Poemas da Alma
Medo
Medo
Não importa para onde eu vá
Ou o que eu faça para não te ver
Você sempre consegue me encontrar
Onde quer que eu estiver nesse mundo
Mesmo que seja no lugar da Terra mais profundo
Você aparece, com seu olhar perverso
Pronto para me atormentar e rir de minha tristeza
Como se minhas lágrimas tivessem alguma beleza
Que te atraíssem loucamente
Tento correr, me esforço para fugir
Para o canto mais isolado desse universo
Fazendo com que você nunca mais me ache
Mas, caro medo, você sempre arranja um jeito
Já coloquei minhas mãos em cima de meu peito, assustada
Ao ver que você estava de volta
Já rezei para todas as entidades divinas, fiz de tudo
Porém, quando abro meus olhos, lá está você
Com sua lâmina para me machucar, abrir feridas em mim
Que nada é capaz de curar
Por que você me persegue tanto, medo?
Com tantas pessoas nesse planeta, por que me escolheu?
Não mereço ser sua vítima favorita, sou responsável, sou correta
Às vezes penso que eu deveria tentar ser mais discreta
Para que você não perceba que tenho muitas qualidades
E resolva me destruir, me corroer, como ama fazer
Com diversas pessoas que tem bom caráter
E que também sempre tentam fugir de você
E que sempre tentam escapar de suas torturas
Vá embora, medo! Não tenho nada a ver com suas amarguras!
Parece que quanto mais tento escapar
Você começa a se multiplicar
Como se você se fortalecesse com meu sofrimento
Às vezes consigo esquecer de você por alguns instantes
Mas você em poucos segundos volta a perturbar minha mente
Como uma assombração muito insistente
Que não se importa em incomodar os que não se importam com nada
E gosta de atormentar os que tentam dançar conforme a música
E que se esforçam para serem ótimas pessoas
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