Pegando Um Famoso

Capítulo 3 - Frappuccino


Apesar de amar meu estágio o meu dia favorito era o domingo, não porque eu ficava longe do emprego, mas sim por que eram nesses dias que eu conseguia conhecer a cidade. Morar sozinha era uma coisa boa e ao mesmo tempo ruim, era muito trabalhoso e eu sentia muita falta de acordar com os gritos de Nina, apesar de morar no mesmo prédio que Emma nós nos víamos mais no trabalho do que em casa. Eu estava realmente encantada com a decoração do meu quarto e sala, tudo ali era do jeito que eu queria, eu amava essa independência que eu sentia dentro de mim, a única coisa ruim eram os momentos que eu me pegava pensando em coisas ruins, como em Rodolfo, o cara mais canalha e o que eu mais me apaixonei nesse mundo. Resolvi parar de pensar em besteira e sair um pouco, eu precisava respirar esse ar conturbado de L.A.

Andei pelas ruas do meu bairro sem preocupação até a cafeteria do fim da minha rua. Eu amava aquela cafeteria, ela era acoplada com uma maravilhosa livraria e sempre encontrava algum amigo meu por ali. Nesse dia infelizmente não encontrei nenhum dos meus amigos, mas sim, ele.

- Aqui está Malu – Mona me entregou meu frappuccino e saiu. Eu já conhecia quase todos os atendentes daquele lugar.

Enquanto tomava meu frappuccino devagar lia uma revista de fofocas que havia comprado para Marieta que eu havia esquecido de entregar. Era engraçado como os paparazzi inventavam fofocas de vários artistas, apesar do pouco tempo dentro de uma empresa de cinema, percebi que ali ninguém ganha uma papel porque conhecem certa pessoa, todos estão ali porque merecem.

- Posso me sentar? – Uma voz doce e rouca soou em meus ouvidos enquanto eu levantava meu rosto e encarava aquele olhos verdes.

- C-claro. – Ruborizei.

Ele sentou-se e sorriu. Que sorriso lindo.

- Qual é o seu nome?

- Maria Luiza – Eu sorri. – Mas pode me chamar de Malu...

- Prazer Malu. – Ele sorriu e pegou delicadamente encostou os lábios na minha mão direita. – Sou Jackson Rathbone.

- É pra falar o sobrenome também? – Nós rimos. – Eu sei quem é você... Lembro do seu teste para o elenco de crepúsculo. – Não acrescentei que tinha uma paixão platônica desde que eu o vi em The OC.

- Eu também lembro de você. – Ele me fitou. – Está trabalhando em que área do cinema?

- Na verdade... Nenhuma. – Suspirei. – Sou estagiária da Summit, então meio que eu sou uma faz tudo ali. – Sorri. – Mas estou concorrendo para ver se eu consigo um estágio permanente de assistente no filme.

- Espero que você consiga. – Ele piscou, e eu com certeza ruborizei. – Assim nós nos veremos com mais freqüência.

- Você conseguiu o papel de Jasper? – Dei alguns pulinhos em cima da cadeira. Ele assentiu sorrindo. – Caramba, Jasper é meu personagem favorito.

- Ah... Então você é fã da saga?

- É claro, sou louca por vampiros e por romance. – Sorri igual uma criança. – Só sinto falta de mais sangue na história, talvez seja por isso que eu amo jasper. Ele nasceu para ser mal, e não bonzinho e com dor de barriga igual o Edward. – Ele gargalhou. – Mas eu também tenho uma quedinha por ele.

- Então você tem uma quedinha pelo Jasper também? – Ruborizei e assenti com a cabeça. – Acho que você é a garota dos vampiros. – Ele sorriu.

- Acho que sim... – Eu o fitei. – Prefiro homens mais velhos. Tipo uns 100 anos mais velhos.

Ele riu. Continuamos conversando mais um pouco até ele perguntar de onde eu era, falei que era do Brasil e ele ficou encantado com o meu sotaque. Conversamos sobre filmes, músicas, cultura, L.A., ele me perguntou como eu imaginava o Jasper, e falou que ia tentar ser o meu jasper dos sonhos. Eu realmente estava no paraíso, até que o telefone dele tocou e ele teve que ir embora alegando que uma amiga dele estava precisando de ajuda. Aquilo foi como um golpe no meu estomago, homens como Jackson não têm amigas... Só se forem coloridas.

Voltei para casa flutuando, e com a cabeça na lua, sorria igual uma abobalhada, a única coisa que conseguiu me acordar dos pensamentos foi que a placa de venda de um dos apartamentos do meu prédio havia sido retirada. Resolvi visitar Emma no quinto andar, já estava com saudade da minha ruivinha.

- Malu! – Emma me abraçou enquanto me puxava para dentro da sua casa, eu adorova seu apartamento, ele era tão colorido. Tão infantil, tão a cara dela.

- Você não sabe o que aconteceu! – Me joguei em seu sofá sem cerimônias.

Contei como foi a minha maravilhosa tarde com aquele homem dos meus sonhos. Nossa conversa se prolongou quando Dulce e Marieta chegaram com pizza e cerveja. Passamos a madrugada ali, rindo e falando besteira. Eu finalmente tinha encontrado meu lugar, era em L.A.. Eu estava realmente feliz, sentia uma boa energia vindo de dentro para fora, está ali naquela cicade talvez tenha sido realmente a melhor decisão da minha vida.