Per Tutta La Mia Vita

Capítulo 8: Mistério


Passou o dia todo patinando com Walter, ao fim do dia passaram na casa dele para ver sua mãe. Agora estava se sentindo em casa, seu melhor amigo a fazia sentir-se confortável mesmo longe de casa. Depois de muitos conselhos sobre a vida de ambos resolveram voltar para casa. Sempre fora assim, desde que conheceu Walter, por conversas no telefone ou pela internet, se entendiam mutuamente, embora muitos achassem que era um amor além da amizade que tinha, eles sabiam que a cumplicidade entre eles não passava de amizade verdadeira. Caminharam lado a lado pelas ruas de Verona sem muitos problemas.

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Meia hora encarando aquele bendito papel, cadê sua inspiração? Tudo que conseguia pensar era no gosto dela, e nela! Inferno! Quisera ficar longe e só fizera aproximar-se. Tamborilou os dedos na mesa nervosamente, e se deixou pensar nos momentos que passou com ela, poucos...

Estranhamente lembrou-se do presente que recebeu de uma mulher numa feira clássica da Itália. O coração. Lembrou claramente do que ela lhe dissera naquela ocasião.

Flashback

Entediado definitivamente! Sua mãe o arrastara consigo para aquela feira e não agüentava mais ver tantas coisas que não lhe interessavam.

Suspirou cansado e avisou a mãe que iria sentar-se numas das cantinas para comer algo. Sentou-se despreocupado e analisou o cardápio, uma mulher de idade se aproximou tranquilamente e lhe sorriu, devolveu o sorriso.

-Posso ajudá-la? –questionou curioso, ela negou ainda sorrindo.

-Pode se ajudar querido. – franziu o cenho confuso, mas antes que abrisse a boca para retrucar a senhora abriu sua bolsa e retirou um caixinha verde e lhe passou. Curioso abriu a caixinha e encarou a senhora que lhe sorria ainda mais.

-Não precisa procurar muito para se achar, é preciso ter paciência querido, muita paciência. Ela precisa senti-lo para vir em sua procura, não pode mudar o rumo das coisas, mesmo que queira... todos que tentam mudar sofrem...

-Senhora, eu não estou entendendo. - tentou devolver-lhe a caixinha ela se recusou.

- Não precisa entender agora, sinta...

- O que eu devo sentir?- perguntou sarcástico.

-O amor verdadeiro, precisa sentir-la, seu calmante... -ela falou com um olhar perdido, então se voltou rapidamente para ele. - Quando sentir abro-o e escreva no papel o que sente vontade...- ela lhe deu as costas antes que voltasse a questionar qualquer coisa, abriu novamente a caixa verde. Havia um coração verde esmeralda e algo dentro dele como um pedaço de papel virou-o e tentou abri-lo sem sucesso. O coração cintilava em suas mãos, perfeito...

Fim de Flashback

Por que estava lembrando-se daquele coração? Tentara abri-lo mais vezes, mas em nenhum momento conseguira e por fim deixou guardado em seu guarda-roupa, nunca entenderia o porquê de ter ganhado aquele presente.