Pokémon Mystery Dungeon: Entre Dois Mundos 1

É que... se eu contasse, você não acreditaria


Ouviu uma voz do fundo da floresta:

– Não, não me fira. Não quero lutar com você. Apenas vim ver se estava tudo bem.

Era Shaymin, em sua forma terrestre. Ela continuou a falar:

– Estava te observando, enquanto você estava deitado no campo. Achei que você estava machucado e vim te ver.

– Ah, você sabe cuidar de ferimentos? E a propósito, obrigado pela preocupação.

– Sei, e é uma de minhas especialidades. Ei, qual é o seu nome? O meu é Shaymin.

– O meu é Riolu... digo, Bruno – Bruno riu um pouco.

– Ei, do que você está rindo? É de mim?

– Não, não é isso. É que... se eu contasse, você não acreditaria.

– Pode contar, sim.

– Está bem. É que eu nem sempre fui um Pokémon, sabe?

– Você está dizendo que nasceu hoje?

– Não é isso. Bem, mais ou menos. Não, na verdade, não. Eu tenho 15 anos.

– Então, me explique direito.

– É o seguinte: Até o dia de hoje, a um pouco mais cedo, eu era um humano.

– Que espécie é essa? Acho que já ouvi falar dela.

– É uma diferente de todas que você já viu.

– Então, você evoluiu agora?

– Não, é que... Olha, eu não sou deste mundo, está bem? Eu só vim parar aqui e... – Bruno olhou para si mesmo – nesta forma.

– Posso te ajudar com alguma coisa? É só falar.

– Bem, como sou um novato aqui, não conheço ninguém, nem sei por onde devo começar.

– Posso te apresentar os locais que conheço.

– Onde você mora?

– Moro numa vila a sudeste. Te mostro daqui a pouco. Ah, você vê esta floresta?

– Sim.

– Eu venho aqui a cada dois dias, para treinar. Luto com os pokémons daqui. É claro, existem locais mais formais para se treinar e lutar, mas ainda não pude frequentá-los, pois não tenho experiência suficiente ainda.

– Então vamos lutar juntos aqui, certo?

– Certo.

– Bem, provavelmente estou no mais baixo nível de experiência. Terei que lutar muito se quiser te alcançar. Deveria começar isso o quanto antes.

Ela sorriu para Bruno.

– Só uma coisa. – disse Shaymin – Eu causo o mesmo dano nos tipos Grama e Normal. Você, porém, é mais efetivo contra o tipo Normal.

– Obrigado. Já tinha me esquecido.

–-Número Aleatório = 99--

Riolu (Level 1) encontrou Rattata (Level 3) para lutar.

Rattata é mais rápido e ataca em primeiro, usando Tail Whip, que diminui os valores de defesa de Riolu em 20%. Riolu ataca, usando o movimento Quick Attack e causando 7,2 pontos de dano. Rattata usa Tail Whip, que diminui os valores de defesa de Riolu em 20%. Riolu usa Endure, resistindo ao ataque de Rattata, Tackle, de 14,85 pontos de dano, conservando 1 ponto de vida. Riolu usa Quick Attack e causa 7,2 pontos de dano. Rattata usa Tail Whip, que diminui os valores de defesa de Riolu em 20%. Riolu usa Quick Attack e nocauteia Rattata.

Vencedor: Riolu (4 rodadas), com 1 ponto de HP (pontos de vida).

Shaymin joga uma fruta vermelha para Bruno e diz:

– Use isto. Vai restaurar sua energia.

Ele usa e restaura os pontos de vida. Riolu chegou ao nível 2 de experiência e seu HP aumenta para 13.

– Obrigado.

–-Número Aleatório = 100--

Riolu (Level 2) encontrou Clefairy (Level 2) para lutar.

Riolué mais rápido e ataca em primeiro, usando Quick Attack, causando 9,2 pontos de dano. Clefairy revida com o movimento Pound, um chute que causa 6,3 pontos de dano. Riolu ataca com Quick Attack novamente, nocauteando Clefairy.

Vencedor: Riolu (2 rodadas), com 6,7 pontos de HP.

–-Número Aleatório = 92--

Riolu (Level 3) encontrou Kangaskhan (Level 3) para lutar.

Riolué mais rápido e ataca em primeiro, usando Quick Attack, causando 8,4 pontos de dano.Kangaskhan revida com Comet Punch, vários socos que causam dano de 5 pontos. Riolu usa Quick Attack mais uma vez, causando 8,4 pontos de dano. Kangaskhan usa Leer, diminuindo os valores de defesa de Riolu em 20%. Riolu ataca usando Quick Attack pela terceira e última vez, infligindo 7,4 pontos de dano e nocauteando Kangaskhan.

Vencedor: Riolu (3 rodadas), com 1,7 pontos de HP.

Riolu chega ao nível 4 de experiência.

