— Eu estava com saudades, Didi. - sorriu diabólico. - Se gritar é pior para você!!! - desceu as mãos para subir a camisola dela e ela falou apavorada.

— Não me toca, Loreto, não me toca!!! - gritou e ele sorriu sem dar atenção a ela e mais uma vez a violou como o maldito que sempre tinha sido com as pacientes daquela clinica.

Diana chorou copiosamente e ele desfrutava daquele momento como um porco que era e ao terminar saiu de cima dela e se arrumou, foi a ela e a beijou na boca forçadamente e logo se retirou do quarto e caminhou com calma pelos corredores. Loreto quando virou um dos corredores deu de cara com Victoriano que sentiu seu sangue ferver se recordando do que Inês tinha contado a ele e gritou.

— O que esse maldito estuprador está fazendo aqui? - e Loreto o encarou com ódio nos olhos.

Loreto sabia que se Victoriano levantasse aquela suspeita ele estava ferrado, tinha muitas das pacientes ali que eram seus "passa tempo" e ele precisava manter aquele trabalho. Victoriano o encarava querendo socar sua cara mais precisava tomar cuidado e pensar antes de agir com aquele homem.

— Quem pensa que é dizer uma coisa como essa? - Loreto o afrontou.

Victoriano olhou para o outro medico que estava a seu lado e que também era o diretor da clinica e disse sem papas na língua.

— Eu não posso permitir que Diana fique em uma clinica onde um homem como esse trabalha!!!

— O que quer dizer com isso? - o medico falou firme.

— Que esse homem é um porco e que usa de sua posição para aliciar e tentar violar suas pacientes!!!

— Isso é uma mentira!! - se manteve firme. - Esse homem simplesmente não consegue aceitar que fui um pretendente de Inês!!!

Victoriano no mesmo momento o encarou e avançou nele o segurando pela camisa e o bateu na parede.

— A mesma que esteve internada nessa clinica e que você tentou abusar?! - falou com ódio e Alejandro assim como o medico o tirou de cima dele. - Eu quero que todas as mulheres sejam revisadas, quero ver Diana!!! - se soltou deles.

— Você não sabe o que diz e ela bem que quis!!! - sorriu malicioso dando a entender que de fato Inês queria.

— Eu vou provar que você é um porco!! - caminhou para o quarto de Diana e Loreto se preocupou e rapidamente saiu dali sabendo que as coisas iriam se preocupar.

— Pai, o que quer dizer com isso? - Alejandro estava atordoado com tudo que estava acontecendo.

— Que precisamos deixar esse porco longe de qualquer mulher... - o olhou. - Ainda mais dessas mulheres indefesas. - entrou no quarto de Diana e ela chorava amarrada a cama.

— Victoriano... - basicamente gritou. - Me tira daqui, me tira daqui antes que ele volte!! - estava muito nervosa e se engasgava com seu próprio choro.

Victoriano se aproximou dela rapidamente e segurou em sua mão.

— Fique calma ou vai passar mal. - tocou os cabelos dela.

— Me tira daqui. - apertou a mão dele. - Eu não aguento mais isso!!! - chorou desesperada e bem lúcida para o estado dela.

— Fique calma e me conte o que aconteceu?

— Loreto, Loreto abusou de mim!!!!

Victoriano sentiu sua espinha doer e no mesmo momento olhou o medico que estava branco com o que ela acabava de ouvir e sentiu naquele momento que as coisas iriam se complicar e muito para aquela clinica. Victoriano não pensou duas vezes e começou a desamarrar Diana e a pegou nos braços e ela gemeu de dor o agarrando pelo pescoço enquanto chorava.

— Aguardem meus advogados porque esse lugar vai ser fechado!!! - foi duro. - Pela sua cara você já sabia disso e pode apostar que você vai pagar por isso junto a Loreto.

— Você julga demais Victoriano!!! - o homem falou com cara de poucos amigos. - Não pode tirar uma paciente daqui assim!!!

Ele riu sem alegria.

— E você acha mesmo que vou deixar Diana aqui correndo risco? Nunca!!!

— Eu não quero ficar aqui, não me deixa!!! - o apertou mais.

— Fique calma, você vai ficar bem!! - olhou o filho e sentiu pesar não querendo que ele estivesse ali ouvindo uma coisa como aquela. - Vamos meu filho!!

