PPMAX-320: Charizard contra Heracross! Chuva tóxica em Mantisk

Beehive estava numa catástrofe sem proporções. A invasão da Cue Ball foi a maior desde que tomaram o ginásio. Pelos vários locais era audível gritos, explosões e tiroteios.

Uma dupla de motoqueiros tentou assediar uma pedestre, mas Luiza impediu tal coisa.

— Seus cretinos. Não se faz isso a uma mulher nem por brincadeira. Sabe o que vocês merecem?

— Olha só, colega. Uma linda donzela com cabelos róseos botando moral pra cima da gente — falou um dos motoqueiros, mas suas identidades estavam escondidas pelos capacetes.

— Acho que ela merece um corretivo — o outro pegou um bastão a fim de espancar a moça.

Mas Drampa pousou entre Luiza e os criminosos e ameaçou baforar fogo.

— Que situação de merda. Mas ainda bem que temos os nossos próprios pokémons. Vai, Ekans!

— Vai, Koffing!

Os dois pokémons venenosos seriam os desafiantes do dragão.

...

Melo observava a notícia pela TV na sala, enquanto Gary tentava se comunicar com Jason. O professor não conseguiu, pois a pokédex do menino estava num modo para não perturbar.

— Aquele moleque vai se ver comigo!! Ele me lembrou o Ash. Tão inconsequente quanto!!

Jeepo entrou aos atropelos na casa e, ofegando, avisou que Shingo havia capturado um dos motoqueiros da Cue Ball. A notícia deixou Melo e Gary curiosos e saíram dali.

Shingo derrotou um Cue Ball com a ajuda de Emboar, e Vespiqueen prendeu o homem com a sua cera. O motoqueiro estava preso no portão de entrada.

— Solta!

— Eu vou bem soltar — brincou Shingo. — Soltar o unico que vai nos dizer sobre os planos do Prizoghin? Acho que não. Desembucha!!

— Vá para o inferno.

Melo, Gary e Jeepo chegaram ao portão e viram o motoqueiro grudado e tentando se soltar.

— Tira o capacete dele — ordenou para Vespiqueen, que tirou o objeto, revelando um adolescente.

— Espera um pouco! — Jeepo se aproximou do rapaz e o reconheceu. — Ele estudou na mesma escola que eu.

O motoqueiro era um ex-estudante. Afirmou que a Cue Ball pagava mais do que qualquer outro emprego. Jeepo repreendeu o outro, dizendo que o dinheiro da Cue Ball era ilegal, mas o jovem não se arrependeu de ter entrado no bando.

— Chega disso, Jeepo!

— Mas pai...

— Ele não vai sair daqui ileso até nos contar tudo sobre Bo Prizoghin e os planos. Por que essa invasão? O que o seu chefe pretende?

Mas o adolescente se negou.

Melo chamou Scizor e pediu que arrancasse um braço do rapaz com a sua pinça. Apavorado, o motoqueiro pediu para Melo parar com aquilo.

— Eu digo, eu digo, eu digo!

— Melhor assim. Espere, Scizor.

— O meu chefe vai envenenar todo o distrito de Mantisk. Ele vai fazer isso para matar o maior número de gente e fazer o mesmo que fizeram em Sahaarian. Ele quer virar rei de Mantisk.

— Ele querer governar Mantisk já sei. Então como ele vai envenenar o distrito?

— Ele... preparou um canhão e comprou uma bomba de nuvem tóxica. Já é tarde. Ele vai atirar a bomba nas nuvens e criar uma grande nuvem que fará chuvas torrenciais de veneno líquido. É por isso que nós estamos vestidos com esse macacão de borracha.

Melo, Shingo, Jeepo e Gary ficaram surpresos com a palavra do motoqueiro. Nem mesmo o líder de ginásio esperava um cenário tão horrível.

...

Heracross perseguia Charmander e atacava com o seu chifre, mas o lagarto era muito rápido. Num dos movimentos, o besouro perfurou uma parede de concreto duma fábrica abandonada que ficava em frente à borracharia. Pyro aproveitou e cuspiu uma bola de fogo, mas Heracross conseguiu se soltar a tempo.

— Ele é bem mais rápido.

— Percebeu, moleque? Eu treinei o meu pokémon de uma forma que tem todos os atributos melhorados.

A agilidade de Pyro não era brincadeira. Mesmo sendo um pokémon não evoluído, ele conseguia deixar os evoluídos comendo poeira, mas o Heracross de Java era uma criatura fora da curva. Rapidez e força eram os melhores atributos do inseto Hércules.

— Heracross, use o Megahorn!

O chifre do besouro brilhou como se fosse luz néon. Logo, Heracross avançou até Pyro e enfiou o chifre no chão, arrancando um pedaço da calçada, atingiu uma parede, destruindo. Charmander corria para não ser pego pelo golpe, caindo numa vala. Olhou para os lados sem saber para onde ir. Heracross avançou com o chifre. Uma exlosão.

— Até que enfim matei aquele seu pokémon — comentou Java.

— Pyro... — Jason viu a Pedra da Dobra brilhar (Warp Stone).

Charizard surgiu de repente, afastando Heracross dali. Os gangueiros, incluindo Java, ficaram confusos com a cena.

— De... onde veio aquele pokémon? — indagou Ralph.

O primeiro turno da luta acabou. Quais seriam os próximos movimentos?

...

Beehive estava um caos. Policiais e criminosos se enfrentavam numa disputa violenta, moradores se trancavam em suas casas, comerciantes fecharam os seus comércios, tiros e explosões.

Uma bomba de fumaça havia sido lançada dentro do restaurante Vagalume. Senhora Belo pediu aos fubcionários que fugissem pela porta dos fundos.

— Mas a senhora não vai fugir? — perguntou a contadora.

— Tenho a proteção de Ilumise e Volbeat. Podem ir.

A irmã de Melo voltou ao restaurante com os seus pokémons. Tão pronto entrou se deparou com os motoqueiros.

No ginásio, o canhão foi potencializado ao máximo e instalado bem no meio do prédio. A arma era toda metálica, com fios vermelhos que alimentavam a energia antes do disparo.

— Quanto tempo temos? — perguntou Prizoghin.

— Cinco minutos — respondeu o engenheiro.

...

A Gangue Jovem ficou sem entender a lógica por trás da evolução de Charmander. Era um pokémon que havia evoluído diretamente para a fase final.

— Parem de se perguntar! — gritou Java. — Vocês me dão dor de cabeça.

Seus subordinados pediram desculpa.

O fato era que Pyro se tornou mais poderoso que Heracross imaginava. Seu Megahorn já não era mais o problema para Charizard.

E a luta prosseguiu com Pyro dando um golpe com a cauda, fazendo o besouro cair.

Algo se arrastava pelo chão, aproximando-se lentamente. Aproveitou a oportunidade durante a luta para morder a cauda de Charizard. Era um Ekans injetando toxina no parceiro de Jason. E agora?