Ele a puxou pelos braços juntando seus corpos.

— Bem que você gostava desse desgraçado.

Ela sorriu por ele ser tão presunçoso.

— E eu dou graças a Deus por ter acordado desse pesadelo em que eu vivia. - se afastou dele com brutalidade. - E antes que eu me esqueça. - sorriu sabendo que a guerra começaria. - Cassandra vai se casar com Alejandro.

E naquele momento ele perdeu a cor... como assim ela iria se casar com um Santos? Mas não iria mesmo se casar com ele e disso ele mesmo iria se encarregar. Lupita entendia bem aquele olhar e deixando sua bengala cair no chão o segurou pela camisa e disse firme.

— Ouse estragar o relacionamento dela como fez com nossa filha que você vai ter o seu. - estava com tanto ódio dele. - Essa guerra é sua e não de nossa família, você está sozinho por conta dessa maldita guerra que você não pode superar nem com os anos, nem com você perdendo a sua família você superou. - queria que ele entrasse em razão.

— A culpa de tudo isso é deles ou estaríamos bem e felizes.

Ela riu em completo deboche e o soltou.

— Foi suas escolhas que nos levaram a isso e se eu sonhar que você tem algo com as crises que Inês desenvolveu desde a gravidez, eu mesma vou destruir você. - com dificuldade ela abaixou e pegou sua bengala e o deixou ali fora.

Amaro estava perdendo completamente o controle de sua família e não podia deixar que isso acontecesse, ele odiava perder o controle e sob pressão era capaz das piores coisas. Olhou para dentro da casa e pensou em voltar lá dentro e falar com Cassandra, mas desistiu por hora era o melhor e ele se foi dali já pensando no que poderia fazer.

Dentro da casa Lupita bebeu um copo com água e se sentou no sofá pensando em um modo de proteger a sua família do ex-marido. Amaro estava obcecado com aquela guerra entre as famílias e precisava pará-lo antes que alguém se machucasse de verdade, buscou por todos e sabia que cada um estava em um canto descansando depois daquela noite no hospital, encostou-se ao sofá e ficou ali olhando para o teto enquanto pensava.

No andar de cima, Inês arrumou um moletom para Victoriano pelo menos tomar um banho e enquanto ele estava no banheiro ela estava na cama junto a Emiliano que falava sem parar agarrado nela. Inês o olhava e sorria com ele falando tudo ao mesmo tempo e se enrolando todo, na televisão já estava o filme que ele queria e quando ouviu o chuveiro desligar se soltou da mãe.

— Mamãe, eu posso ir lá? - apontou o banheiro.

— O que quer fazer lá? - o investigou.

— É coisa de homem mamãe. - ele riu e ela não teve como não gargalhar com o que ele disse.

— Toma cuidado e bata na porta antes. - falou com calma.

Ele assentiu e desceu da cama com a ajuda dela e foi ao banheiro, bateu e Victoriano abriu para ele que entrou e pediu que fechasse a porta. Victoriano sorriu e depois de fechar a porta o olhou.

— O que aconteceu? - falou enquanto secava seu corpo.

— Você e minha mãe são namorados? - perguntou direto e Victoriano sorriu porque o filho era espero demais.

— Emiliano, eu e sua mãe... - ele ia começar a falar quando ele o cortou.

— Eu ia gostar de te ver aqui todo dia para ver filme comigo. - falou todo lindo e ele foi até ele.

— Meu filho, eu posso estar aqui todos os dias mesmo não sendo namorado da sua mãe. - tocou seu rosto.

— Mais ela precisa de um namorado igual a minha irmã pra beijar na boca toda hora e sorrir. - falou com sua inocência e Victoriano teve que pegá-lo nos braços.

— Então quer dizer que aqueles dois ficam se beijando toda hora? - falou como se estivesse zangado.

— Não, eu não disse nada. - tapou a boca e ele gargalhou e o encheu de cócegas o fazendo rir igual. - Aí que vou fazer xixi.

Victoriano parou e o olhou ofegar.

— Você vai namorar a minha mãe, padrinho? - tocou o rosto dele.

Victoriano sentiu seu coração disparar porque se dependesse dele a roubaria para ele, mas não funcionava assim e ele tinha ainda muitas barreiras para vencer com ela depois de tudo que tinha ouvido naquele dia. Mas ele não deixaria de estar ao lado de nenhum deles, já tinha prometido para si mesmo e cumpriria.

— Posso te contar um segredo? - fez ar de mistério e ele concordou no mesmo momento. - Eu prometo namorar a mamãe. - começou a rir e Emiliano o agarrou forte o enchendo de beijos com sua inocência.

— Agora eu preciso fazer xixi pra ver o filme. - falou todo educado.

Victoriano o soltou e terminou de se vestir e os dois saíram do banheiro de mãos dadas, Inês os olhou e sorriu estava ainda um pouco sonolenta e a qualquer momento dormiria. Os dois deitaram na cama e somente naquele momento Victoriano sentiu a exaustão tomar conta de seu corpo e ele sentou dor, mas não reclamou ou fez nada para que os dois percebessem já que o filho queria a sua atenção.

Ficaram em completo silêncio e o filme começou a rodar com Emiliano se divertindo muito e dizendo quase todas as falas do desenho que ele já tinha visto mais de cem vezes. Inês pegou no sono logo e Victoriano a observou por longos minutos, era sem dúvidas o amor de sua vida e não desistiria dela. Emiliano passou a se concentrar no filme e quando olhou para o lado os dois dormiam e ele sorriu beijando os dois, segurou a mão dos dois entre suas pequenas mãozinhas e suspirou com um riso no rosto voltando a ver seu filme...

(...)

MAIS TARDE...

Inês despertou no meio da tarde e ao olhar para o lado somente estavam ela e Victoriano que dormia profundamente, ela suspirou e sem conseguir evitar se aproximou e tocou lentamente seu peito com os dedos enquanto observava sua face serena e sua respiração tranquila. Ela respirou fundo e quando ia subir seus dedos ele falou.

— Isso é abuso.

Ela arregalou os olhos tirando a mão de imediato e ele abriu os olhos sorrindo, estava cansado mais ao sentir ela tão perto despertou, mas esperou para ver o que ela faria.

— Você é um idiota mesmo!!! - respirou fundo.

— Vejo que a Inês está de volta. - zombou dela.

Ela revirou os olhos e foi pra sair da cama mais ele a segurou deixando seu corpo parcialmente sobre o dela que resmungou tentando sair mais ele não permitiu e ria da força que ela empenhava em fazer para soltar-se.

— O que ia fazer comigo se eu estivesse ainda de olhos fechados? - era pura provocação porque queria sempre vê-la zangada.

— Não é da sua conta!! - rosnou. - Me solta animal.

Victoriano sorriu mais e podia ver o peito dela subir e descer com aquele decote generoso que ela brindava a ele.

— Mas eu posso dizer o que faria... - riu.

— O que faria? Não me surpreenderia em nada. - parecia a mesma Inês de sempre.

— Eu não faria... Eu vou fazer!!! - disse com firmeza e ela ofegou mais cansada pela "briga".

— O que vai fazer tarado? - a boca o convidava sem se quer ela chamar.

— Te beijar...