Pecado Original

Capítulo 1 - A Rainha Escarlate


A dinastia dos Encantados reina a mais de quatro gerações. Uma família que perpetua seu reinado com a lealdade de todos dos Sete Reinos Mágicos. O único que ousa se opor é a Grande Terra de Oz, sendo o único que não foi conquistado em mais de cinco gerações de Reis e Rainhas desta dinastia. A princesa Emma, futura regente dos Sete Reinos Mágicos tem como principal missão conquistar Oz e se provar digna ao trono. Mas Zelena juntamente com Doroth e o povo de Oz jamais dobrariam o joelho.

— Mãe! Algo aconteceu ao Leste. Tem muitos feridos, eu nem mesmo consegui contar a quantidade de feridos. Eram tantos corpos. – O príncipe Henry adentrou o Salão de Guerra gritando com suas mãos banhadas em sangue.

— Olhe para mim, filho! – Emma segurou o rosto do rapaz e conferiu se o príncipe estava intacto. – Descreve o que você viu com o máximo de detalhes que você conseguir. – Ele olhava para ela fixamente.

— Nós ouvidos um estrondo e logo em seguida estava tudo vermelho. Nós éramos centenas e ela uma só. Mas de repente... nós éramos apenas cadáveres e tudo era vermelho. – O garoto olhou nos olhos da mãe aterrorizado. -- Ela me deixou viver, mãe. Ela queria que eu sobrevivesse. – Emma fez o que podia fazer naquele momento como mãe abraçou seu filho aterrizado.

Quem seria essa mulher? Henry não conseguia descreve-la, seu estado não permitia. Zelena e Doroth não eram cruéis a ponto de comandar tal ataque, sua Guerra atualmente se resumia a política e sanções econômicas. As únicas livres com tal pode era elas, afinal todos os vilões estavam presos e trabalhando nas Minas Mágicas a quase 20 anos. Aquilo mexeu com os nervos de Emma. O príncipe foi levado e ela sentou-se em sua cadeira, ela como general deveria sabe de quem se tratava aquela ameaça, mas não vinha ninguém a sua cabeça.

— Me levem até o local do massacre. – Emma ordenou. O responsável pela localização via magia apenas obedeceu a General e em um piscar de olhos eles estavam no local.

As botas brancas de Emma rapidamente foram encharcadas de sangue. Aquilo não era simplesmente um massacre, era uma demonstração de poder. Pela primeira vez em anos, ela podia dizer que sentia medo. Ao caminhar pelo local, ela podia ver o rosto de garotos que havia treinado e visto crescer. Todos estava caprichosamente com seus rostos virados para cima, era para machuca-la.

– Eu poderia ter feito pior. – Uma voz feminina ecoou ao final da trilha de cadáveres. Emma apressou o passo e quase correu tentando chegar até o final da trilha. O som que o sangue fazia quando suas botas batiam rapidamente no solo lhe davam calafrios.

— É uma armadilha, Emma! – O acompanhante da General gritou.

— Eu sei, Killian. Por isso eu preciso que você fique aqui. – Sem dar tempo para o home responder Emma voltou a correr.

E lá estava ela a silhueta que se apresentou para Emma de costas era de uma mulher. A primeira coisa a lhe chamar atenção foram seus longos cabelos loiros e seu vestido azul que caia sobre o sangue. Emma não pensou duas vezes e lançou o máximo de magia concentrada como a mulher. Pelo menos o máximo que conseguiu naquele curto espaço de tempo.

— Golpe baixo, Swan. – A mulher segurou o ataque Emma nem mesmo precisa levantar uma mão.

— Como você me conhece quem é você? – O questionamento saiu de uma Emma ofegante.

— Como eu te conheço? É, uma longe história. Me chamam de Rainha Escarlate. Você pode imaginar o motivo? – A mulher estalou os dedos e uma armadura de cor negra com detalhes vermelhos rodearam seu corpo. Ela postou suas mãos em posição para um duelo de magia Emma se preparou também.

Seus ataques foram tão rápidos que a General não os conseguiu prever. Ela foi arremessada a distancia e mesmo antes de conseguir levantar-se completamente foi atacada novamente.

— A poderosa Emma Swan. Patético! – A mulher gritou.

— Rainha Escarlate? Você é rainha do quê exatamente? Só existe uma rainha neste reino e ela é minha mãe. – Emma gritou em provocação. A rainha andou em direção a Emma e segurou seu rosto. Suas longas unhas banhadas em uma tinta roxa se fincaram na pele do seu rosto. Neste momento Emma conseguiu fitar seus olhos, eles eram dourados. Tão dourados quanto o ouro mais puro.

— Eu serei a rainha da destruição do seu lar, Emma. Você saberá que sou eu no momento certo. – Ela falou sussurrando.

