— Você perdeu tudo isso a muito tempo e sabe bem disso e eu nunca mais vou permitir que se meta na vida de ninguém dessa casa. - estava muito puta com ele e cansada de tudo que ele vinha fazendo e ninguém o parava. - Inês teve outra crise e você sabe muito bem o porquê!!!

— Isso é só frescura de mulher. - falou com enfado.

Cassandra que olhava a tudo nem sabia o que dizer e cansada de tudo aquilo saiu correndo para o andar de cima, iria ficar com sua mãe ao invés de ficar ouvindo coisas que nem entendia. Quando entrou no quarto o que encontrou foi apenas a cama vazia e seu coração bateu acelerado, correu para o banheiro e não a encontrou, saiu do quarto correndo e gritou do pé da escada para acabar com aquela discussão.

— A minha mãe sumiu... - e eles se olharam com fogo nos olhos e por motivos diferentes...

Lupita olhou para Amaro com os olhos fervendo de raiva e ofegando gritou.

— A culpa é toda sua!!! - apontou o dedo para ele. - Suma daqui Amaro porque ninguém precisa de você por aqui!!! - estava com tanto ódio dele.

— Ela é minha filha e não vou a lugar algum com ela sumida!!! - rosnou para ela.

— Você, não entende que tudo isso é por sua culpa? Você com esse ódio desgraçado por aquela família nunca permitiu que nossa filha fosse feliz, mas uma coisa eu te aviso e que fique bem claro na sua cabeça...

— Chega!!!! - Cassandra gritou não permitindo que a avó contasse que iria se casar com Alejandro. - Minha mãe esta sumida e é isso que importa agora!!! - desceu a escada e saiu correndo de dentro de casa no momento em que seu celular tocou e ela já atendeu chorando.

— O que foi meu amor? - Alejandro falou preocupado.

— A minha mãe sumiu!!! - passou a mão no rosto levando ao cabelo olhando toda aquela enorme fazenda.

— Meu amor, fique calma!!! - falou já indo para o carro e logo avistou o pai chegando. - Eu vou até ai. - e sem mais desligou.

— Aonde vai assim correndo? - cruzou os braços.

— Inês sumiu, papai... Eu estou indo lá!!!

Victoriano ficou branco no mesmo momento e seu corpo ficou rígido, como assim ela tinha sumido se tinha a visto a pouco tempo.

— Como sumiu? - a voz quase não saiu.

— Eu não sei... - abriu a porta do carro. - Eu estou indo ajudar Cassandra!! - e sem mais ele entrou no carro e saiu cantando pneu.

Victoriano ficou ali por um segundo pensando e comeu poeira do carro do filho e logo correu para o estábulo e pegou seu cavalo para ir a um lugar que ele sabia que ela poderia ter isso e sumiu com seu cavalo... Alejandro dirigiu com calma pela estrada não as conhecia mais e achou melhor ir com calma e não muito longe da fazenda dele ele avistou Inês e parou o carro de imediato saindo dele e indo a ela.

— Inês...

Inês ainda tinha as marcas do choro no rosto e o segurou pelos braços e ele a amarou esperando para ver o que ela iria dizer e ela disse assustada.

— Vvictoriano, eles nunca vão nos aceitar!!! - começou a chorar novamente e o abraçou.

Alejandro a abraçou e percebeu o corpo dela tremer em seus braços e sua camisa molhar com as lágrimas que escorriam de seus olhos.

— Você precisa ficar calma. - falou com calma.

— Como calma se eles vão acabar com o nosso namoro? - falou com desespero e o apertou mais em seus braços. - Eu não quero te deixar!!!

Alejandro ficou com o coração acelerado e como pode pegou o telefone e discou para o pai e quando ele atendeu disse:

— Pai, estamos na estrada perto da nossa fazenda... - foi tudo que ele conseguiu dizer por que Inês puxou o telefone da mão dele e gritou jogando no chão.

