A cabeça de Crowley nimbava de tantos pensamentos confusos. Como ele poderia estar apaixonado de verdade? Bem, admitia gostar um pouco das roupas antiquadas, dos incríveis olhos azuis e do modo como ele apreciava a comida.

Gostava até do contato tímido da boca dele em seu pescoço quando, a cada sete dias, tomava uma quantidade irrisória de sangue.

“É uma maldição, não preciso de muito”, dissera o vampiro.

Levou o mocha aos lábios, mas o café acabara. Suspirou. A cabeça ainda cheia de Aziraphale.

— Problemas amorosos? Deveria desculpar-se. — aconselhou Anathema, a dona do Horoscoffe.

Como aquela mulher sempre sabia tudo?