— Que belos olhos dourados. Você é nada mais que o fruto de um pecado, não é? Uma criança nascida de magia. Você é uma maldição. – Ao proferir as palavras Emma viu um sorriso cínico surgir nos lábios da mulher. Ela sabia que crianças geradas por magia apenas tinham instabilidade e eram causadoras de caos. – Que falta uma mamãe e um papai fazem, não é? – A rainha gargalhou.

— Uma provocadora. Como eu imaginava. – Emma foi atirada longe e em seguida uma das espadas foi arremessada em sua direção. No intervalo em que ela levou para desviar da espada a mulher se foi.

Depois de ser deixada no chão e ter sua bunda chutada Emma sentou-se ofegante no chão. Perder daquela maneira não era comum, sua ultima derrota havia sido contra Regina Mills a Rainha Má. Ela sabia que as respostas podiam estar na sua antiga inimiga.

Minas Mágicas

A general não deu nem tempo para seus escudeiros, cavaleiros e amazonas digerirem tudo. Ela foi as minas em busca da única que poderia lhe dar respostas ou ser uma aliada. Regina foi jogada em uma cadeira a sua frente. Ela fitou Emma com surpresa, mas logo recuperou sua posse.

— A que devo a visita esposa? Finalmente veio admitir que anda fodendo com o escudeiro maneta e pedir divórcio? – Emma revirou os olhos e respirou fundo. A petulância de Regina ainda a afetavam. Mas vê-la frágil e acorrentada era algo que a deixava triste.

— Regina, pelos nossos anos de casamento e pelo nosso filho... – Regina gargalhou antes que Emma concluísse.

— Um bastardo! – Regina proferiu com magoa. Ela tinha a mais plena convicção que Henry era filho de Jones.

— Nós estamos em perigo. Uma mulher muito poderosa está tentando destruir nosso reino. Eu preciso da sua ajuda. – Emma foi direta. Regina curvou-se na mesa para ficar o mais próxima possível de sua esposa.

— Você está em perigo. Qualquer um que tente acabar com você e os malditos Encantados é meu amigo. – Regina sussurrou.

— Regina, ela atacou Oz também. – Regina automaticamente lembrou de sua irmã. – E você está aqui por se rebelar contra o reino, Regina. Contra sua esposa. – Emma concluiu.

— O reino? Vocês tiraram o direito de escolha de todos. Ruby está aqui por não ter aceitado ser lobotomizada, Emma! Vocês queriam tirar a essência dela. Ela tem sangue de lobos, sempre vai se transformar. E veja que surpresa, todos que estão aqui são os que nunca quiseram dobrar o joelho para vocês. – Regina concluiu ofegante.

— Gina, por favor. Se não por mim faça por Zelena. – Emma tinha medo em seus olhos Regina jamais se livrara da devoção e vontade que tinha de proteger e amar aquela mulher.

— Isso é tão injusto. Eu amei você, fui fiel, entreguei meu reino e a espada da minha família e em troca você me deu escravidão e um bastardo. Você me desonrou de todas as formas e agora você vem aqui e me pede ajuda? – Ela tinha lagrimas e magoa em seus olhos. Emma fez sinal para que seus guardas saíssem, mas antes pegou as chaves das algemas de um carcereiro.

Emma levantou-se e foi até sua esposa a general ajoelhou-se. Ela olha nos olhos de Regina e os seus institivamente também se encheram de lágrimas.

— Eu Emma Swan herdeira do trono e protetora dos sete reinos. Juro sob pena de minha morte que ao concluirmos essa missão você terá liberdade e passagem segura para você e mais 3 de seus aliados. Prometo passagem segura para qualquer reino. – Emma levou sua mão ao peito. Regina estendeu as algemas.

— Espero que você seja mais fiel a essa promessa do que foi a ultima e Ruby vem comigo. – Emma assentiu e sorriu cinicamente.

— Você me acusa de ter amantes, mas quem se deitava com lobos era você. – Quando as algemas caíram Regina conseguiu depois de anos sentir a magia correndo em suas veias novamente.

— Quem sabe, eu não gere uma pequena alcateia de lobinhos bastardos e crie em um belo castelo cedido por você. Caso eu sobreviva. – Emma puxou Regina pelo braço.

— Nós não vamos precisar de nenhum inimigo para nos matar. Temos um grande potencial para fazermos isso sozinhas. – Ela saiu puxando sua esposa porta a fora.

— Eu estou de volta, homem sem honra. – Regina proferiu as palavras olhando diretamente para Killian que virou as coisas.

Aquela era uma aliança perigosa e carregada de rancor. Emma sabia que Regina poderia trai-la a qualquer momento, mas aquela era a jogada certa. Eles estavam diante da vilã original, nada que a Rainha Escarlate fizesse seria páreo para Regina Mills em sua melhor forma.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.