Pegando Um Famoso

Capítulo 5 - 100 monkeys


Chegamos ao pub que a banda iria se apresentar um pouco atrasados. Sentamos em uma mesa perto do palco, enquanto Peter pedia nossas bebidas puxei Marieta em direção ao palco a fim de encontrar Jared e lhe desejar boa sorte.

- Jared. – Sorri em sua direção enquanto ele afinava seu baixo.

- Malu. – Ele sorriu e veio em minha direção e me abraçou, seu cheiro era tão bom. – Que bom que você veio, pensava que iria furar comigo. – Ele piscou.

- Eu prometo o que eu cumpro. – Sorri. – Essa é Marieta, uma amiga minha.

- Prazer. – Ele sorriu quase despindo Marieta com os olhos.

- Igualmente. – Ela sorriu envergonhada.

Jared era muito mais safado do que eu pensei, sorri com a minha ingenuidade.

- Nós vamos nos sentar. – Sorri para ele. – Bom show.

- Me espere no fim. – Ele piscou e subiu novamente no palco.

- Que safado. – Marieta bufou falando em português. – Ele quase pulou no seu decote. – E riu.

- Não só no meu. – Pisquei para ela e voltamos para a mesa.

Peter já estava conversando animadamente com Dulce e Adam que tinha acabado de chegar. Enquanto Marieta zuava com o nosso mais novo casal de amigos formados a banda começou a tocar, e tenho que admitir o toque solo daquela guitarra era sensacional. A primeira música que tocaram foi um cover, ‘’All my Loving’’ dos Beatles, e fez meu coração palpitar, mas foi quando eu ouvi a doce voz no microfone que eu perdi meu chão.

Era ele. Jackson Rathbone. E como assim ele estava cantando? Será que esse homem um dia iria parar de me encantar? Sorri quando seus olhos encontraram os meus e eu pude perceber sua cara de confusão. Ele estava incrivelmente sensual, com um chapéu panamá em sua cabeça, e aquela blusa semi aberta, o seu charme natural de nativos de Cingapura tomou conta de todo o pub, todos só tinha olhares para banda. Eles eram excepcionais.

- Malu. – Dulce falava em meu ouvido. – Essa banda é muito boa!

Eu sorri concordando com ela, enquanto era hipnotizada com os olhares de Jackson.

- Vamos sentar. – Marieta gritou animada. – Minhas pernas estão doloridas.

- Você está é bêbada. – Peter sorriu carregando a loira até nossa mesa.

Percebi aquele ‘’casal’’ se afastando, e os olhei com outros olhos, como eles ficavam bonitos juntos. Olhei para Adam que me encarava como se concordasse comigo, logo pensei em Emma, ela com certeza me ajudaria com isso. Distrair-me com as duas músicas que a banda tocava com toda animação e logo depois fui me sentar com Peter e a bêbada.

- Caramba Lulu – Peter sorriu. – Esse lugar é muito bom, precisamos vir mais vezes.

Não pude responder, uma voz me atrapalhou.

- Gostou do show? – Jared me perguntou animado enquanto me abraçava pela cintura.

- É claro. – Sorri animada. – Vocês são fodas. – Falei a ultima palavra em português. – Esses são meus amigos de onde eu trabalho. Dulce, Adam, Peter e Marieta que você já conhece. – Falei seus nomes enquanto apontava para cada um.

- Já que eu conheço seus amigos. – Ele sussurrou em meu ouvido o que me fez arrepiar. – Quer conhecer os meus?

- Claro. – Ele sorriu e me arrastou para atrás do palco, o que parecia ser uma espécie de camarim.

- Galera. – Jared falou um pouco mais alto. – Essa aqui é Maria Luiza, do Brasil.

- Oi gente. – Eu ruborizei. – Vocês são muitos bons.

- Somos mesmo? – A voz veio de alguém que saia do banheiro.

- Claro. – Sorri e fitei uma garrafa com um liquido verde e que tinha uma pequena do bandeira do Brasil. – É caipirinha? – Jared sorriu e assentiu. – Posso beber um pouco? É a minha maior saudade.

- É toda sua. – O cara que havia saído do banheiro me entregou um pouco em um copo vermelho. – Meu nome é Ben. – Ele sorriu. Será que tinha alguém feio nessa banda?

Enquanto bebia e conversa animadamente com Ben e Jared nem vi o tempo passar, Peter já havia ido embora porque Marieta tinha passado um pouco dos limites, já Dulce e Adam estavam em algum lugar do pub tentando deixar um ao outro sem respirar.

- Malu! – Ben gritava meu nome enquanto eu ria desesperadamente. – Você é linda garota, eu escreveria uma música sobre você agora mesmo.

- Duvido. – Eu ri histericamente.

- Rathbone! – Jared gritou e eu virei bruscamente para a entrada. – Venha, conheça a Malu.

- A linda Malu. – Ben acrescentou e eu ruborizei.

Jackson se aproximou de mim lentamente e sorriu.

- Espero que eles não estejam te dando dor de cabeça linda. – E piscou. – Acho melhor a gente ir embora né cambada? – Ele riu. – Vocês estão muito bêbados!

