Pokémon Pyro Max

PPMAX-282: Jason no trono de Calyrex


Na floresta Ice Orion, Shingo Aramaki parou de caminhar na neve a fim de esperar outra pessoa surgir logo atrás.

— Quando você me ligou, pensei que era uma situação casual. Jamais imaginei que a pessoa que você quer ajudar é aquele garoto herói de Sahaarian — Mutley Hemingway surgiu com um casaco de pelo branco sobre o quimono. Seus longos cabelos brancos amarrados num coque.

— E é por isso que veio sem hesitar, sensei?

Hemingway olhou para a montanha. Jamais havia pisado em Permafrost antes.

— Foi pelo dinheiro que me ofereceste — O velho bateu a bainha da espada na cabeça de Shingo.

— Mas sabia que Jason é o irmão de Victoria Yamashida?

Hemingway não falou uma palavra, mas, discretamente, ficou impressionado. Tudo fazia sentido. Vicky levou muito tempo e esforço para ajudar uma pessoa.

— Agora a sua consciência está dizendo para ajudar o irmão da campeã de Hokkaishin, e quer que eu acredite que não há interesse nisso?

— Tem razão, velho. Você tem um raciocínio tão perspicaz. A minha vinda a Permafrost não foi por acaso. Eu queria me reencontrar com o Jason. Mesmo após nos encontrarmos na guerra final de Sahaarian, eu não pude dizer o meu motivo.

— Ah sim. Já captei a mensagem. Só não sei se Jason vai concordar com isso.

Próxima parada: topo da Montanha Koju.

...

Durante o duelo no salão do trono do palácio de gelo, Rapidash e Turtonator venceram Zoroark e Hitmonchan. El Charco ironizou a força dos pokémons de Simon, pois o nível deles continuava menor até mesmo do menos forte do vilão, que era Turtonator.

— Maldicão!! Voltem — Simon retirou a terceira pokébola e pôs Ludicolo para fora.

— Simon... NÃO TEM LIMITES?!!! Não percebe que já chega?! Você é fraco para um caramba. Por que continuar essa batalha desnecessária? — repreendeu El Charco.

O ruivo fechou os punhos e tremeu. Era raiva, ódio e até tristeza.

El Charco ficou no modo sério. Retornou os pokémons às pokébolas e retirou uma última. Soltou a criatura.

— Esse é...!

— Mega Houndoom.

Onodera limpou os olhos ao ver um pokémon megaevoluído já sair transformado de dentro da pokébola.

— Esse é o pokémon que já ganhou 987 lutas seguidas. Tem certeza que vai me enfrentar?

Houndoom mega era maior e com um design mais selvagem: chifres maiores, uma espécie de armadura branca que parecia ser de osso, garras vermelhas nas patas.

Simon parou tudo. Havia um limite que ele não ultrapassava: enfrentar Houndoom. Segundo relatos, a selvageria do pokémon fora capaz de matar outros pokémons.

— Ludicolo... volte.

— Você fez uma boa escolha. Não arriscou a vida do seu Ludicolo. Eu teria mandado Houndoom rasgá-lo com fúria. Sabe que eu o faria.

Lady Kumo foi pega de surpresa pela decisão de El Charco. Este sequer eliminou Simon. O homem reuniu os três cristais e subiu no Rapidash.

— Tchau — saiu cavalgando.

— Espera! Que maldito. Ele nem me deu a resposta sobre o resto do dinheiro — resmungou Lady.

Finalmente, El Charco e Rapidash chegaram ao helicóptero. A aeronave levantou voo e foi embora.

— O que estão esperando? O ano novo chinês? Atirem nele — ordenou Lady Kumo.

Os soldados apontaram armas, mas o que ninguém esperava era que Elza conseguisse se soltar e pegasse uma pistola que estava no chão e atirasse para o alto. O teto de gelo quebrou com os tiros e caiu parcialmente. Ela correu, segurou Simon pelo braço e praticamente o arrastou dali.

— Quanta incompetência, senhor Iceburgh — resmungou Onodera. — Não manteve os seus olhos nela. Procure-a ou morrerá pelas minhas mãos.

— Claro — Iceburgh foi na direção dos dois.

Piero tentou levantar Lady Kumo, porém recebeu um cascudo da tia.

— Tudo saiu do jeito mais inesperado que imaginei. Trabalhei duro para conseguir os cristais e é isso que recebo? Imperdoável. Talvez a nossa parceria termina por aqui, senhor Hawkings.

— Você tá dizendo que...

— A Equipe Kumo já não terá mais nada a ver com a Equipe Black. Diga isso a Anthony.

O subchefe da Black não escondeu o seu desprezo pela mulher à sua frente. Não havia acordo pior do que Yamashida ter unido forças com a rainha aranha.

Enquanto isso, Elza e Simon se esconderam atrás de um pilar de gelo.

— Quem é aquele? Seu padrasto?

— Por que pergunta?

— A relação que tem com ele parece ser íntima demais. Bem, não que eu queira bisbilhotar a sua vida pessoal. Quero mais é sair desse lugar.

— Jason está para chegar.

— E eu chorei, pensando que todos haviam morrido na explosão. O que houve?

— Um golpe de sorte...

Elza percebeu que Simon não estava engajado a ter um diálogo mais expressivo. Calou-se.

Perto dali, havia um salão cheio de vitrais com desenhos do passado. No centro, um gigaremo verde. Alguns kumos guardavam o lugar.

— Se eu ao menos tivesse os meus pokémons comigo. Ei! Aonde vai? — questionou Elza ao ver Simon caminhar.

— Não vê? Quero testar a minha força como treinador. Pode ir se quiser. Seu pai está vindo aí. Preocupe-se com ele.

Elza não se lembrava de que o comportamento de Simon era tão beligerante.

...

Jason, Nicolau e Cheyenne corriam pelos corredores do palácio, deixando um rastro de capangas derrotados. Foram minutos para lá e para cá sem encontrar uma rota que desse até o salão do trono. Isso deu tempo suficiente para os acontecimentos envolvendo Simon e El Charco ocorrerem sem interrupções.

— Chega! Vai, Tyrantrum e Breloom.

Os dois destruíram as paredes do palácio, desesperando Nicolau, que era um conservador de lugares históricos.

— Vamos embora. Não tem mais nada a fazer aqui — disse Lady Kumo.

Antes de voltarem, porém, a parede atrás do trono foi destruída. Os dois pokémons surgiram diante de todos. Logo, Jason e Pyro pularam.

— Ah!! Se não é aquela quarentona megera das aranhas. Olá!!

— QUÊ?!!!

Alguns soldados blackers riram.

— Mas até que a vista daqui não é ruim — Jason sentou no trono com as pernas cruzadas. — Preciso de um descanso hahahaha!

Lady Kumo havia sido chamado de "quarentona" na frente de todos. Humilhada, ordenou Zeraora atacar Jason imediatamente.

Zeraora voou para cima de Jason.