Pokémon Pyro Max
PPMAX-323: Transmissão nefasta
A chuva pegou Jason de surpresa, obrigando a ficar debaixo de uma marquise. Ele viu Dana passar com um guarda-chuva grande suficiente para não molhar os seus braços.
Enquanto isso, Tabatha e o resto dos motoqueiros estavam protegidos da chuva, exceto Pardo.
— Não se preocupe. Temos a vacina — falou a líder.
— Menos mau...
— Não tem mais o porquê de ficarmos aqui. Essa chuva ficará cada vez mais forte.
Dois homens seguraram Java pelos braços. Foi quando Jason surgiu sem o Charmander nem qualquer outro pokémon.
— Eu não posso deixar que levem o meu primo! Sim, ele é um primo meu. Sou sobrinho de Jota Melo, e estou aqui a pedido do meu tio para que levasse Java de volta. O que estão fazendo?
Java e os gangueiros não entenderam nada. Pardo tentou falar com Tabatha, mas esta ordenou que também sequestrassem Jason.
...
Gargula e Scolipede destruíram outra central de energia.
— Existem mais duas centrais, senhor. Sem elas, o povo ficará no breu. Nem mesmo o governo teria uma resposta rápida para isso.
— Não me parece que seja algo difícil. Vamos.
O homem entrou num carro e foi até os locais. E a ação foi a mesma.O seu pokémon destruiu as usinas restantes.
— Parece que terminamos a nossa missão por hoje, homens!
...
Luiza sobrevoava a periferia da cidade e chegou até a borracharia. Viu todos os gangueiros derrotados no chão. Ela sequer se importava com a chuva.
— O que houve aqui?
Drampa avisou sobre alguém que ainda estava consciente. A pessoa era Ralph. Ele estava ensanguentado e com hematomas no rosto, mas havia resistido bem os golpes dos motoqueiros.
— Você faz parte deles? — Luiza ajudou o rapaz a se entrar nas ruínas da borracharia.
— Eles levaram o seu amigo.
— Quem? O Jason?
— Ele veio aqui para levar o meu chefe até o senhor Melo. Nesse meio tempo, eles duelaram. Mas a Cue Ball surgiu de forma arrasadora e levou...
— Não desmaia agora, moço. Conta tudo!
— Nesse mome... to... eles devem estar no... gin...
— Ginásio?
— Sim. Mas eles não estão com os pok...
— Cadê os pokémons?
— Centro... — e desmaiou.
Luiza deixou Ralph escorado numa parede e pediu para Drampa levar os outros para dentro. Mais de vinte pessoas foram carregadas.
— Drampa, vamos até o Centro Pokémon mais próximo daqui.
Ela subiu novamente sobre as costas do dragão e voou.
Quem estava no Pokécenter era Dana. Havia dado Heracross a uma enfermeira Joy. Além disso, estava com Pyro e os demais pokémons de Jason.
Charmander abriu os olhos e segurou uma das bolas. O lagarto tirou Tauros dali. As pessoas ficaram surpresas com aquilo.
— Esperem!
Charmander montou sobre as cernelha de Tauros e pediu que ele voltasse até a borracharia. Os dois correram pela pista, desviando dos carros.
— Essa não — lamentou Dana.
...
No ginásio, Bo Prizoghin se preparou para uma transmissão ao vivo. Todas as emissoras transmitiram de forma simultânea.
— Hackeamos todos os canais do distrito, senhor — falou um capanga.
Prizoghin estava sentado à mesa, com as mãos cruzadas e com o semblante sério.
— Caros cidadãos de Mantisk, hoje marca a queda do atual governo e o início de um novo. Resolvi virar governante de todo o distrito pela força, pela mão de ferro. Foram anos planejando todos os mínimos detalhes até culminar no dia de hoje. O plano da Cue Ball é simples: matar 75% da população. Para isso, tivemos que nos instalar no prédio mais bem localizado da cidade, ou seja, o ginásio de Beehive. Depois fizemos negócios escusos com a Equipe Black em troca de equipamentos de ponta para a construção não só da barreira de fogo como também das outras armas. Espero que entendam que essa é a minha vingança por ter sido rejeitado pelo distrito que nasci. Vocês merecem isso e muito mais. E o que acabou de acontecer foi que enviei uma bomba até o céu, explodindo e criando nuvens com chuva tóxica. Sim, essa chuva é venenosa e vai matar lentamente quem recebê-la. Vocês têm 24 horas a partir de quando receberam a água contaminada. E a chuva terá ao menos 1000 milímetros e não cessará tão cedo. Como eu planejei, entre 65 e 75% das pessoas vão morrer até amanhã. Portanto, aproveitem os seus últimos momentos. E Melo... fique onde está ou sofra as consequências. Seu lugar já não é mais aqui.
A transmissão encerrou.
As estradas da cidade estavam cheias de carros. A população tentava sair para outras localidades. Quem estava tomando chuva correu para as suas casas. Houve um clamor do povo. Milhares surgiram na porta da prefeitura.
— Tirem todos daqui — Tomat se escondia debaixo da mesa.
— Como? São milhares — respondeu Brown.
— Manda a polícia meter o cacete nesse povo. Odeio todos eles. Odeio!
...
Luiza não viu a transmissão e não se importava em receber a chuva. Pousou com Drampa na frente do Pokécenter.
— Quanta gente — Ela percebeu que dezenas de pessoas entraram de uma vez no local.
As enfermeiras e o médico tentavam tranquilizar os moradores, mas explicando que ali era um hospital para pokémons.
— Você deve ser a amiga de Jason. Tome. Esses são os pokémons dele — ela entregou as pokébolas.
— Eu estive no esconderijo de vocês. A Cue Ball massacrou todos.
— Minha nossa!!
— Mas não se preocupe. Ninguém morreu. Só estou preocupada com Jason.
— Ele... ele me entregou todos os pokémons dele e correu de volta à borracharia.
— Cadê o Charmander?
— Sumiu.
Pyro e Tauros foram para a área da lagoa.
...
O carro de Tabatha e as motos pararam na saída secreta. O chão abriu como um alçapão e os veículos passaram. Havia um túnel longo que dava até a entrada do ginásio.
Os veículos pararam logo após a ponte de pedra.
— Saiam.
Jason e Java viram o local; o protagonista pela primeira vez, e o lider da Gangue Jovem mais outra vez.
— Fizemos modificações nas estruturas. Bem diferente de quando roubamos do seu pai — comentou Tabatha.
Uma porta automática de pedra abriu ao lado da porta onde os veiculos passavam. Tabatha ordenou que os dois entrassem.
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