— Você quer destruir nós dois mesmo? - ofegou perdendo o ar. - Eles não nos querem juntos e você liga pro seu pai? - estava muito nervosa e não controlava suas lágrimas.

— Você precisa se acalmar ou vai passar mal!!! - a segurou em seus braços e ela chorou mais.

— Eu não posso viver sem você!!! - as mãos dela foram a seu rosto.

Inês estava tão afetada pela notícia do casamento que não estava enxergando a realidade de suas lembranças e estava confundindo tudo e ficando ainda mais nervosa. Alejandro não sabia o que fazer e a segurou em seus braços para que ela não fugisse, mas ele nem sabia o que falar ou falar para ela naquele momento e rogou a Deus que o pai chegasse logo.

— Você está mesmo esperando por ele, Victoriano? - O empurrou. - Você não me ama mais?

— Inês, você precisa se acalmar e perceber que eu não sou o meu pai. - Ele disse com calma.

— Você é o Victoriano, você é!!! - o segurou novamente pelo rosto e foi para beijar sua boca, mas ele virou a segurando.

Inês sentiu como se uma faca aceitasse seu coração com a recusa dele, mas como Alejandro iria permitir que ela o beijasse naquelas condições? Estava com o coração acelerado e avistou o cavalo do pai ao longe assim como Inês que se afastou mais dele para sair correndo.

— Inês... - Alejandro gritou por ela enquanto corria atrás dela.

Tudo pareceu tão rápido que ao tropicar ela voou em seus próprios pés e caiu pelo barranco enquanto gritava, Victoriano assim como Alejandro se desesperaram enquanto gritavam seu nome na ponta do barranco. Inês chorou ainda mais desesperada voltando a si naquele momento enquanto segurava para não cair ainda mais fundo.

Victoriano se jogou no chão e estendeu a mão para ela e Alejandro o segurou para que ele não caísse também. Eram os minutos mais longos de sua vida e o medo tomava conta de cada pedaço de seu corpo.

— Segura a minha mão, por favor. - ele gritou.

Inês estava desesperada e quase não conseguia enxergar pelo choro, mas com muito custo ela estendeu a mão a ele que a pegou com muito custo e a puxou para cima agarrando seu corpo com loucura e desespero assim como ela agarrou o corpo dele enquanto chorava.

— Meu Deus, nunca mais faça isso. - ele a beijou no rosto todo e a apertou em seus braços.

O coração dela estava na boca e ela sentiu que o ar faltava e o olhou pedindo ajuda, mas mesmo com ele pedindo para ela respirar com calma, ela não conseguia. Alejandro foi até seu carro e pegou em sua maleta um saco para que ela pudesse respirar e voltou dando a ela.

— Isso com calma... - segurava para ela que nem força pra se mexer tinha.

A respiração dos três estava em alta e ficaram ali por minutos até que Victoriano levantou e a pegou em seus braços indo para o carro, ela não o soltava e com toda aquela agitação fechou os olhos sentindo o cheiro dele. Alejandro assumiu o volante e os levou para a fazenda.

Quando chegaram encontraram os três na frente da casa com os corações acelerados e Cassandra chorava esperando pela mãe, Lupita segurava as lágrimas e Amaro não gostou nada de vê-la nos braços de Victoriano que o ignorou e a levou para dentro da casa sentindo que o corpo dela estava mais leve por ela dormir.

— A culpa é sua!!! - Amaro quase gritou sem se conter.

Victoriano não o olhou e apenas subiu para o andar de cima e foi direto para o quarto dela, ele sabia perfeitamente onde ficava tudo daquela casa e a deitou na cama tirando suas botas, estava cheia de terra pela queda, mas não era bom mexer com ela naquele momento e ele se virou para sair do quarto.

— Não te quero perto de minha filha!!! - Amaro voltou a afrontá-lo.

Victoriano então o encarou e com todo ódio que tinha daquele homem sentou um soco tão forte em sua fase que ele foi ao chão deixando a todos atônitos...