País Das Maravilhas- O inicio da profecia
Hora Do Chá
Hora Do Chá
Sinto cheiro de chá quente e fresco. Ando um pouco rápido, seguindo o cheiro. Mike estaria uma fera comigo agora, eu não comi nada desde ontem. Mas acho que agora irei comer um pouco.
Sorrio sentindo o cheiro ficar mais forte. Finalmente, estou em frente a uma mesa de chá, sou apenas um pouco maior que a mesa. Subo em cima de uma cadeira e olho para os dois convidados do chá.
—Olá! Eu sou...- Uma colher de chá flutuante me interrompe.- Uau...- Falo sorridente.
—Alice!- Diz um cara com chapéu.- Que levadinha você! Está muito atrasada para o chá! Tivemos que começar sem você!
—Oh... Me conhece? Ótimo!- Sorrio te olhando.- Me perdoe! Teria vindo ontem, mas uma pessoa não deixou!
—Tudo bem!- Ele se levanta, sobe em cima da mesa e vai andando até a mim, chutando tudo.- Venha! Vamos tomar chá!- Ele me puxa, me tira da cadeira e me leva até o outro lado da mesa com ele.
Ele me deixa sentada na ponta da mesa, ao lado dele e da Lebre. A Lebre está encarando uma xícara quebrada, logo ela tenta colocar chá dentro da xícara, mas ele cai.
—Xi-ca-ra...- Murmura ele tentando beber o chá da xícara quebrada.
—Pegue o chá Alice!- Insiste ele.
—Me perdoe, mas você me conhece e eu não o conheço!
—Ele é o Chapeleiro!- Diz uma ratinha que sai de dentro dum bule de chá, ela está comendo um cubo de açúcar.
—Okay! Obrigada pelo chá Chapeleiro.- Falo e pego uma xícara de meu tamanho, pois sou apenas um pouco maior que a rata. Coloco chá e bebo um pouco.- Está muito bom! Muito mesmo!- Falo sorridente e bebendo o chá.- Você que fez?
—Não não! Foi a Lebre de Março e a querida Marfim!
—Oh! É por isso que eu estou aqui. Tenho que falar com a Marfim. Onde eu a encontro?- Pergunto sorrindo.
—Alice! Eu irei te levar até a querida Marfim. Mas, cuidado... O namorado dela é muito sério e não tolera brincadeiras. Porém, a Marfim é bela, calma e boa.
—Certo!- Termino de beber o chá.- Me leve até ela Chapeleiro!
Subo em seu ombro, estou do tamanho de uma criança.
—Vamos!- Ele diz sorridente e sai correndo dali, mas correndo muito.
Abraço seu pescoço para eu não cair.
—Coragem Alice!- Completa ele, solto ele e tenho coragem.
"Eu confio em você borboletinha!"— Ouço a voz de Mike em minha cabeça e desabo. Começo a chorar. Chapeleiro para e me olha.
—Por que está chorando pequena Alice?- Ele me olha.
—Eu quero voltar para casa... Mas vai demorar até eu conseguir...- Falo o olhando.
—Alice! Pare com isso! Ninguém jamais conquistou nada com lágrimas! Tenha determinação e coragem, logo voltará.- Sorrio e ele volta a correr.
Penso em Mike, ele cuida tão bem de mim. Ele se orgulharia ao ver que eu vou lutar. Queria lutar com ele...
Suspiro e limpo as lágrimas.
O Chapeleiro para na frente de um enorme castelo branco, com árvores com folhas brancas e rosas.
—É aqui a sua parada!- Diz ele me pondo no chão.- MARFITAA!- Chama ele cantarolando.
Marfim aparece. Ela é muito mais bela do que eu imaginava. Seu cabelo é branco e longo, cai sobre seus ombros. Ela tem um vestido longo e branco, que vai até as suas canelas. Ela usa uma sapatilha preta com uma meia branca. Ela é pálida, seus lábios estão pintados com um batom preto e seus cílios são longos mas não parece que está usando rímel.
—Olá Herman!- Diz ela se aproximando.- Essa é a...
—Ela mesma! A Alice!- Diz ele com orgulho.
—Alice, Alice!- Ela me pega no colo.- Por que és tão pequena Alice?- Pergunta ela me olhando.
—Também não sei!- Falo sorrindo.
—Podemos consertar isso...- Ela olha o Chapeleiro.- Chame a Lebre de Março aqui! Iremos começar a preparar o banquete de chá para comemorar a chegada de Alice!
—Não precisa!- Falo a olhando.
—Bem... Se não quiser, tudo bem!- Ela fala um tanto sem graça.
O chapeleiro sai saltitando. Ela entra no enorme castelo e vai para a cozinha.
—Você vai me tornar do tamanho que eu era?- Pergunto passando a mão em meu vestido úmido e sujo.
—Sim!- Ela me senta no balcão.- Alice, para derrotar minha irmã você deverá treinar. E... Existem regras!
—Regras? Poderia me dizer quais são?- Pergunto a olhando procurar algo.
—Posso sim pequena Alice!- Ela encontra e pega. É um pote cheio de borboletas vivas. Ela põe uma borboleta em um copo e coloca água. A borboleta voa e ela me entrega o copo.- Beba e eu te explicarei!
—O que é isso?- Olho o copo em minhas mãos.
—É um copo de açúcar, com água e essência de borboleta.
Sorrio e bebo. O copo tem gosto de açúcar e a água tem gosto de chá. É COM ISSO QUE ELA FAZ O CHÁ? Bem, se for, eu não deveria ter crescido antes? Termino de beber, me sinto crescer para meu tamanho normal. A entrego o copo e sorrio olhando.
—Agora sim... O tamanho de uma guerreira!- Ela pega o copo e sorri.- Está de noite Alice, vá dormir que amanhã eu a explico as regras.
De noite? Já? Acho que a queda da toca demorou muito. Ou, quando eu cresci passou muito tempo mas eu não percebi.
—Okay!- Saio de cima do balcão e sorrio para ela.
—Antes, vou te levar até meu banheiro. Você vai tomar um banho e vai dormir.
—Mas eu só tenho esta roupa!- Falo esticando meu vestido.
—Eu irei lavá-lo e passá-lo. Esta noite durma com meu roupão.
Ela segura minha mão e me guia até o banheiro. Ela entra, enche a banheira e sai. Tiro minha roupa, entro na banheira e começo a tomar banho. Não entrarei em detalhes de eu sendo idiota.
Saio do banho, me seco e ponho o roupão que a Marfim disse. Saio do banheiro e vejo uma empregada de Marfim, ela me leva até meu quarto.
Me deito tentando acomodar-me e fico pensando.
Ah Mike... Me espere... Eu estou indo... Juro que amanhã eu estarei ai...— Penso, fecho meus olhos e durmo.
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