Perdoa por eu não conseguir te perdoar?
Eu realmente te amo...
ELE não me quer ? ELE cansou de esperar ? Tremi. A Lôh novamente retornou ao meu campo de visão, ao lado DELE, Cleyton. Meu coração disparou. Eles se encontravam a mais ou menos dois metros de distância de mim e da Estê.
– É ela. – Disse apontando pra mim. ELE olhou.
– Não, de boa. – soou como uma facada no coração, uma facada no coração vinda do anjo mais lindo que eu já vira em toda minha vida. Aí ele simplesmente virou de costas, e saiu. O sinal bateu. Eu fiquei em choque, não conseguia me mexer. Ouvia murmúrios sem sentido voltados pra mim. Aí eu não pensei em mais nada e simplesmente corri até ELE. Alcancei-o na porta da sua sala.
– Elas inventaram tudo, não quero que pense mal de mim.
– De boa. – Dizia ELE rindo, mas ao mesmo tempo sem graça.
– Desculpa mesmo. – Disse por fim deixando-o pra trás. Pessoas por perto me fitavam. Algumas rindo, outras apenas curiosas.
2 meses depois
Todo dia eu o via. Alias, quase a toda hora. Às vezes quando eu passava perto DELE, ELE parecia conversar algo com os amigos, olhar pra mim, e rir.
Acabei me focando nos estudos e me saí muito bem.
Por fim desculpando as meninas. Eu não conhecia mais ninguém mesmo.
Na sala de aula esse era o nosso “grupo”: Eu, Thiago, Estê, Lôh e Matheus. Também entrara um guri novo na sala chamado Lucas. Às vezes ele vinha conversar com a gente. Há boatos de que ele gosta de uma menina do nosso grupo, ainda não sei quem.
Ultimamente tenho pensado num jeito de reverter minha situação com o Cleyton. ELE realmente me faz falta. Sinto falta de olhar pra ELE e ser retribuída sabe ?
– Eu acho que vou fazer uma loucura. – Murmurei tão baixo que não sei como as meninas (Estê e Lôh) foram capazes de me ouvir.
– O que ? – Perguntaram.
– Eu vou falar com o Cleyton.
– Falar o que ? ELE te deu um “mór” fora. – tremi. É verdade, mas a culpa foi principalmente sua. Pensei comigo mesma.
– Eu não vou falar sobre isso com ELE. Vou tentar falar sobre outros assuntos. Pra pegar amizade mesmo.
Expliquei tudo pra elas, e na hora do recreio falaríamos com ELE.
Em tese tudo bem. Mas na verdade a coragem demorou “um pouco” a surgir. Ficamos bastante tempo somente andando atrás dele, e duvido que ELE não percebera.
Parece que o horário do recreio passou mais rápido que o normal. O sinal batera, e não falamos nada com ELE. Até que quando ELE estava a caminho da sala resolvi tomar coragem.
– É agora. – Disse, e fui seguindo-o à frente delas.
– Cleyton ? – Chamamos em coro. ELE não olhara pra nós. – Cleyton ? – Chamamos de novo mais alto. ELE parara no meio do corredor nos fitando. Eu tremia absurdamente.
– A gente não se apresentou pra você não é ? – ELE sorriu. Perdi o fôlego. Agradeci a Lôh por falar algo, eu não conseguiria. Minha voz falharia. – Estefania, Lorrayne e essa – Disse me empurrando um pouco pra mais perto DELE – é a Anne.
– Anne. – Murmurou ELE baixinho. Elas riram. Eu tremi. – Passa o seu MSN ? – Disse gesticulando seu celular pra mim. Fitei-o por meio segundo incapaz de entender, ou mesmo de raciocinar.
– Anne ? – Estê. Agarrei o celular com força. Merda. Pensei comigo mesma. Porque ELE me afeta tanto ? ELE me olhava, eu tremia. As teclas do celular DELE pareciam ter diminuído e se transformado em três. A Lôh pegou o celular da minha mão e eu agradeci mentalmente. Ela anotou o MSN de nós três e devolveu pra ELE.
– Valeu. – Disse virando de costas e seguindo novamente pra sala. Se os amigos DELE não estivessem olhando, juro que tentaria sair gritando. Mas o máximo que conseguiria era dar um passo e desmaiar.
O restante das aulas pareceu passar rapidamente. Mal via a hora de entrar no MSN pra falar com ELE à sós.
À noite no meu quarto eu entrei e ELE já estava online. Fiquei na expectativa de ELE puxar conversa por alguns segundos. Nada. ELE não me chamara. Foda-se, pensei. E comecei.
Anne:
Ooi *-*
DJ L.
Oi
DJ ? Pensei. Uau. ELE não dissera mais nada. Tentei puxar assunto.
Anne:
Você é DJ ?
Burra, idiota. Não, esse é o sobrenome DELE, só pode. Que vontade de me socar.
DJ L.
Sim, toco já a um ano e meio.
Mas deixa eu falar com você.
Meu coração parecia não se decidir em parar de bater, ou me infartar.
Anne:
Pode falar.
ELE demorara uns dez minutos pra dizer algo. Estava ficando preocupada. O que ELE queria ?Arrisquei.
Anne:
O que você está fazendo ?
DJ L.
Eu estou pensando em você.
Não achei que fosse acontecer, mas estou começando a curtir você.
Anne:
Sério ?
DJ L.:
Sim. Só acho não é uma coisa muito boa.
Anne:
E porque não ? Você já deve ter reparado que eu curto MUITO você.
DJ L.
Você pode ficar mais comigo no recreio ? Eu reparei que ando ficando triste sem te ver.
Anne:
Claro.
DJ L.
Posso te perguntar mais uma coisa ?
Anne:
O que quiser.
DJ L.
Foram suas amigas mesmo que inventaram que aquele dia você queria ficar comigo ?
Parece que eu havia desaprendido a respirar. Não conseguia pensar em mais nada.
Anne:
Sim.
Eu não queria que fosse daquele jeito. Eu queria conhecer você primeiro. Mas de qualquer forma, você me deu um baita fora.
DJ L.
Vocês estavam me seguindo hoje né ?
Anne:
Você reparou ? dhisuadhuiasdhhaudh
DJ L.
Sim =P
Ficamos conversando asneiras durante mais um tempo. ELE era realmente fantástico. Deve ser sonho, só pode. Cleyton, eu realmente te amo. Pensei.
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