Pokémon Pyro Max

PPMAX-328: 19h56min! Operação salva Java


— Consertem essa desgraça! — gritou Barão aos técnicos.

As chamas e o veneno voltaram em 30 segundos. O canhão ficou avariado, mas também retornou em poucos minutos.

Vinnie lamentou não ter sabido da vulnerabilidade da defesa da Cue Ball antes. Não podia retornar ao quartel, pois já era um ex-policial.

— Não há muito o que se fazer. Voltaremos para a casa de Melo — avisou Gary. — Antes passarei no Centro Pokémon para tratar Electivire e Galvantula, pois receberam a chuva.

O professor montou na moto e saiu.

...

Jason passou muito tempo em pé ao lado da mesa de Prizoghin e odiou tê-lo feito. Começou a sentir fome, haja vista não havia sequer lanchado quando saiu para enfrentar Java na borracharia. E já era quase meio-dia daquele dia.

Na cozinha, o garoto preferiu não se mostrar ao velho cozinheiro carrasco. Ele começou a pegar alimentos e outros itens escondido. Ele não ligava, pois eram alimentos que foram roubados e que alimentariam bandidos.

— Droga. Perdi uma ligação do professor — disse, escondido no quarto das roupas.

Por sorte, sua pokédex alertou sobre uma ligação do professor. Dessa vez Jason atendeu.

— Onde está nesse exato momento?

— Estou num quartinho cheio de cabides com roupas e aventais. Professor, eu acho que vi o líder da Cue Ball.

— O que achou?

— Um completo canalha.

— E onde está o Java Melo?

— Deve estar por aí escondido ou preso. Por quê?

— Quero que o encontre.

Gary contou sobre o plano que tiveram.

Recuperado da fome, o guri saiu de fininho dali. Nenhum cozinheiro prestou atenção. Seu objetivo era encontrar Java e fazer com que os criminosos acreditassem no sumiço do adolescente.

...

Na borracharia, os gangueiros ficaram impressionados com a semelhança de Jeepo e Java, exceto Ralph e Dana. Os irmãos eram o retrato um do outro.

— Precisamos transformar Jeepo em Java e enganar a Cue Ball. Enquanto isso, Jason vai livrar a cara do verdadeiro Java. O que acham?

Dana foi a primeira a se manifestar. A moça achou que havia errado em atacar Jason no dia anterior. Até poucas horas atrás eram inimigos. E Jason agora estava salvando o seu líder.

— Aceito — falou Dana. — Galera, precisamos reconhecer que o nosso verdadeiro inimigo é a Cue Ball.

Todos concordaram.

Ralph foi até um recinto e pegou várias pokébolas. Cerca de 10 delas. Eram os pokémons que roubaram.

— Vocês fizeram isso? — indagou Jeepo.

— Os antigos donos desses pokémons eram violentos com eles. A gente apostava batalhas e ganhamos. Ganhamos porque os pokémons estavam fracos demais. Daí o Java pediu para roubarmos desses treinadores medíocres — explicou Ralph.

— Vocês acharam que Jason também era assim? — perguntou Luiza. — Não os culpo. Houve tempo que eu pensava que ele era um idiota. A cara dele não ajuda muito. Parece um sonso.

...

Jason coçou a orelha. Pensou se alguém falava sobre ele.

Durante as suas andanças pelos corredores, encontrou alguém que ainda precisava acertar as contas.

Pardo assobiava e cumprimentava os seus colegas. Foi rendido por Jason, que havia levado uma faca de pão da cozinha pra servir como arma. Ameaçou o rapaz pelas costas.

— Vem, entra — disse. Os dois entraram num armário de limpeza.

— Só podia ser você! Todo mundo está te procurando. Como conseguiu passar despercebido?

— Digamos que sei de uns truques de ninja. Não se mexa ou grite. Hoje você é a pessoa que eu mais odeio em toda a vida e, por isso, não vou hesitar em passar essa faca.

— Tá bom! Tá bom. Deve estar com raiva pelo que Ekans fez a seu Charizard.

— Não é o momento para isso. Agora quero que me leve para onde está Java Melo.

— Quê? Cê tá doido? É perto da sala do chefe. Vamos morrer...

— Quer morrer agora?

O Pardo não podia ir contra Jason naquele momento. Não tinha habilidade de lutar, apesar de ser maior.

Nesse meio tempo, Charmander conseguiu entrar no ginásio por um duto de ar. Caiu sobre a cabeça de um motoqueiro. O pokémon ainda estava fraco por conta do veneno. Seu intuito era ir atrás de Jason.

...

Um tempo considerável passou, mas a chuva permanecia. Os heróis voltaram a se reunir na casa de Melo. E Tauros voltou correndo, para a surpresa do professor Gary.

— Impressionante a determinação do Tauros. Ele é apenas um jovem bovino — comentou Gary já na casa de Melo.

Após isso, Luiza e Jeepo voltaram. Os gangueiros aceitaram fazer parte do plano e estariam a caminho da lagoa.

— Aqueles moleques! Java reuniu uma gente e tanto para segui-lo — comentou Melo.

Jeepo se vestiu como o seu irmão. A mesma roupa e os mesmos acessórios.

— Falta apenas Jason agir. Aguardemos — concluiu Gary.

...

Pardo chegou na frente da cela de Java com Jason a reboque. O protagonista, vestido de garçom, usava uma bandeja.

— Não têm permissão para entrarem.

— O chefe... pediu para levar o almoço do... do prisioneiro — Pardo gaguejava de medo.

— Eu já disse. Saiam daqui.

Jason não tinha tempo para retroceder. Naquela parte do corredor, três motoqueiros vigiavam a porta do quarto. Uma câmera de segurança filmava.

— Pensei que podia alimentar o prisioneiro. Peço desculpa... — Jason e todos os outros sentiram um estrondo. Era o combate contra o governo que ocorria do lado de fora.

A câmera filmava tudo. Provavelmente alguém perto da área da cabine que controlava o canhão de plasma vigiava as câmeras. Se a sorte estiver a seu lado, Jason poderia atacar ali sem ser visto.

— Eu só queria alimentá-lo com isso — abriu a tampa e mostrou um frasco de spray. Era spray de pimenta.

O garoto usou o spray contra os motoqueiros. Mesmo com olhos fechados, Jason foi efetivo.

— Argh meus olhos — reclamou Pardo.

— Silêncio e entra.

Ambos arrombaram a porta de uma vez.

— Java Melo? Está aí — perguntou Jason ainda com olhos fechados.

— Sim, estou. Que cheiro é esse?

— Melhor fechar os olhos, amigo.

— Pardo?!

— Oi, chefinho. Que bom vê-lo hehehehe — e levou um chute de Java na cara.

Enquanto isso, a cabine estava um caos por causa dos ataques do governo. Nenhum motoqueiro vigiou as câmeras de segurança.