Perfect Lady

Pra ser uma Dama, você precisa...


“Não vou tolerar o mínimo erro que cometer, portanto, não tenha a audácia de me desobedecer.” – Reiji Sakamaki.

O olhar penetrante de Reiji Sakamaki fitava o seu sem desviar nem um mero instante. Parecia ler o fundo da sua alma, ler seu espírito e até sua mente, na verdade é como se a despisse inteira. Era impossível não sentir calafrios castigando sua espinha, aquele homem tem o dom de dominar; te deixar à mercê apenas com aquelas orbes.

Mas você não recuou. Continuou firme devolvendo o olhar com dificuldade. A presença do vampiro é fatal. Especialmente para seu coração que o pertencia secretamente, pois fazes questão de ocultar isso. Porém aquele homem a deixava louca; hipnotizada. E com uma simples pergunta, você tem a oportunidade de experimentar a sensação de ficar ao seu lado sem que denunciasse seus sentimentos, porque assim, além de aquietar sua fome de amor, teria Reiji lhe dedicando a atenção que sempre esperou; teria Reiji só para si, ou quase. Apenas faltava a resposta que daria essa chance.

— Então, há entre os humanos, a tradição de comemorar o dia de seu nascimento? — Indaga ele sentado calmamente em uma das poltronas de seu dormitório. E também interrompendo a incômoda troca de olhares, para seu alívio. Não é possível ficar muito assim sem sentir um pouco de nervosismo. — Coisas assim são patéticas para nós imortais. — Inqueriu com sarcasmo. — Mas tenho que admitir, sua sugestão é interessante.

Seu corpo é dominado pela surpresa. A situação era a seguinte: era aniversário do segundo filho mais velho dos Sakamaki. Você soube através de uma conversa simples naquela mansão. E rapidamente um plano se acendeu como uma lâmpada em sua cabeça. Dar um presente à ele. Mas o que Reiji ia querer? Se lembrando de uma coisa que o homem dissera, surgiu a ideia.

"Que tal você me ensinar a ser uma dama? Digo, você sempre me critica por tudo. Então pensei que isso te deixaria feliz."

E aqui estavam ambos com seus próprios pensamentos. Até ele novamente encarar seus olhos com um sorriso de canto.

— Está certa dessa sugestão sem sentido? — Questionou Reiji enquanto você afirma prontamente. Ele se aproxima de sua pessoa com aquela expressão atrevida esboçando seu rosto. Perto. Ficaram perto demais. — A única coisa que você deve saber, não vou tolerar erros. Que fique bem claro.

Alertou com um timbre mais que autoritário. Suas palavras, duras e ameaçadoras. Aquele homem sabe como te controlar. Mas sua mente estava preparada pra isso. Caso contrário, nunca ia propor algo assim. Você queria Reiji. E iria tê-lo.

Foi por isso que não se moveu quando suas presas perfuraram seu pescoço enquanto seus corpos sentiam o choque entre as temperaturas de seus sangues. Seu rosto esquentou em segundos. Uma das mãos dele agarrou sua cintura a puxando repentinamente. Enquanto uma sensação de puro êxtase te deixava com prazer neste ato sádico, ao mesmo tempo, sua consciência falhava.

— Espero que tenha entendido. Não irei explicar novamente. — Reiji sussurra ao pé de seu ouvido com uma voz cheia de sedução. — E agora, saiba que não terá volta em sua decisão.

Sua mente já embaralhada, absorve aquelas palavras sem preocupação.

— Eu sei... — Você murmura quase desfalecendo e caindo nos braços do vampiro. — Mas não vou me arrepender.

Quem disse que você quer uma volta nisso tudo? Iria aproveitar cada segundo, cada punição dada por aquele homem.

Reiji era seu e você, dele. Os dias se passavam com lições estranhas; regras rígidas; punições severas, mas deliciosas. Dor era inevitável em seus atos. Porém, se tivesse que suportar isso em troca de sentir diariamente o aroma de seu perfume a extasiando, valia a pena. Todavia, à cada dia, as repreensões diminuíam, dando lugar a gestos mais suaves. Os toques de sua pele gélida, esquentavam a sua. As palavras sarcásticas e irônicas vinham acompanhadas de abusadas e atrevidas e uma pitada de perversão. As coisas que Reiji ensinava não eram mais tão anormais. E de acordo com ele, você realmente estava se tornando uma dama.

— Assim? — Você pergunta à Reiji, que ajeita seus óculos como de costume e a avaliava enquanto arrumava as flores nos vasos da casa. Seu olhar era sério, mas calmo e pacífico.

— Bom. — Elogiou sem desfazer a expressão e começou a caminhar para seu próprio quarto. — Mas hoje, irei te ensinar uma lição diferente. Por favor, me siga.

Após adentrarem o cômodo, você ouve um estalo da fechadura se fechando. Reiji olha fixamente e caminha até você, te encurralando contra a parede fria. Sem enrola, sua boca encontra com a dele, se encaixando de um modo desajeitado. Suas mãos agarram o pescoço do vampiro de imediato. Não demora para chegar a vez das inevitáveis mordidas.

Primeiro o pescoço, depois o colo, depois acima dos seios.

Cada mordida, seu coração descompassava, seu sangue aquece, seu rosto ferve. E ele sabia disso.

— Você... Se tornou uma dama mesmo. — Disse Reiji. Sem ironias, sem palavras que machucam e irritam. Parecia... Gentil. — Entretanto... — Ele te arrasta para perto da cama e simplesmente te joga nela. O corpo dele sobrepõe o seu. Uma de suas mãos passeia por seu rosto. — Para ser uma dama perfeita, há mais uma tarefa que precisa aprender.

Um beijo quente de línguas atrevidas.

— Eu vou te ensinar, da minha maneira.

Não precisa ser muito inteligente para saber o que iria aprender naquele quarto.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.