Capitulo 20: Fim

XENA

Entrei no salão onde seria a cerimonia, com Téssalia, ela parecia mais nervosa que eu. A decoração estava magnifica, flores brancas e vermelhas em todas as mesas. Prestei mais atenção na decoração que nos muitos convidados que faziam reverencias. Para mim a maioria deles é insignificante. Caminhamos até o altar de ébano no meio do salão, a sacerdotisa do templo de Atena já estava lá em pé esperando, vestia uma túnica branca reluzente. Subi no altar com Tessalia, ela ficou um pouco atrás da sacerdotisa, virei-me para observar o salão, eram mais convidados do que eu imaginava, Amadeus estava na mesa mais próxima do altar com sua noiva, sorriu e piscou um olho, acenei com a cabeça, mantendo minha usual rigidez.

Fiquei alguns minutos no altar esperando analisando as coisas para tentar passar o tempo, Gabrielle estava demorando muito, comecei me preocupar, eu estava suando, Téssalia percebeu meu nervosismo, aproximou-se de mim e falou baixinho no meu ouvido.

— Está tudo bem Xena, é normal à noiva se atrasar.

— Não é normal para mim.

Todas essas tradições ridículas me cansam. O volume da musica aumentou, olhei para a entrada do salão, os convidados se levantaram, Gabrielle entrou com Lila e nossa filha. Melina segurando a calda do vestido branco e Lila de braços dados com Gabrielle. Controlei-me para não chorar de emoção na frente de tantas pessoas, olhei-a se aproximar de mim, tão linda, parecia andar em câmera lenta, ela subiu no altar majestosamente, ficou de frente para mim, seus olhos lacrimejavam, viramo-nos de frente para a sacerdotisa, ela começou falar...

— Em nome de Atena, eu as declaro casadas.

Olhei para Gabrielle contendo um pouco minha emoção, lagrimas de felicidade escorriam pelo rosto dela.

— Eu te amo.

Eu queria dizer tantas coisas a ela, tentei reuni tudo apenas nestas três palavras.

— Eu te amo Xena.

Beijei-a suavemente, os convidados aplaudiram, notei que até os soldados, estavam emocionados e no altar todos choravam, menos eu e a sacerdotisa.

— Que Atena abençoe vossa união.

Sorri para a sacerdotisa. Fiz um sinal para os músicos.

— Vamos começar a festa!

Beijei Gabrielle de novo, peguei Melina no colo.

— Minha filha.

Segurei a mão de Gabrielle, olhando-a nos olhos.

— Nossa filha.

Abraçamo-nos. Desci Melina do meu colo, Gabrielle se agachou para falar com ela.

— Pode comer o doce que quiser Melina, essa festa também é sua.

Melina sorriu animada.

— Obrigada mãe.

Saiu correndo para a mesa, se juntando as outras crianças. Téssalia se aproximou de nos, secando as lagrimas.

— Eu estou tão feliz por vocês.

Ela nos abraçou.

— Eu quero te agradecer por tudo Téssalia, você é muito importante para mim e para a nossa historia.

Téssalia voltou a chorar, abracei-a de novo. Falei baixo no ouvido dela.

— Isaias não para de olhar para você. Quem sabe o próximo casamento não é o seu.

Ela corou, sorri do seu constrangimento. Olhei para o lado, Gabrielle estava abraçada com Lila, aproximei-me delas, esperei romperem o abraço. Olhei para Lila, pela primeira vez ela parecia não estar com medo de mim. Abracei-a, ela se surpreendeu, seu corpo ficou prostrado, estava apavorada, falei apenas para ela ouvir.

— Não tem motivos para ter medo de mim. Nunca te machucaria.

Afastei-me sorrindo, ela estava um pouco desconfortável, mas devolveu o sorriso. Gabrielle assistia a cena admirada, segurei a mão dela.

— Quer dançar.

A festa seguiu-se até o meio dá noite, Melina já tinha ido dormir, eu estava ansiosa para ir para os nossos aposentos ficar com a minha esposa. Peguei a taça de vinho que uma serva ofereceu, não estava bebendo tanto, queria viver todas essas emoções e me embriagar apenas dá felicidade que estou sentindo, fiquei observando Gabrielle conversando com Isaias, sorrindo e sendo simpática com o senhor e com a filha dele. Decidi juntar-me a ela, acho que o amor me deixou um pouco mais sociável. Assim que perceberam minha presença, fizeram reverencia, Gabrielle me olhou e segurou minha mão sorrindo.

— Parabéns pelo casamento senhora conquistadora.

O mestre de armas falou formalmente.

— Está tudo tão lindo.

A filha dele completou, inconscientemente, abaixou a cabeça. Tentei lembrar-me o nome dela.

— Obrigada Isaias. Obrigada a você também Ágata.

Todos ficaram surpresos quando falei o nome dela, Ágata sorriu feliz por eu ter lembrado seu nome, Isaias ficou orgulhoso, e Gabrielle pareceu brava. Despedi-me dos dois, caminhei para o meio do salão de mãos dados com Gabrielle, ela não falou nada.

— Está tudo bem?

Eu já desconfiava o motivo desse mau humor repentino dela.

— Qual sua relação com a filha de Isaias?

Ela tentou não demonstrar o ciúme.

— A conheci hoje, ela fez alguns ajustes no meu vestido.

Acho que usei mal as palavras, Gabrielle se afastou um pouco.

