Pokémon Pyro Max
PPMAX-284: Atacando a Jorogumo
Yakutia não conchilou naquela madrugada. Preocupado, tentou se comunicar com os espíritos dos pokémons ancestrais. Mas algo interferia na sua magia.
— Quem está aí?
— Bzzz... sou... uce...
— Quem?
O velho percebeu que amanhecia em Permafrost. Já não dava para ver as estrelas, portanto a comunicação com os ancestrais não funcionava. Entretanto, alguém de fora surgiu.
— Posso saber quem é você? — Yakutia fechou os olhos. Seu cajado liberou uma aura azul.
— Grande Bruce!! Que velho moco... — A aura fez surgir um portal para o mundo espiritual.
— Você não é humano e nem pokémon. Como conseguiu uma comunicação com a Terra?
Grande Bruce explicou que pediu ajuda de Celebi para usar o poder de Natu como uma espécie de ponte psíquica entre o mundo real e o espiritual. Depois explicou ao xamã que precisava falar com Jason sobre um assunto que ia além dos perigos atuais.
— Ele não pode agora.
— Por que não?
— Ele acabou de sair para a Montanha Koju justamente para derrotar esses malfeitores.
Bruce pôs a mão na testa e esculhambou Jason. Ao lado dele, Sawk e Throh ouviam tudo.
...
Aeronave Jorogumo
Os fundos do veículo explodiram com a rajada de fogo combinada por Emboar e Incineroar. Os danos foram críticos, pegando a Equipe Kumo de surpresa.
— O que está havendo?!! — gritou Tarantudo.
— Alguma coisa pegou o casco traseiro, senhor. Os danos impossibilitam de voarmos — respondeu o piloto.
— Merda!! Seria impossível até mesmo um míssil explodir aquela fuselagem, e vem me dizer que algo simplesmente o fez?
— Sim, senhor.
Tarantudo pediu que todas as câmeras da parte traseira fossem revisadas, mas a fumaça impedia a visibilidade. Algumas câmeras estavam destruídas.
— Verifique o sensor de movimento!
Na tela, a planta digital da aeronave mostrou quatro pontos diferentes próximos à fuselagem que explodiu. Tarantudo perguntou se eram soldados, mas o piloto negou.
— Temos 30 soldados restantes aqui. E todos guardam os recintos mais importantes. Não há ninguém naquela zona.
— Intrusos!!
Tarantudo deu ordem para os soldados se prepararem para o combate. Saiu imediatamente da sala de operações e foi ao seu laboratório.
Shingo e Mutley caminhavam pelos corredores da aeronave, mas não faziam ideia de como iriam para a sala de comando. Escutaram algo. As paredes do corredor se fecharam. Uma voz no teto surgiu.
— Nem pensem dar mais um passo. Morrerão com o gás venenoso que preparei...
Dos buracos nos cantos, um gás inflamável começou a sair. Shingo explicou que teriam pouco tempo antes de desmaiarem.
— Abaixe-se — falou Mutley ao seu ex-pupilo.
— Vai com calma, sensei.
Mutley Hemingway, que não podia depender de golpes de fogo do seu pokémon, puxou a espada e concentrou toda a sua energia vital no fio dela. Cortou a parede como se fosse manteiga. Puxou Shingo e se livraram do gás.
— Prepare-se para mais obstáculos — disse o idoso ao perceber a chegada de alguns soldados kumos.
Os dois chamaram Emboar e Incineroar para, agora sim, botarem fogo em tudo.
...
Iceburgh caminhou vagarosamente pelo palácio. Não quis chamar atencão desnecessária. Dessa vez mataria Elza Romanov sem dar chance a ela. Um estrondo abalou o recinto. Iceburgh percebeu que uma luta mortal ocorria abaixo dos seus pés, mas duvidou que seria algo com relação a Elza, pois ela estava sem pokémons.
— Sirfetch'd — Ele retirou o seu pokémon e pediu que ele fosse atrás da mulher.
O pato correu.
Enquanto isso, Simon lidava com um pokémon fantasma chamado Banette. Também estava sob o efeito do gigaremo e era vigiado por um subordinado da equipe Kumo chamado Raptor — ele era careca e bem magro, quase corcunda.
— Tem certeza que vai ficar bem? — indagou Elza.
— Melhor se preocupar contigo mesma.
— Eu só queria meu violão para tocar enquanto espero o resgate.
O pokémon lutador de Iceburgh corria pelos cantos do palácio à procura da líder de ginásio.
Nesse ínterim, Charizard e Jason foram para uma espécie de salão no topo do palácio, que lembrava uma grande cúpula. As paredes e o teto eram do mesmo material do trono, exceto o chão de gelo. Havia cerca de 5 estátuas, com 5 metros de altura, rodeando o salão, com mais umas 25 menores. As maiores estavam parcialmente destruídas, sobretudo a maior (com uns 7 metros, pois era a única sobre um pedestal de 2 metros) que faltava a cintura para cima.
— Uau! Que lugar bonito — O teto soltava um brilho mais ou menos como o gelo do lago congelado.
Zeraora soltou várias bolas azuis de eletricidade, tirando Jason do seu encanto. Pyro desviava, pois o seu voo era bem mais rápido. Quando, de repente, Zeraora voou como um raio, fez vários ziguezagues e acertou Charizard com a sua garra. Foi algo tão rápido que não puderam ver o pokémon chegar.
— Ele consegue ser mais rápido do que o Thundurus. Eu o vi na Zona do Safári, mas jamais pensei que era tão poderoso assim. Será que aquele capacete aumenta os seus poderes?
A lógica de Jason era válida. O garoto também supôs que o poder que o capacete dava, aumentava a capacidade física de Zeraora além do normal. O resultado seria a morte do pokémon.
— Tenho que salvar Zeraora!
...
Os quase 100 homens retornaram com Lady Kumo (incluindo os blackers que desertaram da Black após a morte de Hawkings). Toda essas pessoas caminharam pela caverna da montanha, subindo as escadarias em direção ao topo. O próximo passo seria o córrego com o líquido preto. No entanto, o líquido era altamente inflamável, portanto começou a pegar fogo sozinho, impedindo a passagem de todos.
— Minha rainha, está bem? — perguntou Onodera.
— Quem fez isso? Esse... fogo!!
Ninguém podia passar, mesmo correndo. As chamas eram altas e a temperatura fortes demais. Mas as pessoas que fizeram isso não foram El Charco, Shingo e Mutley.
— Precisamos achar outro caminho — sugeriu Piero.
— A Jorogumo está naquela direção, seu patife!! Você quer que eu abandone a minha nave?
A comunicação com a nave havia sido cortada. Ninguém sabia o que se passava.
Lady Kumo percebeu que estava prestes a perder, por isso pensou que seria melhor ficar perto de Zeraora.
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