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Preto

Não sei onde ir, não sei com quem ficar.
As trevas reluzentes vem a me cercar.
Comendo a luz da esperança,
num mundo esquecido por deus.

O passado me condena.
Seus grilhões pesam meus pulsos.
Olhar o horizonte negro?
Não há como.

E no meio deste mundo em preto e branco
minha alma conduz uma tempestade.
Vermelho, a única cor que vejo, e está sair de meu peito.
Onde um dia repousara meu coração.

Eis então um último vislumbre,
uma alma perdida em cores tão lindas
e a cor rubrica sujas tua mão.
Palavras ouso tentar entender,
Mas o vazio de meu peito preenche minha insana mente.

As cores agora me rodeiam,
"não agora...", penso em desvaneio.
Assim a última cor toma conta de minha visão.

Preto.
Eis então a escuridão.