Percy Jackson E Os Signos Da Luz
Capítulo 4 - Acampamento Meio Sangue
Capítulo 4 – Acampamento Meio – Sangue
A N N A B E T H CHASE
Aquele som resoou devido à quietude do lugar.
O refeitório naquele momento já deveria estar esvaziando e acho que esse foi um dos motivos para ter ouvido tão bem.
–Annabeth.
O sussurro dele me deixou meio sem reação. Eu como filha de Atena sempre demonstrei ser forte, eu precisava ser pelas coisas que enfrentava, mas, naquele momento eu simplesmente não sabia o que fazer.
Pensando bem, o desejo de observa-lo era maior que o meu orgulho, e ele sussurrara meu nome, devia ter me reconhecido mesmo na inconsciência.
Não posso negar, aquilo me fez bem.
Com cuidado me aproximei para observar o rosto dele, e me assustei ao das de cara com duas esmeraldas.
–Olá Annabeth. – ele disse, não parecia mais adormecido, e sim bem disposto.
Eu não consegui responder, e quando ele impulsionou o tronco para cima ficando ereto, eu me afastei alguns passos.
Ele me olhou com a sobrancelha arqueada e deu um sorriso de escarneo.
Não era o meu sorriso, mas vê-lo assim ainda fez meu coração bater mais forte.
–Ora, não recebo nem as boas vindas mais? – Ele perguntou ficando de pé e limpando a calça, batendo na parte de trás para tirar a poeira.
Percebi a bandeira que estava dando, e forcei minha fachada fria a voltar.
–Olá Jackson. – Falei simplesmente me virando de costas, pronta pra sair dali, mas a mão dele segurou meu braço, e diante de seu toque frio me senti arrepiada.
–Annabeth, espera ai... –Ele me olhou suplicante e agora sorria verdadeiramente, e se aproximou roçando os labios nos meus.
Eu também senti. Foi o que tive vontade de dizer, mas eu tenho amor próprio e meu orgulho foi maior novamente.
–Acho que esta me confundindo com as filhas de Afrodite – falei puxando meu braço e o sorriso dele murchou, dando lugar a uma expressão indiferente.
–Tudo bem, acho que vou procura-las então. – ele disse duramente e pegou a mochila jogando sobre os ombros – Foi um prazer revê-la senhorita Chase – completou e eu o olhei meio assustada – nos vemos mais tarde... Ou não.
Ele começou a ir em direção ao acampamento novamente e eu o observei um pouco antes de a razão voltar e meu cérebro pareceu pulsar com questões.
–Por que voltou, Perseus? – Disse alto e ele nem se quer se virou para responder. Ficamos em silencio até que ele se mexeu virando apenas a cabeça.
–Logo você vai saber, filha de Atena. – disse firmemente e foi em direção ao chalé numero 3.
Dei um passo a frente para segui-lo, mas meu pé afundou em algo grudento.
–MALDITA HERA! – esbravejei vendo mais um dos presentinhos que a vaca dela havia deixado ali. Sacudindo o pé fui em direção ao banheiro tomar um banho.
P E R C Y JACKSON
Aquele encontro com Annabeth me deixou instável, tudo que eu queria era sair dali, e fingir que ainda estava firme.
Ela deu um grito com raiva, e ao olhar pra trás percebi seu pé cheio de... bem, estrume.... Tenho que admitir, eu ri bastante.
Abri a porta do chalé de Poseidon e uma brisa agradável soprou, tinha cheiro de maresia e eu me senti em casa.
Joguei a mochila sobre a minha cama e me perguntei quem havia mantido o lugar em ordem.
As camas estavam feitas e os edredons pareciam ter sido lavados recentemente, tinham um tom bonito de verde água.
As paredes de pedras marinhas com conchas estavam meio brilhantes e do teto cavalos marinhos de metal resplandeciam na luz.
Os beliches estavam alinhados e a fonte de água salgada aparentemente fora consertada.
Entrei no banheiro que construíram na reforma para tomar um banho e tornar a dormir, amanhã seria um grande dia e eu teria que dar explicações a Quíron.
L Y R A CAMPBELL
Estava chegando, passei a noite toda na estrada, mas valera a pena, já conseguia ver a colina meio sangue. Nem pensei em desacelerar e passei direto subindo a colina.
Eu sabia que tinha uma barreira. Percy havia contado tudo, e digamos que não era a primeira vez que ouvira falar do acampamento, afinal de contas o instrutor era um conhecido do Líder.
Concentrei no local imaginando uma meia esfera envolta do local e foquei o meu poder ao lado do pinheiro.
Imaginei um espaço se abrindo e uma forte luz branca focou no lugar. Passei a 120 por hora ali e comecei a descida com um sorriso no rosto. O lugar parecia vazio então continuei rodando, mais devagar por ali. Ouvi ruídos um pouco a frente e me dirigi para lá.
É, eu deveria ter previsto que a essa hora eles estariam tomando o café.
Parei a moto atrás de uma grande mesa, a que estava virada para as demais. O pavilhão do refeitório estava cheio, e as pessoas olhavam para a moto cochichando.
Um barulho de cascos estava agora bem próximo a mim e eu vi Quiron se aproximar com sua parte de alazão branco resplandecente.
Tirei o capacete e sorri para ele que pareceu meio surpreso.
