Pelo Seu Amor

❤Esperanza ❤


Durante semanas Esteban não dormia direito, algo o incomodava, sentia Maria, mas não entendia muito bem o que era, quando entrava no quarto ele sentia o perfume de Maria. Uma tarde quando estava saindo do banho para voltar ao trabalho, estava enxugando os cabelos e ouviu a voz dela o chamando, a voz vinha do quarto ao lado. Ali seria o quarto da filha deles. Desde o acidente ele não deixava que ninguém entrasse ali ou que mexesse, ele entrou rápido no quarto, mas estava vazio.

Quanto ele se virou para sair viu que tinha algo na janela, se aproximou e uma borboleta linda, esta tentando entrar, se debatendo na janela para entrar.

Ele abriu e ela entrou e pousou no berço, quando ele ouviu o telefone tocar e foi atender.

E: Alô, sim sou eu, o que , mas como sim estou indo agora mesmo. – do doutro lado da linha uma pessoa o avisava que em uma ilha perto de Nayarit avisaram que encontraram sobreviventes do acidente. Ele desligou fez outra ligação e se arrumou e saiu.

Horas depois ele estava indo de barco para junto o com o Capitão Mendoza, que fora quem ligou para ele mais cedo e Luiz era a segunda ligação, Esteban ligou avisando e como era um amigo e padrinho de seu casamento com Maria, ele ligou avisando. Chegando lá foram levado para uma simples casa de pescadores, uma senhora os esperavam. Lá eles ouviram tudo que tinha acontecido com a aeronave, de como os pescadores encontraram as pessoas no mar, uma senhora de semblante cansado de idade avançada contava tudo para eles, era uma anciã da ilhota.

Senhora: Encontramos os dois homens segurando a moça, para que ela não submergisse, ela estava fraca demais, eles tinham ficado muito tempo na água fria. Quando os trouxeram para cá, um dos homens respirou fundo e logo morreu, estava fraco e desidratado o outro ainda requer cuidados. – Esteban a interrompeu tentando saber de Maria, mas ele continuava falando mesmo com ele nervoso. – A moça com a criança no ventre deu a luz naquele mesmo dia que a encontramos. – a senhora se levantou e foi até um quarto da casa entrou deixando-os ali e voltou com algo nos braços. – A moça deu a luz a Esperanza, ela estava fraca de tinha ferimentos profundos por conta da queda. - ela olhou para Esteban e entregou a pequena para ele.

E: Maria deu nome a nossa filha antes de morrer, ela se chama Esperanza, ela viu a filha antes de morrer? – perguntou para a senhora que fez um movimento afirmativo com a cabeça. - Minha filha minha Esperanza. - ele chorou abraçando a filha com carinho, a viu com os olhos lindos e abertos, os olhos era iguais ao de Maria, Esperanza era pequena, mesmo sendo cuidada pela senhora deveria ser levada pra um hospital para terem certeza que estava fora de perigo.

Ficaram um pouco mais na ilha, a senhora mostrou onde enterraram Maria e o piloto do helicóptero, Esteban não tirava os olhos da filha, a menina era linda branquinha como a mãe de cabelos claros, mas os olhos eram de Maria. Depois de confirmarem oficialmente as mortes Esteban, o Capitão Medonza e Luis voltaram para a reserva, dali as documentações foram encaminhadas.

Um funeral foi feito onde todos puderam se despedir de Maria, Esteban estava abatido, esmo tendo que cuidar da filha, ele sentia que seu coração tinha ido com ela e que nunca mais amaria alguém como amou Maria. O tempo se encarregou do resto, a vida seguia, as empresas de arquitetura de Maria e as empresas de construção San Roman se fundiram ser tormando um só, era o patrimônio de Esperanza no futuro. Alba e Marco Antonio estavam se entendendo, até pereciam um casal de namoradinhos, como dizia Esteban em jantares com eles.

Assim como Esteban foi criado e educado por sua tia Alba, Esperanza também seria, mas o pai estava sempre presente e pendente dela, a tia e o avô só cuidavam dela, quando Esteban estava trabalhando, ela fazia questão de cuidar da filha da sua Esperanza.

Esperanza crescia linda, sempre e que Esteban a olhava sentia a presença de Maria. Em uma tarde a pequena dormia nos braços do pai, quando uma borboleta pousou em seu berço, Esteban olhou e sorriu, Esperanza acordou.

E: Oi pequena, vem vamos trocar esse fralda e buscar seu mama, e depois vamos lá fora brincar no jardim, hoje do dia esta lindo. – Esperanza sorria querendo pegar o rosto dele, o cheiro do perfume de Maria invadira o quarto, e ele sorriu ao sentir que Maria estava ali novamente, todas as vezes que a linda borboleta azul adentrava ao quarto todos os dias.

E: Esta vendo pequena a mamãe veio nos ver, ela veio ver como você esta linda a cada dia e como você esta crescendo, ela sempre vem nos visitar, ela sempre vem. – beijou a testa da filha que sorria e tentava pegar a borboleta.

Fim.