— Não acredito que está com ciúme no dia do nosso casamento. Eu só falei com ela, uma vez, tentei ser simpática.

Falei sorrindo.

— Não é ciúme.

Ela estava um pouco ressentida. Aproximei-me, acariciei a nuca dela sensualmente, abraçando-a.

— Eu te amo, não tem motivos para ciúme. Minha esposa.

Beijei-a, ela se entregou esquecendo-se dos convidados, rompi o beijo vagarosamente. Ela me olhou excitada.

— Vamos para os seus aposentos.

Acariciei o rosto dela.

— Nossos aposentos.

Despedimo-nos dos convidados mais importantes e entramos. Abri a porta do quarto de Melina, ela não estava lá, olhei para Gabrielle preocupada, ela entendeu meu olhar como uma pergunta.

— Ela está dormindo no quarto de Téssalia, achei que seria melhor assim para aproveitarmos a noite.

Gabrielle caminhou até mim, sorrindo maliciosamente. Levou-me até a sala de banho, a tina estava preparada, cheia de pétalas de rosas vermelhas. Ela tirou a roupa devagar, sabendo que eu estava olhando-a, entrou na tina se insinuando, eu estava praticamente hipnotizada.

— Xena, tira a roupa, e vem.

O tom de voz autoritário dela excitou-me ainda mais, tirei a roupa e entrei na tina rapidamente, beijei-a.

— Eu te amo tanto Xena. Ser sua esposa me deixa tão feliz.

Ela estava emocionada.

— Gabrielle eu também te amo, você é melhor do que tudo que eu já sonhei. Ter você ao meu lado é mais valioso para mim que todo o império Grego.

Beijamo-nos com paixão, colocando toda a emoção que sentíamos nesse beijo. Ela afagou meus seios, suas mãos molhadas acariciando-me assim casou-me um frenesi. Puxei seu corpo para cima do meu, ela enlaçou minha cintura com as pernas, desci minhas mãos pelas costas dela, chegando ao seu glúteo e apertando, ela gemeu baixo próximo ao meu ouvido, senti meu corpo se aquecer ainda mais, levei minha mão ao sexo de Gabrielle, afagando-o devagar, penetrei-a com dois dedos, ela gemeu mais alto, levou os lábios ao meu pescoço chupando fortemente, ela parecia querer deixar-me marcada, fiz o mesmo nela, também quero que saibam que ela é minha, agora oficialmente. Movimentei meus dedos dentro dela, Gabrielle começou mexer o quadril mais rápido, pressionando-se a mim, seus gemidos me indicaram que ela estava perto do clímax. Observei todas as expressões de seu rosto, a vi fechar os olhos.

— Olha para mim amor.

Ela abriu os olhos estavam escurecidos pelo desejo. Segurou-se a mim e se entregou ao prazer, seu corpo tremeu, retirei os dedos de dentro dela, sua umidade se misturou a agua. Peguei-a na no colo, e levei-a a cama deitamos, ela ficou por cima de mim, sua pele estava um pouco vermelha, beijou meu corpo calmamente, torturando-me, beijou meus lábios, enquanto acariciava meus seios.

— Xena.

Sussurrou meu nome sensualmente, passou a língua na minha orelha, um arrepio tomou conta de todo meu corpo, gemi, ela parecia querer que eu implorasse. Não resisti mais.

— Gabrielle, por favor, amor.

Ela sorriu lascivamente, desceu seus lábios ao meu sexo, acariciando meu clitóris com a língua devagar, empurrei a cabeça de Gabrielle mais contra mim, ela não aumentou o ritmo de seus movimentos, senti meu corpo se contraindo, gemi, tentei recuperar o ar, Gabrielle continuou as caricias com a boca, penetrou-me com dois dedos, movimentando-os dentro de mim, não demorei muito para atingir novamente o clímax.

Amamo-nos até o dia clarear, o que não demorou muito.

— Nosso casamento foi o mais lindo de todos. Você não acha?

Ela perguntou sorrindo emocionada.

— Eu nunca fui a outro.

Gabrielle ficou incrédula.

— Não tem problema, eu sei que foi.

Sorri e beijei-a suavemente, estava exausta demais para reacender o desejo entre nós, deitei-me novamente, ela continuou.

— Em breve será o casamento de Amadeus.

Realmente em algumas luas Amadeus se casará, estou muito contente por ele. Gabrielle não esperou eu dizer nada, perguntei-me se a animação dela é mais pelo vinho que bebeu ou pelo casamento.

— Você percebeu o tanto de casais que se formaram no palácio nesse verão, eu e você, Lila e Pérdigas, Amadeus e Eleonor. Quem você acha que vai se casar depois de Amadeus?

— Acho que Isaias e Téssalia.

Sorri, ela ficou surpresa.

— Eles são um casal?

— Em breve serão, tenho certeza.

Sorrimos, acariciei a face dela carinhosamente.

— O que acha de dormirmos um pouco?

Ela assentiu com a cabeça e se deitou no meu ombro.

— Acho que tudo que aconteceu até agora também é uma benção de Afrodite. Eu estou me sentindo realizada. Amo você e Melina, mais que tudo, estou plenamente feliz.

Beijei a testa dela.

— Também me sinto realizada, é tão bom ter finalmente alcançado algo que vale realmente a pena. Sempre lutarei para proteger nossa família. Eu te amo.

— Eu também te amo.

FIM.