Pokémon Mystery Dungeon: Entre Dois Mundos 1

2º Arco - Vamos lutar contra o inimigo


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Na região sudeste de Aryion, acima das nuvens, Leandro ascendia à camada mais alta da atmosfera. O ar ficou frio e rarefeito. A pressão diminuía cada vez mais. Gabriela disse a seus amigos, por meio de sua telepatia:

– Se algum de vocês quiser se comunicar com outros, eu posso ajudar. Na altitude e velocidade em que estamos, é praticamente impossível ouvir uns aos outros, mas eu posso ler a mente de vocês e enviar recados para quem quer que seja.

– Ah, sim, claro. - pensou Bruno - Queria dizer que minhas orelhas estão sofrendo com a mudança de pressão. Diga ao Leandro para descer um pouco.

– Claro. - respondeu Gabriela a Bruno, antes de pedir a Leandro que descesse ao nível das nuvens e subisse denovo lentamente.

Alguns minutos depois….

– Posso conversar com a Shaymin? - perguntou Bruno.

– Ela já está conversando com o Leandro. Eu te avisarei quando for possível falar com ela.

– Bem, o Bruno e a Gabriela me disseram algumas coisas a respeito deste mundo, mas acho que ainda não entendi muito bem como está a situação de Aryion e qual é a nossa missão. - disse Leandro a Shaymin através de Gabriela.

– Claro, vou lhe explicar. No passado, tivemos uma guerra contra o quarteto do mal: Darkrai, Giratina, Zekrom e Mewtwo. Vencemos a luta. Destes quatro, só não conseguimos prender Mewtwo. Os outros três foram jogados numa prisão mágica. Mewtwo roubou as chaves da prisão e libertou seus comparças, antes de prender Arceus lá dentro, através de uma armadilha estratégica. Os outros pokémons lendários foram sequestrados e levados à base secreta do inimigo. Nossa missão é encontrar as chaves novamente e libertar Arceus, pois ele é o único mais forte que Mewtwo. As chaves foram espalhadas por Mewtwo em toda a Aryion, e por isso, vamos vasculhar todas as regiões possíveis até achá-las.

– E depois disso?

– Vamos lutar contra o inimigo.

– Por algum acaso, ele está em maior número?

– No presente momento, está sim.

– E as outras equipes de resgate, já sabem disso?

– Todos sabem agora. Precisamos encontrá-las e elaborar um plano rapidamente, ou seremos surpreendidos pelas forças do mal.

– Bruno me disse que os pokémons lendários são os mais fortes. E deles, apenas restou Arceus e você, ao nosso lado. Como vamos recuperar os outros?

– Os lendários sequestrados sofreram uma influência dominadora de Mewtwo, por usar o artefato “joia de escuridão”.

– Tipo… lavagem cerebral?

– Sim, Leandro. Acredito que apenas roubando a joia poderemos findar seu efeito neles.

– Obrigado, Shaymin. Acho que isto é tudo o que eu queria saber.

– De nada, amigo.

Gabriela chama a Bruno.

– Shaymin está disponível agora.

– Obrigado. Pergunte a ela quantas horas faltam para chegarmos ao nosso destino.

– Bruno, aqui é a Shaymin. Nós precisamos chegar à cidade de Bleak Town. Lá está a filial do CTOT. Pela velocidade em que estamos, nós chegaramos lá à noite, provavelmente.

– Obrigado, Shaymin.

Várias horas depois, mais precisamente às 20h da noite, Leandro diz à Gabriela:

–Gabriela, estou exausto agora. Preciso parar agora. Diga aos outros para se prepararem para a aterrisagem.

Gabriela anuncia a descida de Salamence aos outros. Lentamente, eles descendem ao solo. Após tocar na superfície de neve, eles comem um pouco.

– Acho que faltam ainda algumas horas de viagem até Bleak Town. - diz Shaymin - Vemos algumas luzes a alguns quilômetros à frente, no horizonte. Deve ser a cidade Snow Village.

– Ótimo, paramos perto de uma cidade. - responde Bruno.

Perto deles havia uma grande árvore conífera, longe das outras e com seu tronco cortado a 3 metros acima do chão. Ao redor do ambiente em que estavam, havia grandes montanhas de neve.