Senhorita Campbell! É realmente uma adorável surpresa tê-la aqui. – ele disse educadamente estendendo a mão e apertando a minha num cumprimento.
–É um prazer revê-lo Qui, esta incrível, como sempre! – sorri marotamente e ele ficou com as bochechas coradas.
Atrás dele o pavilhão parecia um caos. Eram cochichos e reparando melhor alguns meninos sorriam galantes e piscavam os olhos, mas quem eu queria ver não estava ali, e meu sorriso vacilou. O centauro percebeu.
–Algum problema, criança? – Ele sorriu e bateu os cascos nervosamente, desmontei da moto retirando a jaqueta de couro.
–Bom, eu vim aqui encontrar uma pessoa. – disse seriamente e uma menina apareceu ao lado de Quiron, era loira de cabelos cacheados e olhos cinzentos, ela parecia curiosa.
–Algum problema aqui, Quiron? – ela perguntou olhando para minha moto com a sobrancelha arqueada – achei que esse tipo de coisa deixasse de funcionar aqui dentro – ela sussurrou.
–Esta tudo bem Annabeth – meus olhos se arregalaram em surpresa, mas tentei me controlar. – essa é uma velha amiga.
–Nossa Quiron! Velha? Assim eu me sinto ofendida! – fechei a cara fingindo estar emburrada, mas logo sorri – E quanto a moto, meu irmão deu um trato nela, não é como as convencionais. – sorri.
–Então... Disse que veio procurar uma pessoa... – Quiron indagou olhando de esguelha para os campistas, mas uma voz interrompeu sua fala.
–LYRA!
Virei meu rosto. Entrando no pavilhão com uma camisa azul e calça jeans estava percy, ele sorriu pra mim e disse algo ao menino ao seu lado, que eu nem mesmo perdi tempo reparando e correu até mim.
A garota, Anna-algumacoisa fechou a cara.
Saltei sobre ele e o abracei com força, sorrindo. Os olhos de quiron pareciam prestes a saltar das orbitas.
–quando chegou aqui Percy? E de onde conhece a senhorita Campbell? – ele indagou confuso.
Percy sorria abertamente e me apertou em seus braços com força. Assim que colocou-me no chão, fechei minha mão e meti meu punho com força em sua cara. Ele cambaleou e esfregou o queixo enquanto eu balançava a mão. Annabeth parecia pronta para voar em mim, e o resto do povo estava gargalhando da cara de bobo do filho de poseidon.
–Qual o seu problema Lyra? – ele sussurrou algo como “soca como um titã” e sorri para Quiron – Cheguei ontem, temos coisas para resolver. E quanto a conhecer a “senhorita Campbell” – ele riu marotamente e eu revirei os olhos – passei a viver com ela. Você sabe onde.
O centauro parecia ter entendido bem as coisas, mas ainda estava meio confuso.
–quer dizer que, assim como ela você agora é um...
–Sim, eu sou como ela agora. – Ele afirmou e passou o braço pela minha cintura. –O que faz aqui? – sussurrou apenas para eu ouvir.
–Achou que se livraria de mim assim tão fácil? – ri em seu ouvido e ele bufou.
A filha de Atena estava vermelha.
–Bem, Essa é Annabeth Chase, Lyra. Annabeth, essa é Lyra Campbell. –Ele disse rapidamente e voltou-se para Quiron – ela vai passar um tempo aqui, e após o café vamos ter uma conversa séria com você. – O centauro assentiu e fez sinal para mim, para ir a mesa dele.
Percy seguiu para a de Poseidon, não sem antes piscar o olho pra mim e mandar um beijo. Eu ri, fazendo careta e ele revirou os olhos.
A garota loira parecia confusa, seus olhos cinzentos pareciam tempestades, ela marchou para uma mesa com pessoas com aparecia parecida a dela.
Subi para o lado de Quiron.
–Campistas, nós temos uma convidada um tanto quanto... Imprevista. Mas saudemos animadamente Lyra Campbell, antes que perguntem, ela não é uma meio sangue, por tanto não a encham de perguntas sobre progenitores.
Ele se sentou e eu cochichei rapidamente em seu ouvido.
A N N A B E T H CHASE
Aquela menina, quem ela pensa que é? Chega assim do nada como se fosse a rainha da cocada branca e age como se mandasse em tudo!.
Ela sentou ao lado de Quiron e começou a cochichar, ele parecia indessiso e até negou com a cabeça dando um sorriso culpado, mas trovões soaram no céu e a garota colocou a mão sobre o pulso sorrindo.
Quiron respirou fundo e Lyra caminhou para a mesa de poseidon.
Como ela fazia uma coisa dessas! É um desrespeito!
Percy pareceu impressionado com a atitude dela, mas sorriu, como nunca antes. Olhou para o pulso dela e juntos levantaram e saíram na direção dos chalés, ao passar pela minha mesa eles falavam sobre a cama que ela ficaria e eu pude ver que em seu pulso uma reluzente tatuagem de um tridente brilhava em verde água.
Mas, se ela não era uma semideusa aquilo só podia significar uma coisa, Poseidon a reclamou de outro jeito.
Como patrono dela...
Isso lhe daria acesso ao chalé. Ela dormiria com Perseus.
Senti meu sangue ferver
LEIAM AS NOTAS FINAIS POR FAVOR! By> Carollina Chase ^^
E você Lyra... Olhe sua caixa de menssagem please!
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