–-Número Aleatório = 92--

Shaymin (Level 20) encontrou Sunflora (Level 5) para lutar.

Shaymin é mais rápida e ataca em primeiro, usando Magical Leaf, atirando várias folhas em Sunflora e causando dano de 38,6 pontos. Sunflora foi nocauteada.

Vencedor: Shaymin (único ataque), com 70 pontos de HP (vida completa).

–-Número Aleatório = 93--

Shaymin (Level 20) encontrou Hoppip (Level 7) para lutar.

Shaymin é mais rápida e ataca primeiro, usando Magical Leaf e causando 19,5 pontos de dano. Hoppip usa Synthesis, absorvendo luz do sol e umidade do ar. Como o clima estava favorável, Hoppip conseguiu recuperar todos os seus pontos de vida. Shaymin teve uma ideia. Usou Leech Seed, movimento que suga 10% da vida do adversário, se este for de um nível de experiência menor que o do oponente. Esperou Hoppip se curar de novo e o Leech Seed surtiu efeito. Usou Magical Leaf e causou 19,5 pontos de dano, somando-se aos 2,1 pontos sugados pelo movimento Leech Seed. No total, causou 21,6 pontos de dano, nocauteando Hoppip.

Vencedor: Shaymin (3 rodadas), com 70 pontos de HP (vida completa).

–-Número Aleatório = 93--

Shaymin (Level 20) encontrou Tangela (Level 6) para lutar.

Shaymin é mais rápida e ataca em primeiro, usando Magical Leaf e causando 22,3 pontos de dano. Quase nocauteou Tangela, que possui 23 de HP. Tangela usa Sleep Powder e tenta fazer Shaymin dormir. Shaymin fica sonolenta e não consegue atacar. Tangela usa Ingrain, fincando raízes no chão e recuperando 20% dos pontos de vida a cada rodada. Shaymin ainda não consegue atacar. Tangela usa Constrict e ataca Shaymin com longos tentáculos, causando de 1 ponto de dano e diminuindo em 75% a velocidade de Shaymin. Tangela recuperou 9,2 pontos de vida até o momento. Shaymin acorda e usa Magical Leaf, com 50% de eficiência e causa 11,15 pontos de dano, nocauteando Tangela.

Vencedor: Shaymin (4 rodadas), com 69 pontos de HP.

Shaymin chega ao nível 21.

– Ufa, que perigo. Ainda bem que consegui vencer. – disse Shaymin.

– Digo o mesmo. – disse Bruno.

Agora, já era tarde e o sol se punha. Shaymin falou:

– Venha comigo, Bruno. Vou te mostrar onde moro, você vai gostar.

Eles correram por alguns minutos, percorrendo planícies e contornando pequenos montes. Bruno disse:

– Ah, estou muito cansado. Não tenho todo esse ‘pique’ seu.

Shaymin andou mais devagar, para acompanhá-lo, e disse:

– Não se preocupe. Estamos quase lá

Já podia se ver a vila da região, Lawncliff, um conjunto de pequenas casas de dois andares, de madeira. Atrás de algumas dessas, havia hortas ou pomares e, distante de todas, havia um moinho em cima de um penhasco acima da praia. Ao entrar na vila, Shaymin disse a Bruno:

– Há uma casa abandonada no final da vila, perto do moinho. Você pode morar lá, se quiser. Agora, te mostrarei onde moro. Até te darei um pouco de comida para que não te falte, quando necessária.

Bruno pôde perceber mais tarde que todos os moradores da vila eram solidários e gostavam de se ajudar mutuamente. Gostavam de trabalhar e exerciam seus ofícios com tranquilidade e honestidade: uns plantavam, outros construíam, outros cozinhavam e outros vendiam coisas, mas os moradores constituíam uma família próspera e unida. Bruno entrou na casa de Shaymin, conversou um pouco com ela sobre como foi parar naquele mundo e ela disse tudo que sabia sobre a vila, seus moradores e outras regiões que ela gostaria de visitar num dia. Shaymin pediu a ele que treinasse com ela no dia seguinte. Depois de pegar alguns suprimentos, Bruno a agradeceu por tudo e foi conhecer sua nova casa. Guardou os alimentos na despensa e foi dormir na cama do segundo andar. Adormeceu antes que se desse conta disso. Ao acordar no dia seguinte, pensou em como faria para voltar para o mundo real. Então, pensou: “Eu quero muito voltar para casa.” Neste instante viu um forte clarão. Identificou a origem do feixe de luz: vinha da sua mão direita. Nesta, surgiu uma joia pequena, um pingente azul brilhante, pendurado numa corrente de metal. Bruno o segurou, fechando seus olhos e mentalizou seu quarto no mundo real e voltou para lá. Tudo se escureceu por alguns instantes e novamente se viu no quarto de seu apartamento. “Deu certo”, pensou.