Riolu e Mienshao, a lutadora polipolar

Seu pulso estava intenso. Suor frio saia do seu rosto. Era muito difícil se concentrar durante aquilo. Sangue escorria pelas suas mãos. Seu rosto assustado estava com um enorme corte ainda sangrando, que passava pelo seu olho esquerdo.

“Riolu...” – Um sussurro ecoou pelo recinto.

-Eu... eu abandonei... – Lucario disse ajoelhado em um mar de crânios de diversos formatos. – É minha culpa...

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O pequeno Riolu rapidamente se levanta de sua cama de palha. Ele estava suando e estava pálido. Ele olhou para suas mãos por longos minutos, até que uma voz feminina o chamou.

-Riolu!!!

Riolu apenas ignorou, enquanto olhava suas mãos, ainda impressionado com o sonho que teve.

-De quem... De quem era... Aquela voz? – Ele falou sentando-se na sua cama de lã.

-RIOLU!!! – A voz de antes ecoou nos seus ouvidos com uma potência maior.

-Eh... – Riolu olhou para um feixe de luz que saia de sua janela tampada com um pano.

Ao abri-la, Riolu percebeu que já tinha passado do meio dia e que estava atrasado para o seu treino matinal. Ele olhou em volta de se quarto procurando por algo, mas não viu nada além do chão de madeira e vários mapas e desenhos esquisitos com escrituras bem diferentes, além de uma mesa em um dos cantos do quarto.
Ele saiu de seu quarto e correu em direção à sala de sua casa, que ficava colada ao seu quarto, apenas dividida por uma parede. La ele viu na mesa de centro, um par de luvas pretas e um prato com um pão. Ele correu em direção à mesa, pegou o pão e as luvas e saiu de casa correndo.

-RIOLU!!!! – A mesma pessoa gritou mais uma vez.

-EU TO INDO!!! – Riolu gritou enquanto dava uma volta em sua casa, que tinha um formato esférico, e toda era feita de madeira. Ele colocou o pão na sua boca e começou a vestir as luvas.

No quintal dos fundos de sua casa, se encontrava uma Mienshao de cor rosada, que estava batendo em cilindros de madeira cobertos com um pouco de borracha.

-Oque você acha que estava fazendo dormindo até agora? – Ela falou com uma voz brava, ainda socando e chutando os cilindros que a rodeavam.

-Er... Dorfmindfo... – Ele falou enquanto segurava o pão com seus dentes, até que ele termina de vestir suas luvas.

-Boa resposta... – Mienshao respondeu com um sorriso. – Você foi dormir tarde ontem?

Riolu acaba de comer o seu pão e faz alguns exercícios de alongamento, mas sem falar nada.

-Responda agora. – Mienshao mais uma vez muda de humor.

-Eu não fiz nada, tá legal??? – Ele respondeu um pouco bravo e quase acabando seu alongamento.

Mienshao da um chute que quebra um dos cilindros e fica estática por um momento. Ela anda direção a Riolu e senta ao seu lado, deixando ele confuso.

-Deixa-me adivinhar... Você saiu escondido enquanto eu dormi para sair com o Banette, a Mawile e o Tyroge... – Ela falou com um tom sério.

Riolu se espantou e ficou parado por alguns segundos com uma cara espantada.

-Você me pegou... – Riolu se sentou ao lado de Mienshao. – Eu perdi a noção do tempo e cheguei tarde...

-Filho, eu já disse pra você... Esse... Pessoal... Não é legal. Eles nunca fazem algo de bom e estão sempre se metendo com coisas ilegais... – Ela disse preocupada, enquanto Riolu olhava para o chão. – Você acha que seu pai gostaria de saber que você anda com esse tipo de pessoa?

-Se ele quisesse saber de mim não teria sumido do mundo logo quando eu nasci... – Riolu retrucou bravo.

-Er... Não fale assim... – Ela ficou calada por um tempo. – Quer saber? Vamos treinar. Já que você não quer conversar sobre isso, pelo menos me mostre oque você consegue fazer.

“Porque ela foge desse assunto??” – Riolu pensou.

Riolu se levanta e vai para perto dos cilindros. Eram cinco no total, com exceção do destruído. Eles faziam um circulo em volta de Riolu, e cada um deles tinha cerca de 1 metro de altura e 1 metro de diâmetro. Riolu os observa, e então olha para trás. Ele balança a cabeça para sua mãe e ela sorri.
Riolu se concentra e então faz uma posição de alguma arte marcial, então ele joga seu punha contra o cilindro, que quase se parte ao meio. Logo depois ele parte para um dos cilindros adjacentes e rapidamente chuta a base dele, derrubando ele no chão. Então, ele se recompõe e em um piscar de olhos ele se encontra na frente de outro cilindro. Seus punhos ficam metálicos e mais pesados, dificultando a movimentação de Riolu, que por sua vez cambaleia um pouco, mas logo depois desfere dezenas de socos em segundos, partindo o cilindro.
Ele vai correndo até os dois últimos cilindros que se encontravam lado a lado. Ele faz uma pose em que seus braços protejam seu rosto, e então ele os abaixa bruscamente, criando uma rajada de vento que empurra os dois cilindros longe.

-Descuidado e imprudente. Você quase caiu quando tentou usar o Bullet Punch e ainda por cima demorou a usar o Vaccum Wave. Em uma batalha, até um Electrode te derrotaria, e olha que eles são bem ruins de estratégia.

-Vai se ferrar... – Riolu se jogou pra trás e deitou-se no chão. – Você nunca tá satisfeita... Humph...

-Em compensação, esse foi seu recorde em tempo... – Ela falou dando uma gargalhada. – 46 segundos.

-Qual é o seu recorde mesmo? – Riolu falou ofegante.

-2 segundos.

-Ah... Nossa... Que SUPER-RECORDE foi esse o meu. – Respondeu irônico.

-Relaxa... Quando você crescer vai ficar mais rápido... mais forte... mais tudo... Você sabe como funciona. – Ela respondeu, tentando consola-lo.

-Dane-se... Crescer demora...

-Olha a boca... – Ela falou com a voz um pouco baixa. – Sabe, seu pai era um Lucario, e você sabe disso.

-Sei. E daí?

-O recorde dele foi de... menos de 1 segundo. Se serve pra consolar você...

“Menos de um segundo... 0,9? 0,8? Isso é MUITO rápido...” – Riolu pensou e deu um sorriso.

-Ah... Esqueci de te falar... Você tem... Exatos 3 minutos pra ir até a Guilda.

-O QUE?????????? – Riolu gritou espantado. – PORQUE VOCÊ NÃO ME AVISOU?!? VOCÊ ME DEVE UM AMPHA-CAKE POR ISSO!!!

Mienshao deu um sorriso leve. Riolu saiu correndo em direção a cidade, onde ficava a Guilda. Mienshao voltou para sua casa pela porta dos fundos, que Riolu tinha ignorado antes. Ele foi até a sala e sentou-se em um monte de palha perto da mesa de centro.

-Se você pudesse ver como ele está hoje... Lucario... Você se orgulharia...

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