Pokémon Pyro Max
PPMAX-188: Olho por olho! Golpe por golpe
White City
Maytsa entrou na sala e viu o seu chefe reunido com El Charco e Dark Ling.
— Olha só quem apareceu. O futuro aniversariante. Como vão as coisas naquele lugar quente como o inferno? — falou a mulher ao ver Dark Ling sem o seu eventual terno preto.
— Eu soube que há pouco capturou o Articuno. Atrasada como sempre, queridinha — Ling desdenhou.
Os dois comandantes da Black praticamente fuzilavam-se com os olhos. Yamashida interviu.
— Há um assunto muito mais importante. Segundo Ling, Jason morreu num confronto direto com ele — avisou Yamashida enquanto bebia um conhaque.
Maytsa riu da informação. Perguntou a Ling se vira o corpo do menino. Sem corpo, sem evidência e sem morte.
— Não fique se achando só porque capturou Articuno, Maytsa. O assunto é sério — El Charco repreendeu.
— Não tô me achando. É que é muito difícil crer nas palavras desse príncipe mimadinho.
Dark Ling ficou quieto por um tempo até retirar três convites para o seu aniversário. Deu para cada um dos três naquela sala. Entretanto, El Charco acendeu um isqueiro e queimou o papel.
— Não preciso disso. Não quero envolver-me com coisas pessoais de outros que trabalham nessa facção. Com licença.
— Ele é tão sério. Agora você dar um convite para mim? Nunca gostou de mim...
— Abra — falou Ling.
A mulher abriu o convite. Era um convite para ser a governanta da festa. Maytsa ficou furiosa e quis pular no pescoço do loiro, mas Yamashida ordenou que ela saísse.
— Não devia ter feito isso.
— Fufufufu. Não é engraçado, padrinho? Adoro mexer com as emoções dos outros. Pena que o cabeça de fogo não caiu na pegadinha. Ah... o convite verdadeiro está aí.
— Eu já falei, não falei? Farei com que a sua festa seja agraciada com a minha ilustre presença. 30 minutos no máximo.
— Só? Pensei que ficaria para quando eu proclamasse a minha ascensão ao trono de Sahaarian. Papai já notou a impopularidade que tem na aristocracia.
— Desde que você cumpra a promessa de abrir o mercado para as minhas filiais da PokéBlack em Sahaarian.
— Trato feito. Mas sabe que terei que me aposentar da Equipe Black?
— Sei sim. E já encontrei não um, mas dois substitutos para você.
Dark Ling e Yamashida brindaram seus copinhos de conhaque e tomaram.
...
Alguns dias passaram desde que estabeleceram a base da guerrilha no subterrâneo de Alameda. Nesse ínterim, Legorio e Silverster saíram pelo caminho aberto por Raikou e foram para a cidade disfarçados com Simon e Zoroark.
— Eles estão demorando — falou Guedara ao ver as horas no relógio de pulso.
— Fica tranquilo. Eles não são de falhar — Pell animou o outro.
Os dois aguardavam sentados numas pedras numa área semi-árida fora da cidade. Atrás havia um paredão de rocha com a entrada para o templo.
Os três chegaram no final da tarde. Havia um laptop com eles.
Algum tempo depois...
— Um vírus de computador? — indagou Guedara.
— E não é qualquer vírus. Esse aqui pode infectar os firewalls de redes complexas. Tal como doenças que são autoimunes. Assim esses firewalls zumbis infectam todo o sistema da rede sem serem detectados de imediato — explicou Silverster.
— Ele quer dizer que é um vírus de computador que não se parece um vírus de computador. É um tipo raro que pode ser usado, por exemplo, em redes de governo ou militares com excelência — complementou Legorio.
Guedara entendeu o que queriam dizer. Mas como um membro da Elite 4 tinha um vírus tão poderoso? Afinal quem deu a ele?
Silverster lembrou de outra coisa. Um bloco de notas no pendrive com o passo a passo para instalar o programa e um pequeno bilhete. Com apenas "Boa Sorte" e uma rubrica V.Y.
— Não faço ideia de quem são essas iniciais. Mas o mais importante é nos organizarmos para a nossa revanche. O dia em que o governo Sandstone cairá. Será no dia do aniversário do crápula do Sirajudin Sandstone — avisou Guedara.
...
Dias depois, Guedara e Pell conseguiram entrar em contato com alguns guerrilheiros e membros dos Escorpiões que escaparam. Alguns fugiram de Omã e outros fugiram pela floresta de Alameda. Com a ajuda da mente criativa de Silverster, que fez um rádio comunicador, combinou a data e a hora da invasão. Omã estava 75% tomada pelo exército de Rosé. Muitos morreram. E é por isso que havia um plano para acabar de vez com os caças do governo hostil.
O plano de invasão e revanche era o seguinte: a parte 1 era Silverster, Legorio e Simon irem para a Cidade de Sahaarian; objetivo: plantar o vírus de computador no sistema de defesa das forças armadas e incapacitar os caças, sistemas antiaéreos e outros. A parte 2 era Guedara e o restante se infiltrarem na Fortaleza do Cacau para adentrarem na festa de aniversário de Sirajudin e derrubarem o reinado de Nilo.
— Não concordo! — criticou Jason. Todos viram o rapaz de braço cruzado e sério.
— Não vai me ajudar? Precisamos salvar a Luiza, esqueceu? — falou Guedara um pouco indignado.
— Não concordo em ir diretamente para Fortaleza do Cacau. Primeiro quero ir até o vilarejo que Luiza ajudava a pagar os impostos. O lugar que Dark Ling sempre a chantageia.
Guedara ficou sem palavras. O vilarejo ficava ao norte de Sahaarian e era vigiado 24 horas pelos soldados.
— É arriscado. Soube que há carrascos que obrigam os moradores a trabalhos braçais — avisou Pell.
— Por isso mesmo. Pretendo desinfectar aquele local de uma vez por todas. Já pensou se conseguirmos derrubar o rei, mas chantagearem a gente com a vida daqueles pobres habitantes? Seria desumano — concluiu o garoto. Pyro também estava disposto a salvá-los.
Guedara assentiu. Pell lideraria o grupo para Cacau. Jason e ele seriam os únicos a irem ao vilarejo.
E a invasão começaria como? Qual era a ideia genial de Ernest para a infiltração no castelo real?
...
A governanta da família real (vestida expressivamente colorida) chamou as boleiras contratadas que ajudariam na criação e confecção do bolo.
— Você é...?
— Margot.
— Há quanto tempo é boleira?
— Desde criança. Sou a melhor boleira na minha cidade.
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