- Como se você não estivesse. – Eu pisquei e em seguida virei o que restava na garrafa de tequila.

- Essa é a minha garota. – Ben me ergueu em um abraço forte enquanto eu ria.

- Idiota! – Beijei sua bochecha enquanto ele me colocava no chão.

Continuei ali conversando com a banda durante um bom tempo, percebi que desde que Jackson chegou, Jared se tornou um homem de poucas palavras. Já havia passado das 4h da manhã e quase todos já haviam ido embora, os únicos que continuavam ali eram eu, Jared, Ben e Jackson.

- Vamos embora viado. – Ben chamou Jared.

- Temos que levar a Malu para casa. – Jared sorriu para mim.

- Não precisa! – Mordi o lábio. – Vou de táxi, moro aqui perto, no Vernon.

- Vernon? – Jackson me olhou. – Eu também moro lá.

- Pronto, vamos Jared, Jackson leva a princesa para casa. – Ben beijo minha testa. – Até o próximo show linda, e estou te devendo uma música.

- Vou cobrar. – Gritei enquanto Ben arrastava Jared para o estacionamento.

- Vamos. – Jackson sorriu e entrelaçou sua mão na minha, o que me fez arrepiar.

O caminho para nosso prédio foi tranqüilo, voltamos ouvindo Coldplay. Jackson não parecia está tão bêbado, ele dirigia muito bem, apesar de sua alta velocidade. Ele estacionou o carro e nós entramos no elevador. Apertei no quinto andar, iria dormir com Emma hoje, enquanto Jackson apertou no C de cobertura.

- Você é o fantasma. – Eu sussurrei e vi Jackson segurar o riso.

- Malu... – Ele pausou. – Gostaria de ver a minha coleção de vinil que eu te falei?

- Claro... – Sorri para ele enquanto tirava meus sapatos, o elevador já havia parado no quinto andar. – Quando?

- Agora. – Ele sorriu e deixou a porta do elevador se fechar enquanto segurou delicadamente meus sapatos e minha bolsa.

A porta do elevador se abriu novamente. Jackson demorou alguns minutos tentando achar suas chaves o que me fez ter uma crise de risos. Ele me fitou com uma cara magoada e eu beijei seu nariz como desculpa.

A porta se abriu e eu me deparei com um apartamento enorme, e muito bagunçado.

- Desculpe a bagunça. – Ele sorriu. – Eu acabei de me mudar.

Fitei seus olhos enquanto ele sorria, e senti uma corrente elétrica pela meu corpo como na primeira vez que eu havia o encarado. Mordi minha boca me aproximando da sua, quanto ele me abraçava pela cintura e pressionava seu corpo no meu.

- Que me mostrar agora sua coleção? – Sussurei em seu ouvido e no mesmo momento ele apertou minha cintura.

- Talvez depois.

Ele fitou meus olhos que já estavam semi fechados e minha boca entre aberta esperando o toque da sua, o que não demorou muito para acontecer. Sua boca era doce, seus lábios perseguiam meus movimentos com cautela. O gosto de tequila ainda estava ali, misturado com o sabor de nicotina de sua língua. Comecei a acariciar sua nuca dando leves puxões, e com isso o corpo de Jackson estremecia. Ele sorriu enquanto terminávamos de selar nossas bocas.

- Linda. – Ele me encarou e encostou sua testa na minha.

- Seus olhos. – Fitei sua boca e a selei novamente.

Jackson me guiou de costas até o seu sofá de couro marrom. Eu o empurrei delicadamente enquanto me sentava sem seu colo. Sorri e mordisquei sua boca devagar enquanto sentia o volume de sua calça crescer. Jackson fechou os olhos enquanto apertou minhas pernas com muita ansiedade. Senti um gemido abafado enquanto me remexi um pouco em seu colo.

- Não faça isso pequena. – Ele sussurrou enquanto mordiscava delicadamente meu pescoço. - Não acorde o Big Jay.

Eu gargalhei e sentei ao seu lado.

- O que foi? – Eu o encarei sorridente enquanto ele fez uma cara triste.

- Nada. – Ele beijou minha nuca e me puxou para mais perto do seu corpo. – Fica aqui comigo, essa noite. – Ele sussurrou e mordiscou minha orelha.

- É errado. – Fitei sua enorme estante que estava vazia.

- Não quero fazer nada que você não queira. – Ele segurou meu rosto com sua duas mãos. – Só não quero dormir sozinho. – Ele sorriu e me selou.

- Tudo bem... Mas se Emma me matar amanhã, a culpa será sua.

Ele riu e me levou até o seu quarto. Ele era branco com apenas uma parede preta e nela ele havia colocado vários papéis, posters e etc. Me joguei em sua cama rindo enquato Jackson deitava-se do meu lado. Ele me puxou para mais perto do seu corpo para que ficássemos de conchinha e beijou minha nuca.

- Boa noite brasileira. – Ele riu e eu senti seu ar quente em minha nuca.

- Boa noite Big Jay. – Eu ri devagar e fechei meus olhos.

Adormeci rapidamente ali naqueles braços, que só naquela noite eu poderia dizer: nos braços do meu Jackson.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.