capaz de machucar seu neto? - o coração batia fora de ritmo.

Ele a olhou e os olhos pegaram fogo.

— Ele não é nada meu! - rosnou.

— Cassandra então deixará de ser sua neta? - o encarava com firmeza.

— Ela nunca deveria se quer ter colocado os olhos naquele moleque e muito menos engravidado dele! - bufou.

— Ela é livre e pode amar a quem quiser assim como nossa filha! - ficou de pé se apoiando em sua bengala. - Eu não quero ter que te machucar, Amaro, mas se for preciso...

— Está me ameaçando? - se aproximou bem dela deixando seus corpos bem próximos.

— Estou! - piscava rapidamente. - Não vou permitir que machuque ninguém da nossa família!

Ele sentiu o corpo tremer com aquela ameaça e a pegou pelos braços apertando levemente.

— Você continua tão linda! - ignorou por um momento o que ela dizia. - Você não sente saudades! - a juntou em seus braços. - Não sente falta de me ter no meio de suas pernas?

— Eu não posso sentir falta de um homem que eu não reconheço mais! - respirou fundo.

Amaro riu e a empurrou para que sentasse novamente no sofá e sem pensar duas vezes avançou nela e a beijou na boca sem se quer saber se seria correspondido ou não...