Alejandro apenas assentiu e saiu na frente seguido por Victoriano, o medico dentro do quarto pegou seu celular e ligou para os advogados, sabia que o lugar estava condenado e dali saiu para sua sala tentando falar com Loreto que nem o celular mais atendia.

(...)

LONGE DALI...

Alheias a toda aquela confusão Inês estava sentada na varanda com seu pequeno nos braços, ela balançava a cadeira enquanto ele curtia o chamego que ganhava dela, estava um pouco mais caladinho que o normal já que Victoriano tinha saído sem se despedir e agora ela estava ali o mimando para que ele ficasse feliz. Cassandra veio de dentro de casa depois de falar com Alejandro e sentou ao lado deles dois segurando a mão que ele deu a ela.

Inês a olhou tinha muito que conversar e ela queria se desculpar pela maneira como as coisas tinham acontecido e com a crise que teve depois de descobrir do casamento dela. Eram tantas coisas juntas que ela nem sabia por onde começar, mas sorriu ao sentir a cabeça dela deitar em seu ombro, ela a beijou e passou o braço por ela para aconchegá-la assim como fazia com Emiliano.

— A senhora está melhor? - acariciava a pequena mãozinha do irmão.

— Eu estou sim e você como está? - acariciava o braço dela.

— Só um pouco preocupada com Alejandro!!! - suspirou.

— Quer me contar o que está acontecendo? - ela se afastou da mãe.

— Não, a senhora mal saiu de uma crise não quero te preocupar com isso agora e também certamente Victoriano virá te contar!!! - falou com calma.

— Ele vai vir mesmo? - Emiliano levantou o corpo para olhar as duas.

Inês sorriu do jeito dele e o beijou no rosto o puxando para seus braços novamente.

— Se ele não vir à gente liga como te prometi!! - riu mais com ele suspirando e depois olhou para Cassandra a puxando novamente para seus braços. - Me perdoe pelo modo como as coisas aconteceram desde a sua chegada. Eu não queria passar uma impressão que não é sobre o seu casamento.

Ela suspirou.

— Mamãe, eu não sei muito bem o que aconteceu entre você e Victoriano no passado, mas sei que algo estão resgatando pelo o que aconteceu naquele quarto!!!

— Você estava espiando? - brincou.

— Na verdade eu os salvei de serem vistos por essa criança aqui!!! - fez cosquinha nele que estava de olho no assunto delas. - Ele ia entrar no quarto e pelo modo que estavam não seria muito legal!!! - sorriu.

— Minha filha... - falou com vergonha. - Eu e Victoriano temos uma longa historia de amor e sofrimento que não posso te contar agora, mas prometo que em outro momento te contarei tudo. - elas se olharam. - E agora depois de anos por nossos filhos estamos aqui próximos novamente. - deu um meio sorriso.

— Você o ama né?!

— Amo, sempre amei, mas nunca pudemos ficar juntos... Eu o amo tanto quanto você ama Alejandro e precisamos começar a preparar esse casamento!!! - falou toda amorosa.

— Acho que esse casamento vai ter que esperar... - falou com tristeza. - A mãe de Alejandro está com problema e acho que ele não vai ter cabeça pra casamento agora.

Inês a olhou melhor e se preocupou sabia que Diana estava na clinica a muito tempo e deduziu que a saída de Victoriano era por ela.

— O que aconteceu?

— Ela foi violentada por Loreto na clinica... - não tinha como esconder aquela informação e Inês se tremeu por completo enchendo os olhos de lágrimas.

— Aquele maldito atacou novamente... - a voz quase não saiu.

— Mamãe... - a viu ficar de pé.

— Vamos até lá!!! - falou rápido. - Eu vou deixar seu irmão com sua avó!!!

Ela apenas assentiu e as duas entraram em casa deixaram Emiliano com Lupita e ele chorou querendo ir, mas ela não voltou atrás e saiu com Cassandra depois de pegarem suas bolsas. O trajeto até o hospital Cassandra contou a ela o que Alejandro tinha falado e Inês se mostrou bem abalada para ela e ela se preocupou com uma possível recaída. Quando chegou Cassandra estacionou o carro e elas desceram vendo Victoriano do outro lado da rua, ele acenou para que elas o esperassem ali e foi para atravessar no momento em que o carro que Loreto usava e o esperava cantou pneu e foi para cima dele sem a menor pena pronto para matá-lo.

Ele já estava ferrado e não iria se importar em mandar ele para o inferno e Victoriano ao sentir o carro tão próximo apenas pulou mais já era tarde e o carro o pegou o jogando para a grama...