Please Dont Ask Me Why
Revelações
Acordei com uma pequena mãozinha me sacudindo. Luisa. Ela me olhava com a Chupeta na boca e um ursinho na mão enquanto tinha seu rostinho molhado por lágrimas.
- Papai, eu tive um pesadelo. Não consigo dormir. – Disse a pequena coçando o olhinho. – Posso dormir aqui? Mamãe sempre faz cafuné quando tenho pesadelos.
- Claro meu amor, vem cá. – Peguei ela e deitei ao meu lado, a abracei e fiquei fazendo carinho em sua cabeça.
P.O.V – Brian
Senti algo me cutucando no braço, Luisa me pedindo para levantar, estava com fome. Olhei para o relógio e vi que eram 11 horas da manhã, se Larissa soubesse que deixei Luisa dormindo até essa hora me matava. Levantei e fui até o banheiro fazer minhas necessidades e depois fui até a cozinha e vi MacKenna, Suzi e Luisa sentadas na mesa e brincando com um jogo que julguei ser detetive. Sorri com a cena, pois era Suzi contra as outras duas. MacKenna parecia ter adotado Luisa como irmã.
- Suzi, você vai fazer almoço ou eu levo essa pirralha para almoçar em outro lugar? – Falei chegando perto delas e pondo a mão na cabeça de Luisa que segurava uma cartinha desajeitada.
- Tem uma lasanha que eu fiz no forno, logo ela fica pronta se quiser esperar – Disse desviando o olhar das cartas para mim.
- Beleza, nós almoçamos aqui então e depois eu levo o bebe para a mãe dela. – Disse pegando ela no colo e me sentando junto delas para jogar o jogo.
As horas passaram rápido depois do almoço e eu brincava com MacKenna e com Luisa até que senti meu celular tocar no meu bolso. Olhei o visor e vi que era Michelle. Atendi desanimado.
- Fala.
- Oi meu amor, a pentelha ainda está aí? – Disse “animadinha”.
- Não Michelle, e não chama ela assim. É minha filha.
- Eu falo como eu bem entender com ela, ela é igual à mãe. – Disse sem desdém.
- Ou seja...? – Ela não pode falar assim da Luisa, claro que não.
- Uma pirralha fresca e chata. Eu não quero mais cuidar dela Brian, e muito menos quero que ela vá morar com nós.
- Ela não vai mais morar com você Michelle, você não vai precisar cuidar dela. – Eu falei decidido, é claro que ela não iria aceitar de primeira o que viria a seguir, mas tanto faz. Encheu o saco a ouvir falando isso sempre dos meus amigos e agora da minha filha.
- Ah que ótimo amor, desistiu da guarda? E nem me falou? – Falou comemorando.
- Não, eu não desisti de cuidar dela, desisti de me casar com você.
- O QUE? Você está terminando comigo? Por telefone? Como assim? O que aconteceu? – Michelle agora estava desesperada. Eu não daria o dedo a torcer.
- Eu não te devo explicações agora. Conversamos outra hora. Minha filha precisa de mim nesse momento. Tchau. – Desliguei assim.
- Terminou com a Michelle? – MacKenna perguntou atenta, mas sem parar de brincar com a pequena.
- É, feliz? – MacKenna não gostava de Michelle já que a maior sempre dava um jeito de fazer com que ela ficasse longe de mim.
- Muito, foi a melhor coisa que tu fez. – Sorriu e sorri junto. Luisa tinha um sorriso no rosto.
- Pode ser. Bom, eu vou levar a Luisa para casa, já são cinco horas, a mãe dela vai ficar louca. – Disse me levantando e pegando Luisa no colo.
- Tá, tchau bebê. – Disse dando um beijo na Luisa que fez uma careta. Sorri e fui me retirando, durante o caminho eu brincava com Lu cantando ou fazendo piadinhas, ela caia sempre na risada.
Chegamos ao apartamento de Larissa e logo subi, o porteiro já me conhecia então é sempre melhor. Bati na porta do apartamento e logo revelou uma Larissa com cara de sono, uma blusinha regata, um short e um chinelo. De certa forma estava acabada.
- Oi. – Disse um pouco sem graça. Olhei direito para seu rosto, ela parecia triste. Deu um sorriso um pouco forçado, mas feliz por ver a filha. Pegou-a no colo.
