Pokémon Pyro Max
PPMAX-186: Raikou
Assim como Suicune, Raikou também fora aprisionado por uma força consideravelmente poderosa num passado de poucos séculos. O cão lendário fora acorrentado e deixado no subterrâneo assim como o seu irmão canino de água. E apesar de existirem outros cães da mesma espécie no mundo, apenas aqueles presos eram os mais poderosos e lendários. Raikou aguardava silenciosamente o dia em que seria liberto depois de tanto tempo.
Guedara e Pyro acharam a capela. O homem não fazia ideia de como proceder, mas teve a ideia de usar força física para destruir a porta de pedra. E assim fez. Usou Flygon para derrubar e entrar no interior. Dentro havia uma neblina pesada e uma piscina.
— Pyro!!
Charmander correu ao ver Jason. Pulou e abraçou o seu treinador.
O menino disse estar aliviado pela situação dos dois. Ficaram poucas horas separados, mas era sorte terem se reencontrado. Afinal, o templo era imensurável. Gigante e cheio de locais que se estendia por centenas de metros.
— Precisamos soltá-lo — disse o garoto determinado.
Guedara ficou incrédulo. A criatura era aterrorizante, emitindo uma aura assassina. As correntes eram eletrizadas.
— Encontrei um pokémon na mesma situação antes. Soltei ele.
— O que houve?
— Ele apenas fugiu. Correu como se não houvesse amanhã.
Jason soltou Sylveon, Galvantula e Tyrantrum. Com a ajuda de Pyro, eram 4 pokémons. Guedara pediu para Flygon ajudar. Os cinco se prepararam para o ataque. Flygon usou um cuspe de lama para petrificar as correntes e impedir a eletricidade danar os outros. Pyro, Sylveon, Tyrantrum e Galvantula destruíram as correntes. Uma por uma. Dezena delas. A última destruída pelo fogo de Pyro.
— Não sei o que pretende, mas a criatura já está solta. Menino...
— Silêncio. Ele vai acordar a qualquer momento. Por favor, recolha o Flygon. Seria melhor para todos.
E assim foi. Jason e Guedara recolheram os seus pokémons.
Raikou abriu os olhos. Primeiramente eram vermelhos, escarlates, mais brilhantes do que os olhos de Cofagrigus. Levantou e ficou nas quatro patas. Era imponente. Maior até que um Arcanine.
...
Pell Scorpion e os outros entraram no salão da pilhagem. Cheio de tesouros e artefatos.
Simon segurou uma taça de ouro com pedras de rubis e safiras. Armaduras prateadas, talheres e louças de boa qualidade. Havia toda a sorte de objetos de valor alto.
— Olha, papai! — Sarah pegou uma gargantilha de diamante e pérola.
— Não precisamos disso, querida. Esse tesouro um dia vai pertencer a um museu.
Hórus e Simon encontraram um salão de banho. Uma piscina térmica no meio. A água borbulhou, assustando os quatro.
— Existe vulcão aqui perto? — indagou Simon.
— Não que eu saiba — respondeu Hórus.
Um vórtex no meio da piscina surgiu. O quarteto saiu da sala de banho. Uma explosão. De repente, surgiram Silverster, a sua mãe, Legorio e Jade. Foram levados por um portal do deserto.
— Senhor Silverster? E aquele cara esquisito de antes? — falou Simon ao vê-los.
— Cara esquisito é a mãe!! — resmungou Lego.
Há muito tempo que Pell não via Silverster. Soube do acontecido antes de Luiza e Simon chegarem ao cassino (Simon havia dito). Mas o que preocupou mesmo o líder de ginásio era a situação física de Jade Ramírez. A mulher estava desacordada desde que afundou na água.
— O que houve com ela?
— Pell, ela foi afundada pelo Rosé — explicou Silverster.
Mama Silverster amaldiçoou o vórtex por ter destruído o seu veículo anfíbio.
Pell pediu que todos se afastassem. Como um ex-militar da marinha, sabia de certos procedimentos para salvar uma pessoa afogada. Esfregou o peito da mulher algumas vezes, juntou as duas mãos e deu um golpe forte contra o coração dela. Jade se contorceu.
— O que aconteceu? — indagou Simon.
— Um tipo de jeito para salvar uma pessoa. Eu batizei como "pancada pra quem não quer acordar".
Simon achou a explicação de Pell absurda.
A mulher se contorceu algumas vezes. Voltou a respirar normalmente. Abriu um pouco os olhos e viu o homem ao seu lado.
— Bem-vinda de volta a esse mundo. Durma um pouco. Não ha nada pior para um homem do que uma mulher ressentida. Só tenho pena do Marechal Rosé.
Jade voltou a dormir.
...
Raikou olhou para os dois humanos. Seu olhar gelava até a espinha. Um monstro com séculos de idade estava de volta àquele mundo.
— O que faremos, Jason?
— Acho melhor ficar parado. Não quer morrer de um jeito estúpido, quer?
Guedara engoliu em seco. Viu Raikou balancar o corpo como se estivesse tirando a sujeira dos pelos. O animal deu um pulo até o outro lado da piscina. A queda do monstro causou um pequeno estrondo. Raikou cheirou Jason e Pyro por um breve momento. Depois cheirou Guedara. Empurrou levemente o homem com o focinho.
— Acho que ele gostou do senhor... — murmurou Jason.
O pokémon deu um uivo forte o bastante para fazer os dois caírem de joelho e taparem os ouvidos. Seus pelos crisparam e saíram eletricidade. Brilhou e tornou um raio de energia elétrica que destruiu a parede da capela. Raikou escapou, destruindo as paredes de concreto.
— Você está bem? — indagou Ernest.
— Sim.
O lendário viajou rapidamente até sair de dentro de uma montanha rochosa longe da cidade. Subiu às nuvens e correu pelo céu.
— Veremos aquele pokémon novamente? — perguntou Jason.
— Não tenho ideia. Só sei que olhou para mim e falou na minha mente. Era como se tivesse me escolhido para algo.
Jason deixou Guedara um pouco de lado para prestar atenção ao livro preto. O cadeado fora aberto. Talvez a força da eletricidade de Raikou? Abriu na primeira página. Apenas desenhos típicos como viu antes.
— Sabe que livro é esse?
— Nunca vi ou ouvi falar. Que tem?
— Achei há pouco. Um grupo de Yamasks surgiu e fui atraído. Será que aqui tem revelação sobre esse templo?
Jason folheou algumas páginas. Era a imagem de Raikou! Também havia Suicune. Um terceiro cão apareceu.
— Então são três? E essa criatura se parece a que eu vi no centro do coliseu.
O tal M aparecia sendo aprisionado com os poderes dos três cães lendários. Havia muito o que ler.
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