– Bruno e Gabriela, procurem algum lugar para dormir. Encontrem-nos neste lugar amanhã. Esta árvore singular deve servir de ponto de referência. - falou Shaymin.

– Vocês não vem conosco? - perguntou Bruno.

– Leandro não poderá ir com vocês. - respondeu Shaymin.

– Mas por quê? - perguntou Gabriela.

– Não deve haver algum lugar próprio para ele na cidade e não quero vê-lo morrendo de frio. Ele pode dormir numa caverna acima das montanhas. Lá é bem mais quente. Eu quero fazer companhia a ele. Tudo bem para vocês? - disse Shaymin.

– Tudo ótimo. - respondeu Gabriela.

– Certo. Eu deixei uma parte de meu dinheiro com vocês. Se precisarem, não hesitem em usá-la.

– Obrigado, Shaymin. - disse Bruno.

– Até amanhã. - disse Leandro se despedindo e acompanhando Shaymin em vôo.

Uma tempestade de neve começou agora. Bruno e Gabriela avançaram em direção à cidade. Enquanto isso, Leandro e Shaymin sobrevoavam as montanhas geleadas. Avistaram logo uma caverna com uma fogueira acesa em seu interior e até lá foram. Um Oshawott, que acabara de sair de outra caverna próxima, os chamou e pediu ajuda a eles.

– Minha amiga esteve desaparecida por dias e vim até aqui procurá-la, pois ela havia me contado que viria para cá investigar alguns crimes. Eu adentrei a caverna silenciosamente e vi vários pokémons a interrogando e a ameaçando. Eu fui embora sem ser notado, pois pensei em chamar ajuda. Eu acredito que eles sejam os ladrões dos quais ela estava falando em suas investigações. Me ajudem a resgatá-la.

– Sim, nós podemos. - disse Shaymin.

– Eu ajudarei no que for necessário. - dissse Leandro.

– Muito obrigado. Estou profundamente grato. Venham, o caminho é por aqui. - Oshawott foi adiante e Shaymin e Leandro o seguiram.

Ao entrar na caverna, Leandro pôde avançar sem maiores problemas e disse bem baixinho:

– Bem, é uma grande caverna.

Depois de ouvir algumas vozes, o grupo andou mais devagar e se espreitando, avistou de longe a situação de perigo: o covil de ladrões estava cheio. Enquanto isso, Bruno e Gabriela caminhavam pela neve. Bruno tropeçou em algo e caiu. Ao verificar o que era, se surpreendeu: Era um Eevee caído no chão. Tomou-o em seus braços.

– Ah, meu Deus. Ele está morrendo de frio.

– Coitadinho. - disse Gabriela.

Bruno tirou a capa que vestia e procurou cobrir o pokémon.

– Vamos levá-lo a um local quente, Gabriela.

– Sim. - disse ela, mostrando sua preocupação.

Felizmente, alguns metros à frente, avistaram uma casa de madeira de luzes acesas.

– E pensar que ele morreria tão perto de um local seguro. - disse Bruno.

Ao bater à porta da casa e não obter resposta, Bruno e Gabriela entraram nela. Estava vazia. Colocaram o Eevee em cima de uma cama.

– Dê-me um antídoto contra resfriamento. - disse Bruno a Gabriela.

– Aqui está. - ela o entregou.

Bruno o aplicou no Eevee, mas ele não reagiu.

– Uma poção regeneradora de HP. - disse Bruno.

– Tente isto.

Eevee a tomou, mas ainda não reagiu.

– Talvez uma água quente resolva. - diz Bruno.

– Não temos água aqui. - suspirou Gabriela.

Bruno ficou assustado.

– Será que ele já morreu?

Passou suas patas sobre o corpo de Eevee. Ele não mostrava sinais de vida. Bruno jogou seu saco de suprimentos longe, estando muito irritado.

– Droga!!!

Ao olhar para os objetos espalhados no chão, percebeu que havia uma gema brilhando: era a gema de evolução do tipo gelo.

– Talvez funcione. - disse Bruno, aproximando a gema de Eevee.