- Olá. – Beijou o rosto da filha e entrou dando espaço para que eu fizesse o mesmo.
- Posso falar com você um pouco? Prometo não demorar. – Falei olhando para ela.
- Tudo bem. Filha, vai pro quarto ok? O tio Zacky te mandou um presente, vai lá ver. – Larissa disse e a pequena saiu correndo. – Então, pode falar.
- Eu não vou mais brigar pela guarda da Lu. Mas isso não quer dizer que eu desisti de criar ela. – Disse olhando para ela, estava mais leve.
- Como assim?
- Eu quero cuidar dela junto contigo. – Cheguei mais perto dela que parecia assustada. – Qual é, eu te amo, isso é fato e eu não quero mais esconder isso. Já chega. Sei que é estranho, mas eu só quero ficar contigo. – Pus a mão em seu rosto, ela fechou os olhos e fez uma cara um pouco estranha, parecia pensar.
P.O.V. – Larissa
Quando Brian tocou meu rosto senti meu estômago revirar e algumas lembranças invadiram minha cabeça, me lembrei da primeira vez que nos beijamos, eu devia ter 15 anos, uma pirralha. Alias, era isso que eu era e não passava disso, eu queria ficar com um dos melhores amigos do meu irmão que por sinal era famoso e eu tinha acabado de perder os meus pais.
Flashback on
Já era noite na Califórnia e os garotos todos estavam na minha casa e do meu irmão, já era costume. Todos estavam na sala jogando algum jogo no PS e eu estava no meu quarto concentrada em algum caderno tentando estudar, mas como sempre as conversas eram mais altas, e eu não sei de onde o Zacky consegui rir tão alto.
- Pequena, por que não vem com nós? – Olhei para a porta e vi o senhor dos meus devaneios de menina adolescente encostado na porta e olhando para mim. Ele gostava de matar todas, Senhor Synyster Gates, sempre lindo.
- Para os vagabundos de plantão amanhã é domingo, mas para estudantes dedicados amanhã é mais uma segunda feira fodida com prova. Nesse caso, os vagabundos são vocês que jogam vídeo game e a estudante sou eu. – Disse levantando para esticar as pernas e indo fechar a porta para poder estudar melhor. – Agora, você pode voltar para o seu vídeo game e me deixar estudar. – Falei sorrindo enquanto tentava fechar a porta, mas algo me impediu, logo vi que Syn tinha colocado seu pé entre a porta me impedindo de fechá-la.
- Ah, muito bem menina, estudar é legal e eu posso te ajudar. O que vai ser? Matemática ou História da Música? – Falou entrando no meu quarto e fechando a porta. Logo em seguida se jogou na minha cama e fez uma pose enquanto me olhava sorrindo.
- Não existe uma matéria “História da Música” no meu colégio, e se tivesse eu não iria estudar contigo. – Disse rindo enquanto cruzava os braços olhando para ele.
- Ah malvada, eu sou um bom professor, por que você não acredita? – Fez beicinho o que me fez cair na gargalhada.
- Brian, é sério, eu preciso estudar. Cai fora daqui. – Disse olhando séria. Mas PQP, como ele era lindo com essa carinha.
- Mas eu te ajudo, sério. Eu posso fazer o que você quiser. – Disse agora levantando e vindo na minha direção.
- Duvido que você saiba o que eu quero.
- Ah, se eu fosse você eu não duvidaria. Sabe que eu não costumo perdoar. – Disse agora perto de mim e me olhando sedutor.
- Ah – Disse perdendo o fôlego, não tinha mais o que falar. Ele pôs a mão no meu pescoço e roçou seus lábios aos meus.
- Ainda está duvidando de mim? – Disse. Droga, perto de mais. E ele adivinhou.
- Ainda não fez nada. – Feito. Logo não restou mais espaços entre nossas bocas, o beijo começou um pouco rápido. Ele queria mesmo me desafiar. Ele se afastou pouco e disse:
- Acertei? – Olhou diretamente em meus olhos. Não consegui falar nada, apenas o olhei e silabei:
- Sim. – Ele sorriu e voltou a me beijar. Ouvi o barulho da porta se abrindo e meu irmão gritando alguma palavra, mas eu estava fora de mim e não ouvi.
Flashback off
Brian chegou mais perto e então me beijou.
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